Entre o amor e a vingança

Entre o amor e a vingança PT

Romance
Última actualización: 2025-09-01
DhaSantana   Recién actualizado
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Resumen
Índice

Em um casamento arranjado por um contrato familiar, Paul Evans e Catarina Smith vivem uma farsa há cinco anos. Para o mundo, eles formam o casal perfeito e invejado, mas a portas fechadas, Paul é um homem frio, cruel e implacável, que culpa Catarina por todos os seus infortúnios. Cansada de lutar por um amor que nunca foi correspondido, Catarina, que um dia se casou por paixão, decide colocar um fim nessa união desgastada. Porém, uma reviravolta inesperada acontece e a dinâmica do casal muda completamente. Paul, que sempre foi motivado pela vingança, se vê em uma encruzilhada: ele precisa confrontar o ódio que nutre por Catarina e o amor proibido que sente por ela. Nessa trama cheia de paixão e conflitos, Paul se debate entre o desejo de vingança e o amor avassalador pela mulher que ele insiste em ver como sua ruína.

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Capítulo 1

Prólogo

Prólogo – Acidente

Catarina Smith

Tento mais uma vez ligar para Paul na tentativa de descobrir se o que estava nos jornais era verdade. Se ele realmente fosse tão baixo a esse ponto, não teria que ser tão surpreendente ao ponto de querer se vingar de qualquer jeito, sem se importar com quem seria prejudicado.

Quando saí do consultório, todos olhavam para mim como se eu fosse um ser de outro mundo. O pior foi vê-los cochichando entre si.

"O que está acontecendo com você, Paul?", pensei, mas a resposta não veio. Estávamos bem, não estávamos?

Quando peguei meu celular e abri a mensagem que minha sogra tinha mandado, meu mundo parou na mesma hora. Lá estava a prova de que tudo o que vivemos nesses cinco meses foi uma grande e vergonhosa mentira. Nenhuma das coisas que me foram proporcionadas era real, tudo era uma grande mentira elaborada por um homem vingativo e cruel.

Paul Evans cumpriu a promessa feita no dia da nossa lua de mel. Eu era uma menina sonhadora que acreditava ter tirado a sorte grande, pensei que tinha casado com o amor da minha vida, mas era tudo uma grande ilusão. Eu havia me esquecido da sua promessa por causa da sua mudança repentina. Ele tinha mudado tanto nesses meses… No entanto, ele disse que iria me mostrar o inferno que ele vivia, e aqui eu estava, mergulhando até a cabeça em um mar de tristeza e indignação.

No fundo do meu ser, eu já sabia que era bom demais para ser verdade. Era ingenuidade demais até para mim pensar que uma pessoa que mal me olhou por cinco anos voltaria com outra postura depois de uma viagem e uma briga, justamente quando eu pedia o divórcio. Sim, eu não queria mais viver aquela loucura que era estar ao lado daquele homem que eu já amei muito, mas que fez questão de matar todo o meu amor com sua indiferença e rancor.

Meu coração estava quase saindo do peito e minhas mãos estavam trêmulas.

"Você não pode passar por sustos, Catarina..."

Eu tinha acabado de receber a melhor notícia da minha vida, estava tão feliz e plena, mas em questão de segundos, meu mundo se despedaçou diante de mim em mil pedaços.

Ignoro os olhares curiosos direcionados a mim e vou para o meu carro. Eu precisava ouvir da boca dele que tudo o que li era verdade, que ele realmente havia me humilhado daquela forma. Desde antes de entrar no meu carro, eu estava tentando ligar para o meu marido, mas ele não atendia.

Recebo ligações dos meus pais, dos meus irmãos e da minha sogra, que deve estar querendo dizer que sempre me avisou, mas eu nunca quis ouvir suas palavras. Ela sempre me disse que seu filho nunca deveria ter se casado comigo, que eu não era digna da família. Sempre ouvi que ele amava outra pessoa e que eu nunca seria a Senhora Evans. Nisso, estou começando a concordar com ela: não quero mais fazer parte dessa família.

Balanço a cabeça. Agora não era a hora de pensar nela, já tinha problemas demais para resolver e uma grande novidade para administrar.

Ignoro todos e vou até a empresa que era nossa, mas era o meu digníssimo marido quem cuidava. Eu não tinha voz na minha própria empresa, o legado que meu pai deixou. Esse era o acordo entre as famílias: meu esposo cuidaria da minha parte na empresa, enquanto eu cuidava das minhas coisas. Meu pai não queria deixar a minha parte em minhas mãos, segundo ele, uma mulher não podia administrar uma empresa como aquela… Se ele soubesse o que eu faço, tenho certeza de que pediria desculpas na mesma hora.

Assim que coloquei os pés para fora do meu carro, passando a mão na minha barriga, senti um calafrio e um sentimento ainda mais ruim tomar conta do meu corpo. Eu não podia deixar nada acontecer conosco, nada!

Entro no imponente prédio do império de carros de luxo da Família Smith e Evans, a união mais comentada até hoje, mas ninguém sabia o custo dessa união e quem saiu mais prejudicada nessa história.

Entro e logo sou liberada para a sala do meu pai, mas eu não queria falar com ele. Eu queria falar com o meu marido, que precisava me explicar o que estava acontecendo.

Meus saltos batem no chão de mármore preto, e a secretária do meu marido quase dá um pulo ao me ver.

— Senhora Smith... — Ela fala, mas não sinto firmeza em seu cumprimento.

— Cadê o meu esposo? — Digo, me encaminhando para a sua sala. - Ele não me atende, não está em casa...

