Uma Proposta Irrecusável A vida de Daniela Marçal, uma brasileira com sonhos simples e o coração voltado para o casamento e a maternidade, toma um novo rumo quando ela é convidada a estagiar na matriz de uma grande rede de hotéis em Londres. Ela espera que seu namorado realize seus desejos, mas a desilusão logo se instala ao perceber que ele não é o homem com quem ela planejou passar o resto da vida. É nesse momento que seu chefe, um homem que tem prazer em tornar sua vida um inferno, faz uma proposta indecente: um casamento de conveniência. A única razão para Daniela aceitar essa proposta, que pode ser a mais louca de sua vida, é a oportunidade de se tornar a mãe da pequena Olívia.
Leer másNas mãos do CEO: Uma mãe para minha filha
Capítulo 1 Não foi isso que eu esperava Daniela Marçal Assim que atravesso a porta do restaurante, diga-se de passagem, um dos mais caros e conceituados da cidade. Me obrigo a esquecer o dia de merda que tive ao lado do meu patrão, e no emprego que eu não posso perder de jeito nenhum. Xavier Lancaster era a pessoa mais insuportável que eu poderia conhecer na vida, quem dirá trabalhar um dia inteiro ao seu lado. A questão que eu não podia escolher, e sim aceitar calada tudo que ele fazia comigo. Aguentar seu jeito nada gentil de ser, era o que me restava, já que estou tentando conseguir meu visto para permanecer no país. Então vivia engoli tudo para não ser mandada embora, ou teria que deixar todas as minhas conquistas para trás, meu apartamento alugado, mas que consigo pagar religiosamente, meu carro velho, mas que eu lutei para dar a entrada e agora pago as parcelas. Era pouco, não era dona da minha vida, mas tinha um pouco que me bastava. Eu queria chorar para aquele que sempre me ouvia, Paul era o meu atual namorado, aquele que era um verdadeiro cavaleiro para mim, e uma paixão que me deixava feliz com pouco. Ele estava sentado em uma das mesas perto das janelas, como um cara cortês que sempre demonstrou ser, me esperava pacientemente com a sua taça de vinho, seu olhar focado em tudo e em nada ao mesmo tempo. Me apresso para chegar ao seu encontro, já estava atrasada dez minutos segundo o horário combinando, e sinceramente, não era visto com bons olhos nos atrasarmos aqui na Inglaterra. Sim, os ingleses eram super pontuais, não gostavam de atrasos e não confiavam em pessoas que não levavam a pontualidade a sério. Era um marco a pessoa chegar atrasada, e não de forma boa, mas acho que nem Paul me culpa mais, ele sabe para quem trabalho e que quase não tenho vida. Passei a minha mão nervosa pelo vestido que tinha escolhido para essa noite. Paul tinha mandado flores para a minha mesa na empresa que eu trabalho atualmente. Junto com um bilhete pedindo para comparecer aqui nessa noite e nesse horário, pois segundo as informações anexadas no convite, Paul tem uma grande notícia para me dar. Claro que como toda mulher que está namorando a três anos com o mesmo homem, já acende uma luz brilhante em que finalmente iriamos dar o próximo passo. Que finalmente Paul entendeu os meus sutis sinais. Onde eu deixava subentendido que eu sonhava em ser pedida em casamento. Eu sempre deixava pistas, lembretes como revistas com modelos de anéis, catálogos de casamentos e cerimônias ao ar livre... Em nossas conversas com amigos, deixava no ar que logo queria me casar e ter filhos. Enfim, maneiras pouco evasivas para dizer que estava pronta para ser pedida em casamento e finalmente desencalhar, afinal, já tinha trinta anos e nem sinal de um lindo anel de compromisso no meu dedo. - Oi meu amor... – Digo assim que me aproximo da mesa que ele estava sentando. – Desculpa a demora, Senhor Lancaster não facilitou a minha saída e somente pude vir depois de liberar um documento que ele me pediu em cima da