Capítulo 47

SAVANA

Se alguém me dissesse anos atrás que eu me casaria de novo — e que esse casamento não teria véu, não teria salão, não teria cerimônia ensaiada — eu teria rido.

O sol estava se pondo atrás das árvores quando eu senti que o mundo inteiro respirava comigo. O céu tinha aquela cor dourada de fim de tarde que sempre me fez acreditar que Deus pinta o dia a dedo só para lembrar a gente de viver.

A cerimônia acontecia ali, no coração da estância, na frente do celeiro de madeira envelhecida, onde pequenas luzes penduradas em fios brilhavam como vaga-lumes presos no ar.

O caminho até o altar era de pedra rústica, ladeado por cestos de flores campestres e penachos de capim dos pampas que dançavam levemente ao vento. Cada passo parecia contar uma história — uma história de terra, de raízes, de casa. No centro, sob um arco feito de troncos rústicos cobertos por flores secas em tons terrosos, ele me esperava.

O terno escuro e simples, a camisa clara, a fivela grande do cinto brilhando no últi
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