"Ele a abandonou, mas agora ela detém o poder. E a vingança é um prato que se serve frio." Maribel Varozzini acreditou nas promessas de amor de Bryan Fernandes, mas tudo não passava de uma cruel mentira. O playboy a seduziu e a descartou, deixando-a com o peso da vergonha e o desprezo de sua própria família. Porém, daquela noite de traição, algo inesperado os uniu para sempre. Determinada a virar o jogo e fazer Bryan pagar por tudo, Maribel encontra uma oportunidade perfeita ao conhecer Vincenzo Fernandes, o poderoso pai do homem que destruiu sua vida. Juntos, retornam a Istambul, e Maribel assume um papel que ninguém poderia prever: a madrasta de Bryan. Agora, ela controla o tabuleiro. Mas até onde vai sua sede de vingança? E será que, ao tentar destruir Bryan, Maribel pode acabar destruindo a si mesma? "Entre ódio, desejo e reviravoltas, o jogo de poder entre eles será tão perigoso quanto irresistível."
Leer más༺ Maribel Varrozzinni ༻
Minhas mãos ainda tremiam enquanto segurava o teste de gravidez positivo que comprei na farmácia. Eu não queria acreditar que isso estava acontecendo comigo. Como explicaria isso ao meu pai? Assim que soubesse, ele me colocaria na rua e me chamaria de irresponsável. O que eu faria agora? Estava grávida de um homem por quem me apaixonei por algumas semanas. Depois que dormimos juntos, ele simplesmente sumiu no dia seguinte. Um típico cafajeste. Como pude acreditar que ele fosse diferente dos outros? Deixei-me enganar pelo caráter de Bryan e agora estou carregando um filho dele, sem saber onde ele mora ou como contatá-lo. Minha amiga Pérola percebeu meu desespero e nervosismo e pegou o teste da minha mão, comentando perplexa: — Meu Deus, Maribel, deu positivo. E agora, o que você fará? — Eu não sei, Pérola! Meu pai vai me matar quando souber disso. E o pior é que não tenho ideia de onde o Bryan mora ou como encontrá-lo. — confessei de maneira triste e chorosa. Pérola respondeu, sendo solidária: — Não se culpe, Maribel. Quem nunca se iludiu com um príncipe encantado que, no final, se revelou um sapo? Você sabe que eu mesma sou prova disso! Esqueceu que cheguei da mesma maneira? Porém, eu tive mais sorte, não engravidei. O problema é que seu Júlio ficará possesso quando descobrir sobre sua gravidez. — E você pensa que eu não sei, Pérola? Ele ficará completamente decepcionado, pois sempre teve muito orgulho de mim por estar lutando para vencer na vida e me tornar médica. E agora, cai uma bomba dessas. Realmente, não faço ideia do que fazer. — sentei-me na cama e comecei a chorar, enquanto Pérola tentava me consolar. Como odiava Bryan por fazer isso comigo. Que desgraçado. — Amiga, a única coisa que lhe resta agora é contar a verdade e se preparar para as consequências, porque elas virão. — disse Pérola, tentando me dar uma orientação. — Nem me fale nisso, Pérola. O problema é que estou pensando se devo levar essa gravidez adiante. Não seria melhor que a interrompesse? Pérola me olhou de maneira triste, mas entendeu meu ponto de vista e apenas respondeu: — Amiga, isso é uma escolha só sua e depende apenas de você. Mas lembre-se de que, se fizer isso agora, no futuro, mais adiante, pode se arrepender dessa decisão. Mais uma vez, não pude evitar derramar lágrimas diante do destino cruel que estou enfrentando. Não sei o que será de mim, muito menos o que esperar para o futuro dessa criança. Depois do ocorrido, decidi jogar fora o teste de gravidez. Minha irmã, Micaela, não pode desconfiar da minha gravidez, pois seria a primeira a me envenenar para o nosso pai. Sempre foi invejosa e não se importava em me derrubar para obter o que queria, mesmo sendo minha irmã. Uma semana depois. Alguns dias haviam se passado e os sintomas da gravidez estavam