Em um mundo obscuro e implacável, Matias Toscano sempre foi um pária. Diagnosticado com transtorno de personalidade antissocial, ele nunca se encaixou nos moldes da sociedade. Sua infância solitária e reclusa o isolou dos outros, exceto por seu irmão mais novo, Lorenzo, o único capaz de se aproximar dele. Enquanto Lorenzo era o filho querido, Matias era constantemente menosprezado por sua mãe, Monalisa, que o comparava ao irmão e exigia que ele fosse mais como ele. Mas tudo muda quando o pai dos irmãos desaparece misteriosamente, deixando Matias ainda mais perdido e excluído. Em busca de seu lugar no mundo, ele se entrega a caminhos sombrios e cruéis, encontrando uma forma de se sentir poderoso e realizado. No entanto, seus planos são abalados quando um casamento inesperado vira sua vida de cabeça para baixo. Matias encontra em seu casamento uma mulher que desafia todas as suas convicções e desperta sentimentos há muito tempo adormecidos. Ele é confrontado com a possibilidade de mudança, de transformação interior mesmo diante de sua condição de sociopata. A medida que a trama se desdobra, segredos são revelados, alianças são testadas e Matias se vê em uma encruzilhada entre sua natureza cruel e a busca pela redenção. Em “Casamento na máfia”, mergulhe em uma narrativa intensa e cheia de reviravoltas, onde a máfia é apenas o pano de fundo para a jornada emocional de Matias. Será que ele conseguirá superar seus próprios demônios e encontrar um caminho para a redenção? Descubra nessa história envolvente sobre amor, lealdade e a força do indivíduo para se transformar mesmo nos lugares mais sombrios.
Leer másMatias Toscano foi uma criança solitária desde cedo. Desde tenra idade, ele nunca se sentiu confortável em meio a grandes multidões, inclusive na escola. Ele preferia ter seu próprio espaço, onde pudesse desfrutar de solidão e paz. Até mesmo durante os intervalos, ele se afastava dos outros para evitar o contato. Apesar de ter um irmão mais novo chamado Lorenzo, Matias sempre buscava a solidão. Ele nunca gostou de estudar e detestava todas as regras impostas pela escola, considerando tudo aquilo repugnante e desnecessário.
Sua mãe, Monalisa Toscano, era uma mulher tradicional e religiosa. Ela obrigava seus filhos a irem à igreja todos os domingos. No entanto, Matias zombava do pastor, o que deixava Monalisa furiosa. Ela sabia que um castigo o aguardava assim que todos voltassem da igreja. Mas Matias não se importava. Ele fazia isso por puro prazer, sentindo-se satisfeito ao ver as reações das pessoas diante de suas travessuras. Desde pequeno, ele já demonstrava sua natureza cruel e impiedosa.
Em determinada ocasião na escola, havia um grupo de garotos que frequentemente praticava bullying contra aqueles que consideravam inferiores ou "fracotes". Matias sempre preferiu ficar à margem, evitando chamar a atenção. Ser notado não estava em seus planos. No entanto, em um dia como outro qualquer, quando Matias retornava da cantina em direção à sala de aula, ele foi interceptado pelos valentões da escola. Eles partiram para cima dele com violência, ignorando seus pedidos para que parassem.
Arrastaram Matias até o banheiro da escola, determinados a fazer com ele o mesmo que faziam com os outros garotos, numa demonstração covarde de poder. Mesmo que Matias denunciasse o ocorrido à escola, os diretores e professores pareciam não se importar. Porém, naquele dia, os valentões mexeram com a pessoa errada, no momento errado.
Matias sentiu a fúria crescer dentro de si. Com uma coragem inesperada, ele se levantou e desferiu um soco certeiro no nariz de um dos garotos, fazendo-o sangrar imediatamente. O outro, ao ver o sangue escorrendo do nariz do amigo, correu desesperado em busca de ajuda. A partir daquele momento, nada poderia deter a fúria de Matias.
Ele agarrou um dos grandalhões com uma força assustadora, torcendo-lhe o braço para trás. Com uma brutalidade perturbadora, inclinou-o em direção ao vaso sanitário, forçando sua cabeça para dentro, enquanto mantinha um domínio implacável sobre o braço do garoto. O estalo do osso quebrando ecoou pelo banheiro. O garoto só foi salvo quando o diretor chegou e retirou Matias de cima dele. Caído no chão, o garoto estava imóvel, com falta de ar e tendo engolido água da privada.
Em meio ao caos e horror ao seu redor, Matias observou o outro garoto, aquele que ele havia socado, limpando o sangue do rosto. Uma sensação incontrolável de prazer tomou conta dele, uma satisfação sombria diante do sofrimento alheio. Naquele momento, ele percebeu que causar tamanho sofrimento nos outros lhe proporcionava uma sensação prazerosa única, algo que ele nunca havia experimentado antes.
