Ela…
A brisa da manhã carregava consigo um cheiro salgado e úmido, lembrando-me constantemente de onde eu estava.
Sentada na beira da praia, meus pés descalços enterrados na areia morna, eu encarava o horizonte.
O azul do mar parecia se estender infinitamente, misturando-se ao céu num ponto inalcançável.
Aboli a possibilidade de voltar onde Klaus havia encontrado o resto da cabana. Não iria nos colocar em risco de forma desnecessária. Não sabíamos a quem pertencia ou pertenceu o lugar.
Achei melhor manter nossa atenção onde estávamos e ficar atentos a qualquer coisa diferente.
Um ponto que me lembrava o quanto eu estava longe de tudo que um dia considerei lar era aquela imensidão de água ao nosso redor.
Eu havia perdido a noção do tempo.
Dias?
Semanas?
Talvez meses?
Cada amanhecer trazia um misto de esperança e frustração.
Esperança de que aquele seria o dia em que seríamos resgatados.
Frustração ao ver o sol se pôr e perceber que continuávamos presos aqui, nessa ilha que