hora. – Já me justifico porque não posso me aproveitar do fato de Paul ser educado e um cavalheiro, que eu deva sempre extrapolar os horários dos nossos encontros. Paul logo me dá o seu sorriso cortês, ele melhor do que ninguém sabia como Xavier era, os dois já estudaram juntos, mas seguiram caminhos diferentes. - Xavier vive para o trabalho e acha que todos são obrigados e fazer o mesmo... – Diz se levantando e puxando a cadeira para que eu me sentasse. Como eu disse, ele era um lorde. - Não vamos falar do seu chefe, o dia é para comemorar. Não para perdemos o nosso tempo falando em uma pessoa tão insensível como ele. – Paul encerra o assunto Xavier e meu atraso. – Tomei a liberdade de fazer o nosso pedido, e agora você está aqui, é isso que importar... – Ele pega a minha mão com delicadeza e a beija com um selinho casto. - Obrigada por pensar em tudo... – Digo olhando para Paul que estava super animado até para os seus padrões. Ele engatou uma conversa sobre como a sua empresa estava em uma grande crescente no mercado. Que as coisas estavam melhores que nunca e que ele futuramente seria um grande nome na indústria hoteleira. Sim, ele tinha um hotel na cidade de Londres, e tinha muitas ambições como uma rede de hotéis com o seu nome. - Qual era a novidade? Recebi lindas flores em meu escritório, e já imaginei milhões de coisas... – Paul ri provando seu prato de comida que parecia delicioso. - Curiosa? – Acabei rindo também e provando do meu prato que não era algo que eu comeria, mas que Paul sempre pedia em nossos encontros. Ele escolhia com a desculpa de que eu provasse dos seus gostos, mas sinceramente, nesses três anos, era difícil provar algo que eu escolhi por conta própria. Digamos que Paul gostava de ter o controle, então ele escolhia os lugares, passeios, comidas e até onde iriamos passar a noite. Eu sempre relevava, mesmo às vezes querendo fazer algo diferente. Paul tinha sempre bons argumentos, quando não ganhava, dizia que eu não era do país dele, como eu poderia dizer o que era bom ou não? - Sabe que eu sou bem curiosa, e foi como uma pequena tortura ficar fazendo suposições do que seria na minha cabeça. – Falo amenizando muito a situação. Xavier quase me demitiu por estar com a cabeça em outro lugar. - Quais eram as suas suposições? – me pergunta com um humor divertido. Confesso que Paul é um pouco fechado, e quando ele está nesse modo, ele realmente está muito feliz. - Melhor não falar, posso estar colocando muita expectativa em algo e não ser... – Paul avalia e concorda. Não vou falar que espero que ele me peça em casamento, seria deselegante. Um dos garçons chega com o melhor e mais caro champanhe. Eu logo penso se as minhas unhas estão bem feitas, se estou arrumada para os vídeos que vão fazer quando Paul se ajoelhar e me pedir em casamento. Saio dos meus devaneios quando o champanhe é aberto sem aquele espetáculo espalhafatoso que vejo no Brasil, minha terra amada e querida. Aqui tudo era contido, tudo tinha que seguir uma ordem e decência. Nada era permitido acima do normal para eles. Arrumo a minha postura e fico olhando para Paul que tinha uma paciência de Jó! Ele coloca champanhe nas traças, me entrega um com a sua elegância característica. - Bom, sabe que não sou bom com suspense ou surpresas, mas esse próximo passo que iremos dar no nosso relacionamento é muito importante para mim, Daniela. – Olho para ele querendo chegar aos finalmente e dizer que sim, eu me casava com ele. – Então, eu estava pensando muito sobre isso, e tomei a decisão que vai mudar nossas vidas, meu amor... – Paul sorri e pega algo em seu bolso. Nessa hora eu nem ligava que ele não tinha ajoelhado para me pedir em casamento. Portanto, que ele pedisse, estava tudo perdoado. Quando ele abre a mão, lá estava uma