Todos os envolvidos foram levados à diretoria e Matias foi acusado de ter instigado a briga, resultando em sua suspensão por um mês. Originalmente, ele deveria ter sido expulso da escola, mas sua mãe, horrorizada com as ações do filho, prometeu que ele não causaria mais problemas. O diretor, vendo que aquela havia sido a primeira vez que Matias se envolvera em uma confusão dentro da escola, decidiu dar-lhe uma segunda chance.
Matias era visto como uma pessoa invisível pelos outros, alguém que só ganhara destaque naquele momento. Sua mãe, buscando uma forma de castigá-lo, o obrigou a realizar serviços comunitários e interagir com as pessoas. Ela sabia que isso era algo que Matias odiaria e considerava essa a melhor maneira de puni-lo. Ela esperava que, diante da possibilidade de passar por aquilo novamente, ele pensasse duas vezes antes de cometer novos erros. Embora Matias achasse o castigo terrível, ele sentia que valeu a pena, pois conseguiu colocar os agressores da escola em seu devido lugar.
Quando Matias retornou à escola, ele era temido por todos, inclusive pelos valentões. Ao vê-lo passar ou se aproximar, eles abaixavam a cabeça. Desde aquele episódio, nunca mais praticaram bullying contra ninguém dentro da escola. Matias sentiu-se incrível, pois havia conquistado algo que nem mesmo o diretor e os professores haviam conseguido antes.
Por outro lado, Lorenzo Toscano, seu irmão mais novo, era o oposto de Matias. Ele era calmo, atencioso, bondoso, caridoso e simpático. Mesmo sendo apenas uma criança, já era bastante popular, e as garotas sempre o cercavam, atraídas por seu charme único. Monalisa, mãe de ambos, tinha uma adoração especial por Lorenzo. Ela costumava compará-los, dizendo que Matias deveria se espelhar em seu irmão e tentar se parecer mais com ele em termos de personalidade.
Essas comparações nunca abalaram Matias, embora houvesse momentos em que ele imaginava como seria ser como Lorenzo. No entanto, ele percebia que aquilo simplesmente não era o seu estilo. Lorenzo sempre foi gentil com Matias, tentando se aproximar dele e iniciar conversas. Mas não importava o quanto Lorenzo tentasse, Matias sempre encontrava uma maneira de se afastar. Ele reconhecia que Lorenzo era o único da família que realmente se importava com ele, mas não conseguia mudar sua aversão à companhia das pessoas. Estar perto delas provocava uma agonia extrema em Matias, que se sentia profundamente desconfortável.
O pai de Matias, Marco Toscano, sempre foi um homem muito distante de seus filhos. Por mais que Monalisa tentasse descobrir onde ele trabalhava, era algo que ele mantinha em total segredo. O pouco tempo que passava em casa, trancava-se no escritório e raramente saía de lá. As crianças viam pouco o pai, enquanto Monalisa cuidava delas e da casa incansavelmente. Ela nunca relaxava, pois não podia se dar um momento sequer de paz. Sempre que o marido chegava em casa, ela tentava descobrir o que ele fazia tanto tempo fora. Ele alegava ser militar, mas Monalisa sabia que não era verdade e que ele tinha algum segredo obscuro que escondia da família. No entanto, por mais que desejasse descobrir a verdade, ela sabia que seria impossível.
Sentindo a tensão aumentar, Susan se levantou rapidamente e correu para o chuveiro, tentando se limpar e tirar a sensação de desconforto. O banho foi rápido, e, ao voltar ao quarto, encontrou Eduardo ainda deitado na cama, arfando.— Desculpa, gata! Empolguei-me, foi mal. Na próxima, pego mais leve.Ela olhou para ele, revirando os olhos. Pelo olhar dele, ficou claro que estava bêbado. Com um suspiro, desceu as escadas e encontrou Bri na sala.— E aí, amiga, como foi? — perguntou Bri, empolgada, batendo palmas.— Foi bom... — Susan respondeu sem animação.— Oxê amiga, o que aconteceu? Você está com essa cara?— Foi bom, amiga, mas no final ele exagerou um pouco. Mas não seria o Edu se não exagerasse em tudo, né? — Susan falou, lembrando-se do passado.Eduardo sempre foi possessivo, e às vezes até agressivo quando não conseguia o que queria. Uma vez, ele quase bateu nela, porque ficou muito excitado e queria que ela se entregasse a ele, mas ela deixou claro que não faria isso antes de