cada vez mais fortes. A fraqueza que me dominava pela manhã e a sonolência o dia todo eram horríveis. Minha mãe estava desconfiando do meu comportamento estranho. Quando ela colocou a comida na minha frente, o enjoo bateu e tive que correr rapidamente para o banheiro. Após jogar tudo para fora e lavar a boca, minha mãe estava na porta me encarando e me questionou séria: — Estou há dias notando esse seu comportamento estranho! Agora me diga, quem é o pai da criança? E não tente me enrolar, Maribel. Porque eu já passei por isso e sei muito bem sobre o que estou lhe perguntando. — Mãe, penso que a senhora está enganada! Estou passando mal porque devo ter comido algo no restaurante que me fez mal! — respondi, mas minha mãe me lançou um sorriso sarcástico como se ela fosse alguma idiota para ser enganada daquela maneira. — Maribel, você acredita mesmo que pode me enganar? Filha, é melhor você me contar o que está acontecendo. Pois se seu pai, e Deus me livre, sua irmã desconfiarem, ela fará sua caveira para ele. Dona Vera me encarava seriamente enquanto eu engolia em seco. Como iria revelar que o pai do meu filho era um homem desconhecido para mim? Como lhe dizer que acabei me envolvendo com um turista que me fez juras de amor por alguns dias e, após me levar para cama, simplesmente sumiu no dia seguinte? E acordei sozinha no quarto de hotel. — Esse é o problema, mãe! Eu não sei onde está o pai do meu filho! — Como assim? Você não sabe onde está o pai do seu filho, Maribel? Isso não existe. Alguém colocou esse bebê aí dentro, por que você está protegendo tanto ele? — minha mãe me encarava de maneira séria. Se havia algo de que ela não gostava, era que a fizessem de idiota. Desviei o olhar e respondi: — A única coisa que sei sobre ele é que se chama Bryan, é um homem muito bonito e era hóspede em um hotel aqui da cidade. Sempre frequentava o restaurante… — Maribel, você está me dizendo que se envolveu com um cliente do seu trabalho? Como você é tão irresponsável dessa maneira, menina? Não percebe que um homem desses, da forma que me descreveu, só está de passagem pela cidade? Não acredito nisso… — eu podia ver a decepção nos olhos da minha mãe. Mas tudo não poderia ficar pior quando ouvi aquela voz grave se pronunciar atrás de nós duas. — Não… você não fez essa vergonha para nossa família, Maribel? Logo você, em quem eu depositava toda a minha fé, que seria o orgulho dessa família. O olhar do meu pai era de raiva e desgosto ao descobrir que a filha mais caprichosa e inteligente que ele possuía havia engravidado! Ele se aproximou furioso e perguntou, segurando-me entre seus braços e me chacoalhando: — Como você ousa me fazer uma coisa dessas, Maribel? Logo você, em quem coloquei todas as minhas fichas. Sua irmã já é uma perdida, mas você, por que fez isso comigo? — Pai, me perdoa? Essas coisas acontecem! Eu jamais quis que fosse dessa maneira! Ele disse que me amava… — confessei aquelas palavras com lágrimas nos olhos. Meu pai simplesmente me acertou um tapa, me jogando no chão, e respondeu com muito desgosto, levando as mãos aos cabelos: — E aí, a idiota caiu? O velho truque que esses homens com dinheiro usam! Você sabe muito bem que, depois que conseguem o que querem, descartam mulheres como você feito lixo. Bastou ele lhe dizer, então, Maribel, que te amava, e você foi logo abrir as pernas para ele? — Pai, por favor! Perdoa-me? Eu não queria fazer essa vergonha para a nossa família. Sei que deveria ter pensado nas consequências, mas ele disse que viria falar com você e pedir minha mão em casamento. No entanto, ele me enganou. Fui uma tola! — podia perceber o quanto meu pai estava machucado com aquela revelação. Como se não bastasse, minha irmã Micaela entra pela porta