chave, e não o meu anel. Eu juro que tentei não murchar na mesma hora, mas eu deveria estar com uma cara de questionamento. - O que seria essa chave, Paul? Aliás, o que ela deveria abrir? Paul com um sorriso maravilhoso, que não deve ter se tocado no quando me deixou confusa e desapontada, diz o que eu mais temia. - Essa é a chave de uma nova filial do meu hotel. – Diz tão feliz, mas ele não tem culpa de que eu tenha entendido tudo errado. – Agora vou ter um hotel no sul da Inglaterra, não é um máximo? O que eu deveria falar? Eu pensei que você me pediria em casamento, PAUL! Eu me organizo internamente, já estava bem acostumada com decepções, essa era mais uma da lista. - É maravilhoso, Paul... – Digo com o meu melhor sorriso, ou pelo menos era o que eu acreditava. – Você está realizando seus sonhos finalmente... – Uma lágrima marota caia dos meus olhos sem aviso. - Oh meu amor, ficou emocionada? – Diz de uma forma tão gentil que me dá raiva. Suspira e se recomponha. Na verdade, queria gritar que não! Fiquei braba por pensar que seria pedida em casamento hoje em um dos restaurantes que sempre sonhei em estar. - É o seu sonho, não? – Digo mais ele me corrige. - É o nosso sonho, meu amor... – Paul se levanta e me abraça. A questão que não era o meu sonho, estava longe de ser o meu sonho também. Acho que finalmente entendi que tínhamos sonhos diferentes, estávamos em momentos de nossas vidas diferentes e distantes. Definitivamente não podia esperar de Paul um casamento ou filhos, ele claramente tinha outras prioridades.Nas Mãos do CEO: Capítulo 12Daniela MarçalAs estruturas das casas em Londres são bem diversificadas, refletindo séculos de história e estilos arquitetônicos. Sempre me pego admirando as ruas limpas, arborizadas e até um pouco frias da cidade, suas estruturas e a movimentação. É comum encontrar casas geminadas e isoladas, especialmente em áreas residenciais mais afastadas do centro. Já nas áreas mais centrais e históricas, predominam construções antigas, como casas de estilo vitoriano, e edifícios com elementos góticos ou art déco, além de construções modernas de vidro e aço.Em Londres, é possível encontrar mansões e casas de luxo à venda ou para aluguel, especialmente em bairros como Kensington Palace Gardens, conhecido como o "Corredor dos Bilionários". Outras áreas procuradas incluem Kensington, Notting Hill, Mayfair, Chelsea e Knightsbridge. O preço médio de uma casa ou apartamento em Londres ultrapassa meio milhão de libras, mas há propriedades de altíssimo padrão com valores m
Nas mãos do CEO: Uma mãe para Olívia Capítulo 11Xavier LancasterOlivia realmente tinha o meu sangue correndo em suas veias. A menina deixou Daniela sem graça, sem jeito e com uma enorme questão na cabeça para pensar. Eu poderia ter ajudado, mas fiz o contrário: coloquei ainda mais lenha na fogueira. Minha filha, mesmo que indiretamente, estava me ajudando a chegar mais perto do meu objetivo: ter Daniela Marçal como uma integrante da nossa família.O que a minha confusa estagiária não sabia era que eu já havia falado para o dono do local que minha futura esposa estava organizando a festa de Olivia, nossa filha. Foi por isso que ele abriu a agenda justamente para que eu pudesse vir com a minha família, ver e conhecer o espaço. Matte, o dono dessa luxuosa casa de festas, era muito apegado ao conceito de família, então, para amolecer seu coração, eu disse que queria fechar a festa da minha filha junto com minha futura esposa.É fato que Daniela vai ser a minha esposa, mesmo que ela nem