Matias adorou o jeito que Melissa falou com ele e ficou imaginando que, se soubesse que ter uma empregada era assim, já teria contratado uma muito antes. Achava maravilhoso todo aquele cuidado. Ele então saiu do escritório, deixando Melissa lá, e subiu para o seu quarto. Assim que entrou, foi direto para o banheiro, tomando uma ducha rápida.Quando já estava se enxugando, ouviu bater na porta. Então, gritou um pouco mais alto para que quem estava batendo pudesse escutar.— Pode entrar! — Ele falou um pouco mais alto.Melissa não esperava, de maneira alguma, encontrar Matias em uma situação constrangedora. Mas, assim que abriu a porta, ela o viu apenas enrolado em uma toalha. Quase derrubou a bandeja que estava em suas mãos, e Matias correu em sua direção para ajudá-la.— O que foi? Se assustou com alguma coisa, minha querida? Espero que não tenha sido por causa de mim. Sei que sou feio, mas creio que nem tanto assim, não é mesmo? — Ele disse, com tom irônico, já sabendo do que se trat
📱— Tudo bem, Dom Rafael. Até logo. Olhe, a Susan ainda está por aí? Achei que ela vinha, que teria tempo de almoçarmos juntos, mas, pelo que vejo, ela preferiu ficar aí na sua casa do que vir fazer companhia a mim. Realmente, lá na ilha ela não tinha opção, tinha que ficar sempre perto de mim, mas aqui acho muito difícil convivermos juntos da forma que o senhor quer. E eu creio que terei que me acostumar com isso.📱— Não, meu rapaz. Ela saiu pouco depois que você. Pensei que ela estivesse aí com você. Não acredito que essa menina já está aprontando de novo. Isso é o cúmulo! Mas não tem problema, vou ligar para os seguranças para ver onde ela está. Não é possível que ela tenha sumido do mapa… — ele diz com tom de preocupação.📱— Não se preocupe, pois ela só sai com os seguranças que escolhi pessoalmente. Se acontecer qualquer coisa, eles me ligam. Se não me ligaram até agora, é porque, com certeza, ela deve estar bem. Deve estar por aí com alguma das amigas dela. Ela não parava de f
Matias desce para almoçar mais uma vez sozinho, como sempre. Todos ao seu redor fogem dele como o diabo foge da cruz, e ele não entende o porquê disso, já que sempre tentou ser o mais gente boa possível com todos ao seu redor, a não ser quando tem que matar alguém. Ele olha para Melissa, que está em pé ao lado da mesa, e abre um sorriso para ela. A moça baixa rapidamente a cabeça, com medo do que possa acontecer. Olhando para suas mãos, ela continua de cabeça baixa enquanto escuta a voz grave e fria de Matias falar com ela.— Sente-se e coma comigo. Odeio comer sozinho. Até mesmo quando eu morava sozinho, preferia ir até o restaurante só para poder ter alguém ao meu redor e não ter a sensação de estar comendo sozinho. Então, por que aqui, na minha própria casa, eu tenho que ser obrigado a comer sozinho, já que a minha esposinha resolveu não se juntar a mim agora na hora do almoço? Quero que você faça essa honra. — Matias dá a ordem.— Mas senh… — Ela diz, tremendo perceptivelmente, co
Susan não pode falar nada a respeito dos negócios ilícitos do papai, muito menos do seu marido, pois ninguém pode descobrir. Ela não pode ser descuidada e abrir o bico, caso contrário, arruína tudo.E ainda existe a possibilidade de Dom Rafael mandar matar quem descobrir seus segredos, apenas pelo fato de garantir que o mesmo não abra o bico. Se eles soubessem quem é o marido de Susan, nem cogitariam essa ideia. Isso seria um atestado de morte para ambos, e o Matias até seria benevolente se lhes causasse uma morte rápida, porque seria bem capaz de torturar ambos os irmãos por tentarem colocar esse tipo de ideia na cabeça de Susan e por tentarem fazer ele de corno.Susan nem queria pensar no que Matias seria capaz de fazer com sua amiga e com o irmão dela. Ela também estava muito preocupada que os seguranças, de alguma forma, escutassem aquele tipo de conversa e informassem ao Matias.— Amiga, você está aí? Terra chamando Susan! Você escutou o que dissemos? — Bri chama a atenção de sua
Chegando na praça de alimentação, Susan pediu ao hostess que a conduzisse a uma mesa o mais reservada possível. Só quando chegaram lá é que começaram a conversar.— Oi! Amiga, quantas saudades! E esses brutamontes aí, seu pai nunca alivia sua segurança, né? Alguns deles até são bonitinhos, mas sérios dessa forma nem dá vontade de se aproximar. — Bri brincou com sua amiga.— Ah! Não se preocupe com eles, foi meu pai quem os contratou. Imaginei que, após o casamento, isso aliviaria um pouco, mas descobri hoje que estava errada. Meu pai nunca descansa quando o assunto é segurança. — Susan respondeu, meio irritada.— Me conta tudo, amiga. Por que seu pai casou você com aquele morto de fome? Nem importante ele era. Ele forçou você a fazer algo? E como ele é na intimidade? — Perguntou Bri, curiosa, preocupada e louca para saber de tudo.— Nem eu sei, amiga, por que meu pai me forçou a isso. Aquele homem é um escroto, mal-educado e insensível. Meu pai ainda disse que aquele idiota é seu home
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