O que Apollo uniu, ninguém separa

O que Apollo uniu, ninguém separaPT

Romance
Última actualización: 2025-09-06
A. C. Barroso  En proceso
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Resumen
Índice

Savana acabou de se mudar para a propriedade que herdou de seu pai e agora terá sua própria casa e poderá dar uma melhor qualidade de vida para sua filha. O que ela não esperava era reencontrar, acidentalmente, Caleb Easton, seu amor de adolescente e que o mesmo pudesse trazer à tona sentimentos que antes estavam enterrados no fundo de seu coração.

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Capítulo 1

Capítulo 1

Eu estava concentrada na longa estrada que se desenrolava como um tapete sem fim à minha frente. No rádio, a sonata n° 16 para piano de Mozart tocava em um volume baixo, apenas para me manter acordada e quebrar o silêncio dentro do carro. Amber já tinha desistido de ficar acordada durante todo o caminho e acabou adormecendo no banco de trás.

Voltar à Estância Solar não estava nos meus planos, mas bastou uma ligação do advogado da família e, aqui estou eu, voltando a fazenda onde passei a infância. De onde estou afastada desde que meus pais se separaram e minha mãe me levou para a cidade grande dizendo que seria o melhor para mim. Tinha sido um choque saber que meu pai, um homem forte que nunca tinha precisado ir ao médico, tivesse morrido por causa de infarto fulminante.

Depois de algum tempo na estrada, finalmente, saí do asfalto e entrei numa estradinha de terra. O sol já estava alto no céu e meu Range Rover vermelho deixava um rastro de poeira no ar. Comecei a avistar a entrada da fazenda à medida que ia avançando pela estrada irregular. A velha placa de madeira com o nome da fazenda, que eu e meu pai fizemos juntos, continuava pendurada sobre a porteira escancarada.

Logo que estacionei em frente à casa principal, desliguei o motor e fiquei parada ali por alguns minutos apenas observando tudo. A casa permanecia idêntica ao que eu conseguia me lembrar. Rústica, feita de tijolinhos, com a chaminé da lareira se destacando no telhado verde, a enorme varanda circundando toda a casa. Haviam duas redes penduradas entre as vigas da varanda e o grande banco de madeira próximo a porta, deixavam a impressão de ter alguém em casa.

Desci do carro e inspirei fundo, levando para dentro dos meus pulmões o ar fresco e puro do campo. Era uma sensação boa e, ao mesmo tempo, estranha por estar de volta.

Amber tinha acordado no momento em que desliguei o carro, então abri a porta de trás e liberei sua saída. Como toda criança de dez anos que sempre viveu na cidade, ela estranhou o silêncio e a vida calma do campo.

— É aqui que o vovô Clint morava?

— É sim, minha querida.

— Mas aqui não tem nada de interessante.

— Você vai ver que aqui tem muitas coisas legais para fazer sim.

— Eu quero voltar para a casa da vovó Emma.

— Essa é a nossa nova casa.

— Eu não quero morar aqui, é chato. — Ela cruzou os braços na frente do corpo.

— Nós já conversamos sobre isso, mocinha.

— Eu sei.

— Por que a gente não entra para ver como a casa está e você já pode escolher seu quarto?

— Tá bom.

Sabendo que meu pai sempre deixava a porta destrancada, subimos os poucos degraus para a varanda, mas antes que levasse a mão à maçaneta, escutei alguém gritar.

— Ei! Você não pode entrar aí.

Procurei quem estava gritando e então avistei um homem à cavalo se aproximando da casa. À medida que que ele ia se aproximando, pude perceber que era alto e forte. Um típico cowboy com chapéu, calça, blusa xadrez vermelha e botas nos pés.

— E por que eu não posso entrar? — perguntei quando ele parou o cavalo ao lado da varanda.

— Aqui é uma propriedade privada.

— Eu...

— Você acha mesmo que pode invadir uma propriedade privada?

— Eu não estou invadindo a propriedade.

— Então o que está fazendo aqui do lado de dentro da porteira? Por acaso, vocês da cidade não conhecem limites?

— Qual o seu problema hein? É sempre tão grosseiro assim com todo mundo?

— O problema aqui é você, garota da cidade.

— Do que você me chamou?

— Garota da cidade.

— E como pode ter tanta certeza de que sou da cidade?

— Basta olhar para o seu carro e as suas roupas para saber.

Não havia nada de errado com a minha calça jeans da Gucci ou com as botas Jimmy Choo.

— E quem você pensa que é?

— Eu sou o administrador da fazenda. — Ele desceu do cavalo e veio para a varanda. — Você, por acaso, é uma das pessoas interessadas em comprar a propriedade?

— Não.

— Então quem diabos é você?

— Se puder não xingar na frente da minha filha, eu agradeço.

— Me desculpe.

— Eu sou a dona desse lugar.

O rapaz à minha frente começou a gargalhar como se eu tivesse contado uma piada muito engraçada e eu fiquei sem entender nada.

— Por acaso contei alguma piada?

— Você acha mesmo que eu vou acreditar que você é dona desse lugar?

— Mas eu estou dizendo a verdade.

— Eu conheço a filha de Clint e não, não é você.

— Pelo visto não conhece direito.

— Tem como provar que estou errado?

— Claro que eu tenho.

Voltei ao meu carro para pegar o papel do advogado dentro do porta-luvas e passei o documento para as mãos do cowboy sem educação. Pela expressão em seu rosto, vi que ele ficou surpreso.

— Você é mesmo a Savana, filha do Sr. Clint?

— Pelo menos é o que está escrito na minha certidão de nascimento.

— Me desculpe por toda essa confusão, é que...

— Que?

— Você mudou bastante desde a última vez que nos vimos

— Tudo bem, mas talvez você devesse ser um pouquinho mais educado com as pessoas, principalmente as que não conhece.

— Você tem razão. — Ele parecia estar engolindo uma bola de espinhos.

— Agora que você sabe quem eu sou, pode me dizer quem é você?

— Não se lembra de mim?

— Por que eu deveria? — perguntei com os braços cruzados na frente do corpo. — Nem você se lembrou de mim.

— Éramos melhores amigos, até sua mãe te levar para a cidade.

— Caleb Easton?

— Eu mesmo.

— Meu Deus, você também mudou bastante.

E como tinha mudado.

Ficamos apenas nos encarando por alguns segundos, ambos envergonhados por toda a situação. Aproveitei esse momento para analisá-lo um pouco melhor. Caleb era só um garoto magricelo, cheio de sardas no rosto que se achava só porque ele ajudava o pai com o cuidado dos cavalos, mas ainda tinha os mesmos olhos esverdeados brilhantes, os cabelos estavam na altura dos ombros, fugindo por debaixo do chapéu, os braços estavam musculosos.

— Eu sinto muito pelo seu pai. — Ele foi o primeiro a falar, quebrando o silêncio incômodo.

— Obrigada.

Antes que pudéssemos falar sobre qualquer outro assunto, Amber apareceu correndo e tinha um largo sorriso estampado no rosto enquanto um cachorro corria logo atrás dela.

— Mãe, a gente pode ficar com ele?

— Claro que não, Apollo é o meu cachorro. — Caleb foi rude.

— Precisa de ajuda com as malas?

— Não, eu não trouxe muita coisa já que a mudança chega amanhã.

— Vou voltar ao trabalho então, mas se precisar de qualquer coisa é só me avisar.

— Obrigada, Caleb.

Ele desceu a varanda e voltou a montar em seu cavalo antes de sair cavalgando com o cachorro correndo logo atrás dele.

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