Nas mãos do CEO:Capítulo 10Daniela Marçal Quando chegamos no primeiro destino, me vi com uma sensação nova no peito diferente. Ver Olívia feliz, alegre e muito animada correndo pelo espaço onde iria ser a sua festa, foi como aquecer meu peito que andava vazio e procurando um novo sentimento. Era estranho porque eu saí do Brasil para crescer profissionalmente, mas eu também queria construir a minha família, queria ter uma vida normal como qualquer pessoa. Desejava ser como todo mundo, ou a sua grande maioria. Eu não era nova, estava com meus trinta e quatro anos, vivi boa parte da minha vida para a família, minha mãe precisou bastante de mim antes de encontrar o meu padrasto. Também me dediquei a crescer profissionalmente, queria ser independente, somar, ser ativa, uma mulher que tinha certeza que tinha as ferramentas necessárias para ser feliz em todos os aspectos da vida. Mesmo morando em uma cidade pequena, que não me oferecia recursos para me tornar uma grande profissional n
Nas mãos do CEO:Capítulo 9Xavier Lancaster Parecia clichê da minha parte dizer que tinha medo de amor, tinha medo de me entregar e ser traído pelo sentimento. Mas a verdade é que não era medo, era receio de ter uma dor tão grande que não coubesse no peito como a minha mãe, de não querer mais sofrer, e lá estava aquela dor que pode tirar o seu prazer em viver.De ver o amor da minha vida vivendo outra tudo que eu queria viver com ela nos braços de outra pessoa. Isso aconteceu com o meu pai, e bom, eu fiquei no meio desse desencontro de almas, vivendo de migalhas de atenção e afeto. Tudo porque meus pais não conseguiam seguir em frente sem as pessoas que desejavam. O par que foi feito por “N” motivos, mas nunca pelo certo, por sentimentos verdadeiros, esse foi o pecado do meu avô. Globalização de acordos e achar que Nolan Lancaster teria o mesmo final feliz que ele teve com a minha avó. Bem verdade que não foi por falta de boa intenção, meu avô somente não sabia que meu pai era apa
Nas mãos do CEO:Capítulo 8Antes de assumir os negócios do meu pai...Xavier Lancaster Estava tão tranquilo em um lugar distante da influência dos meus pais, das cobranças e de uma vida que nunca desejei que tinha até me esquecido de uma promessa feita no calor da emoção, e da minha ingenuidade. Quando meu pai me mandou para os Estados Unidos fazer faculdade, e fazer diversos cursos na área hoteleira, eu aceitei na mesma hora. Vi um rompante de liberdade, e diversas possibilidades se acenderam para mim. Concordei na mesma hora e fui com a cara e a coragem. A única coisa que meu pai me pediu foi que eu me casasse quando voltasse para Londres. Eu concordei, já sabia que teria um casamento arranjado, não era novidade, ou algo que me incomodasse. Eu já sabia que nunca iria amar alguém, sempre fui muito fechado quanto a isso, cético que esse sentimento existisse realmente. Todos que eu via que um dia amaram não eram correspondidos, então porque amar? Porque se entregar ao amor? Cl
Nas mãos do CEO:Capítulo 7Daniela Marçal Como uma mulher que não tem mais nada a perder em um sábado pela manhã, me arrumei como se fosse encarar um dia corrido. Coloquei uma roupa confortável, nada de salto ou sapatos apertados, um conjunto leve, comportado e que eu amava vestir. Marina me ajudou, ela era boa em se vestir, me ajudava muito quando eu tinha jantares de negócios com Xavier Lancastre. Ele sempre me pedia para o acompanhar, incentivo da Joana, a secretária dele que já tinha sua certa idade e dizia que eu era mais nova e atenta nessas ocasiões. Mentira!Ela sempre tentava me empurrar para Xavier, dizia que ele e a menina Olívia precisavam de mim em suas vidas. No entanto, eu sempre enfatizei que namorava, mesmo ninguém nunca vendo Paul, somente as flores que raramente vinham para o endereço da empresa. Paul era muito polido para fazer homenagens em público, mal me beijava na bochecha quando estávamos na rua. Em quatro anos ele sempre me respeitou, nunca ultrapassou
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