— Ele... ele... O Senhor está em uma reunião muito importante e não pode recebê-la. — Ela arruma coragem em algum lugar, e eu a olho sem acreditar muito em suas palavras.

— Quem está na sala? — Pergunto, vendo que Joana perdeu a fala mais uma vez.

— Joana... — Ela estremece com as minhas palavras.

— Ele está em reunião com a Senhorita Ribeiro... — Meu mundo termina de virar pó naquele exato momento. Ele não podia ter feito isso comigo.

Caminho para a entrada da sala a passos rápidos, com Joana gritando atrás de mim.

Se meu coração estava batendo tão forte antes, agora ele quer pular da minha caixa torácica de uma vez por todas para acabar com essa dor insuportável.

Ao parar de frente à porta, ainda tento recuar. Eu precisava pelo menos manter um pouco da minha dignidade. No entanto, eu queria ver com meus próprios olhos a cena que me tornaria a mulher que eu precisava ser nesse momento.

Ouço barulhos de coisas caindo no chão, e um nó se forma na minha garganta. Não...

Respiro fundo e abro a porta de uma vez. Se arrependimento matasse, eu estaria morta nesse momento, pois a porta do meu inferno pessoal acabou de ser aberta. Tento me convencer disso, enquanto caminho a passos lentos para ver melhor... O burburinho vão ficando mais altos conforme me aproximo... Não podia ser...

Paul Evans realmente sabia cumprir suas promessas.

O chão parece sumir diante dos meus pés, pareço estar dentro de um pesadelo que nunca acaba. Meus pés querem sair correndo dali, mas me forço a revelar que estou vendo tudo e que ambos não precisam mais usar máscaras para me enganar.

Paraliso diante da imagem na minha frente, começo a bater palmas e, como um choque de realidade, Paul finalmente me enxerga ali.

— Catarina?! — Ele para o que estava fazendo e olha para a mulher que um dia disse que era a minha melhor amiga, mas tudo fazia parte de um plano maior para me destruir e destruir a minha família. — O que está acontecendo? — Ele sai de cima dela como se não fosse quem eu esperava, mas não acredito mais nessas artimanhas de Paul.

— Você estava beijando a minha ex-melhor amiga. Espero, do fundo do meu coração, que ela goste de viver na miséria, pois vou fazer da vida de ambos um verdadeiro inferno. — Rio sem humor algum. - Você é casado, não pode sair beijando e achar que não vai ter volta, pois vai...

Sinto vontade de vomitar, na verdade, tenho ânsia de vômito. Só quero sair daqui o mais rápido possível!

Quando me viro, vejo meu pai olhando tudo e nem paro para ouvi-lo. Eu somente quero fugir de tudo e todos.

Saio correndo e ainda ouço Paul me chamar, e meu pai começar a gritar e partir para cima do meu ex-marido.

Meu peito dói, sinto meu coração sendo despedaçado mais uma vez. Como destruir algo que já não tem mais estrutura nenhuma? Por que dei essa maldita chance para ele?

Quando seu coração já está cansado de esperar, quando tudo o que te contaram antes do casamento era uma grande mentira elaborada para te prender a um homem frio, calculista e cruel. Disseram que ele me amava... Disseram que ele queria mais que tudo me fazer ser a mulher mais feliz do mundo... Disseram para confiar e acreditar...

Oh, papai, como podia ter se deixado enganar de maneira tão errônea?

Como eu pude me deixar enganar pela aquela cara de bom moço?

Eu tinha abaixado as minhas barreiras. Sou apaixonada, mas não sou feita de ferro onde ele pudesse fazer o que quisesse de mim. Já não bastavam os cinco anos de tortura e falta de amor?

Eu tinha escolhido tentar mais uma vez, somente mais uma vez. No entanto, saio mais quebrada do que entrei nessa última tentativa.

Sinto meu mundo desabar sobre os meus pés, literalmente, fiquei entre a vida e a morte para entender que ele nunca me amou, ele nunca quis nada comigo além de vingança.

Posso ouvir até a risada da minha sogra atrás de mim. Como era possível, se ela não estava aqui? Tola! Como pude me deixar levar pelo seu sorriso bonito e suas palavras ricas de sentimentos falsos?

Ele nunca me deu mais que um "bom dia", e depois de cinco anos ele resolveu tentar... Somente você, Catarina, para acreditar em livros de romance e que finalmente estava vivendo seu conto de fadas... Fadas não existem, Catarina, muito menos amor no coração duro daquele homem impiedoso...

Que idiota eu fui...

As lágrimas caem sem controle do meu rosto, e eu nem tinha percebido que corria entre os corredores da empresa.

Quando saio pelas portas do grande prédio que era meu, mas do qual eu abriria mão somente para poder ter paz e criar meu pequeno pontinho que crescia dentro de mim. A chuva terminou de finalizar meu enredo desastroso! Ela caía como eu me sentia: uma chuva fria e que podia machucar por causa de sua intensidade.

— Catarina! — Ouço ele gritar e começo a correr novamente. Eu não queria mais nada com ele, não queria ouvir sua voz.

Corro e corro sem olhar para nada e somente vejo a luz que vem em minha lateral e um grito de pavor.

Tudo rodou e meu mundo ficou de cabeça para baixo. Não senti meu corpo e vi que a minha bolsa se abriu, revelando a foto do meu bebê. Sinto tudo começar a ficar escuro e ouço vozes alteradas ao meu redor. Meu pai estava desesperado!

Meus olhos encontram os dele e vejo a mesma dor que sinto refletida ali, mas no caso dele, era a culpa, mais uma culpa que ele iria levar consigo para o resto da vida. Fecho os meus olhos pensando no meu bebê. Eu somente queria salvar o meu bebê.

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