e comenta sorrindo: — Ah, então a santinha engravidou? Olha, posso ser o que for, mas ainda não trouxe nenhum neto para o senhor criar, meu pai. Eu sabia que você só tinha essa carinha de santinha, Maribel. No fundo, é muito pior que eu e ainda por cima uma burra. Quem engravidaria de um cara que mal conhece? — Cala essa sua boca! Não se meta nessa conversa, Micaela! Pai, prometo que não desistirei dos meus sonhos… Eu ainda vou te dar muito orgulho, mesmo tendo essa criança. Juro isso para o senhor! — ele deu uma risada nervosa, passando a mão nos cabelos e respondeu ríspido. — Você pensa mesmo que terá esse bastardo para eu cuidar? Escuta uma coisa, Maribel, eu quero que pegue todas as suas coisas e saia amanhã mesmo da minha casa. Só não vou te colocar para fora agora porque já está bem tarde! Mas amanhã, assim que o sol nascer, não quero mais ter a sua presença dentro da minha casa… — Mas pai, para onde é que eu vou? Não faça isso comigo! Por favor, eu te imploro. — ele simplesmente virou as costas e respondeu se afastando. — Isso não é um problema meu! Deveria ter pensado antes de abrir as pernas para um desconhecido que disse que te amava. Tenho vergonha de ser o seu pai! Ele então sumiu no corredor, e minha mãe me olhou com lágrimas nos olhos, abraçando-me, enquanto minha irmã apenas ria com desdém da minha desgraça. Eu não sei o que farei da minha vida agora, muito menos como criarei essa criança. Mas amaldiçoo o dia em que Bryan entrou na minha vida.༺ Maribel Varrozzinni ༻Seis anos se passaram desde que minha vida mudou para sempre. Finalmente, havia terminado a faculdade de medicina e estava prestes a concluir minha residência médica. Era um sonho que persegui há tanto tempo, e agora, com meu filho de sete anos ao meu lado, sentia que tudo valia a pena.A gravidez de Mary, que já estou com cinco meses, era a cereja do bolo em nossa família. A expectativa por sua chegada era palpável, e todos na família a aguardavam com carinho. Meu coração se enchia de amor toda vez que olhava para Bryan e via como ele estava ansioso para ser pai novamente. Nossa vida juntos seguia feliz, e as lembranças da lua de mel ainda aqueciam meu coração, mesmo que agora estivéssemos imersos nas responsabilidades do dia a dia.Minha amiga Pérola também havia encontrado sua felicidade. Casou-se com Vincenzo três anos atrás, o que pegou a todos de surpresa. Nunca soube que eles tinham uma conexão tão forte, mas ver a alegria dela ao lado dele era gratifica
༺ Maribel Varrozzinni ༻Depois de todo o prazer que compartilhamos, levantamos e decidimos tomar o café da manhã juntos. A mesa do hotel estava repleta de frutas frescas, pães e sucos. Sinto uma leveza dentro de mim, como se os momentos turbulentos dos últimos dias estivessem, finalmente, ficando para trás. Bryan me olhava com aquele sorriso de canto, tranquilo, e por um instante, a sensação de normalidade tomou conta de mim.Após o café, resolvemos explorar um pouco mais as Ilhas Malvinas. Coloquei uma roupa leve, o vento soprava suavemente, e o cheiro de mar estava em todo lugar. Caminhamos lado a lado pela praia, onde a areia branca contrastava com o azul cristalino do oceano. As águas eram tão limpas que podíamos ver os peixes nadando perto da superfície, e ao longe, alguns pássaros sobrevoavam as rochas. As ondas quebravam suavemente, quase como um murmúrio, convidando-nos a mergulhar nesse cenário de calmaria.— Parece um sonho, não é? — perguntei, observando o horizonte.Bryan
