Ela…
A noite já estava perfeita demais para ser verdade.
Klaus tinha se superado com o jantar.
A cada gesto dele, algo em mim parecia derreter um pouco mais.
Era impossível não reparar na atenção que ele havia colocado em cada detalhe: as frutas cortadas com precisão, as velas tremeluzindo ao nosso redor, o cuidado com que ele me serviu.
E então, quando achei que a noite terminaria naquele clima tranquilo, ele se levantou, foi até sua caixa de sucatas e voltou com o iPad em mãos.
Eu o observei com curiosidade enquanto ele mexia no aparelho.
Apesar de tudo, Klaus ainda tinha um jeito de me surpreender.
— Você ainda acha que isso funciona? — perguntei, rindo de leve.
Ele ergueu os olhos e me lançou aquele olhar meio desafiador que só ele sabia fazer.
— Sempre há uma chance — respondeu, ligando o aparelho.
E então, algo que eu jamais esperaria aconteceu: música.
O som era suave no início, como se as ondas do mar