Continuação…༺ Bryan Fernandes ༻Aproximei-me de Maribel, beijando-a intensamente, e logo deixei meus lábios descerem para seu pescoço, sentindo o leve estremecer de seu corpo. Ela soltou um suspiro baixo, quase como se estivesse se entregando por completo. Me afastei apenas o suficiente para tirar sua camisola branca, revelando sua pele delicada, voltei a explorar com beijos. Comecei pelo seu pescoço, depois descendo lentamente até seus seios.— Ah… — ela gemeu baixinho quando mordisquei um de seus seios, estimulando seus mamilos com minha língua.Continuei descendo, minha boca traçando um caminho pela sua barriga, até chegar ao seu abdômen. Ela estava ofegante, os olhos semicerrados, enquanto minha boca explorava cada parte de seu corpo. Quando cheguei à sua intimidade, afastei sua calcinha para o lado, a expondo para mim. Sem hesitar, comecei a chupá-la, explorando com a minha língua de forma lenta e deliberada, ouvindo os gemidos cada vez mais altos que escapavam de seus lábios.—
༺ Bryan Fernandes ༻Chegamos às Ilhas Malvinas, mas não era bem o que esperava para a lua de mel. Fizemos o check-in no hotel, e enquanto Maribel tentava descansar, eu não conseguia relaxar. As últimas 24 horas foram um turbilhão. A imagem de Esther completamente fora de si, gritando e se descontrolando, ainda estava vívida na minha mente. Maribel também parecia distante, o estresse daquela noite ainda a afetando.Caminhei até a janela e abri as cortinas. O oceano se estendia à minha frente, com as ondas calmas batendo nas rochas. Era uma vista incrível, mas minha mente estava a mil. Não conseguia parar de pensar no que poderia ter acontecido se aquilo tivesse continuado. Esther não estava bem, isso era claro.Meu celular vibrou, tirando-me dos pensamentos. Olhei para a tela e vi que era uma mensagem do meu pai.“Já resolvi tudo com Esther. Ela está internada. Receberá o tratamento que precisa.”Fiquei paralisado por um momento. Internada? Não esperava por isso. Esther sempre foi a re
༺ Vincenzo Fernandes ༻Na manhã seguinte, acordei mais cedo do que de costume. O peso da decisão que tomaria ainda me mantinha acordado. Peguei o telefone e liguei para um amigo de longa data, dono de uma clínica particular. Expliquei o caso de Esther em detalhes, desde o episódio violento até o comportamento descontrolado. Ele ouviu com paciência e, sem hesitar, concordou que o caso dela era grave.— Ela precisa de internação, Vincenzo — ele disse. — O comportamento dela sugere um desequilíbrio emocional sério. Talvez algo relacionado a traumas ou até algo mais profundo.Percebi que ele estava certo. Combinamos que ele viria às nove da manhã, trazendo enfermeiros para aplicar o sedativo necessário e levá-la à clínica. Não seria fácil, mas não havia outra saída.Ainda pensativo, senti Pérola se mexer ao meu lado, acordando. Ela se virou, me abraçando, com um sorriso suave no rosto. Vestia uma das minhas camisas moletom, que parecia um vestido nela.— Bom dia… — ela murmurou, com a voz
༺ Vincenzo Fernandes ༻Estava ao lado de Pérola, conversando com um amigo da família sobre negócios, quando notei Maribel passar rapidamente em direção ao banheiro. Logo em seguida, vi Esther, com aquele olhar que eu conhecia bem, o olhar de quem estava prestes a causar problemas. Pedi licença ao convidado e decidir ir ver o que essa garota aprontará.— Preciso ir até lá — murmurei, já me afastando.— O que aconteceu? — perguntou Pérola, preocupada.— Vi Esther seguir Maribel para o banheiro. Isso só pode dar em briga. Você conhece bem a minha filha.Os olhos de Pérola se arregalaram, e ela assentiu rapidamente.— É melhor irmos antes que algo aconteça.Concordei, o coração acelerado enquanto caminhamos. Não havia como saber o que Esther era capaz de fazer quando estava dominada por sua inveja e raiva. Ao abrir a porta do banheiro, me deparei com a cena que nunca queria ter visto: Maribel estava encurralada, com os olhos arregalados de medo, e Esther estava com uma arma apontada para
Último capítulo