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Capítulo Quatro — Tudo quieto demais... até veio a explosão

Sophia

Após um fim de semana de cão, cheguei à Foster exausta. Minha despedida de solteira foi cancelada porque, de repente, todo mundo resolveu sumir ao mesmo tempo. A Emily não atende minhas ligações, tampouco responde às mensagens que envio. E, para completar meu surto, meus pais e a Maya não passaram o fim de semana em casa — sequer atenderam minhas ligações. O que está acontecendo? A poucos dias do meu casamento, todas as pessoas importantes da minha vida simplesmente desapareceram.

— Olá, Grace, bom dia! — cumprimento minha assistente assim que saio do elevador. — Você pode providenciar um remédio para dor de cabeça para mim, por favor? — peço e entro em minha sala.

— Bom dia, Srta. Foster. Vou providenciar agora mesmo — ela se prontifica, e a vejo sair em direção à enfermaria, que fica no andar de baixo.

Começo a examinar minha agenda do dia, na tentativa de preencher a mente com trabalho e tentar esquecer essa bagunça toda. A falta de respostas está me deixando ansiosa e apreensiva. De repente, tenho a nítida impressão de que algo sério está prestes a acontecer — e nem sei de que direção virá esse raio.

Abro meu notebook para verificar e-mails e compromissos, quando uma notificação de notícias me chama a atenção. Ao clicar, sinto como se tudo ao meu redor parasse. Não pode ser. Eu devo estar dormindo ainda, tendo um pesadelo. Preciso acordar.

A única coisa que consigo ouvir são as batidas do meu coração, aceleradas, como se quisessem escapar do meu peito. Estou olhando para uma foto divulgada em um canal de notícias: meu noivo, abraçado a ninguém menos que a minha melhor amiga — vestida de noiva. Ao lado deles, estão os pais dele... e os meus. O texto da notícia diz:

“O Vale do Silício foi surpreendido com a união de dois dos herdeiros da Foster Technological Solution, Simon Bayer e Emily Backstreet, numa cerimônia discreta em uma praia no Caribe, acompanhados de seus familiares e amigos mais próximos. O que causa estranheza é que Simon Bayer estava noivo da CEO e herdeira principal da Foster Technological Solution, Sophia Foster, e o casamento aconteceria no próximo sábado. A pergunta que não quer calar é: o que poderá ter acontecido para que a troca de noiva ocorresse assim, tão de repente? Enquanto não temos a resposta, desejamos ao casal muitas felicidades.”

Fico ali, sentada, encarando a tela, congelada, sem reação. Mal percebo quando Grace entra na sala com um copo d’água e o remédio que pedi. Só noto quando lágrimas escorrem pelo meu rosto. Ela para na porta, me olhando — talvez com pena. Imagino que já tenha visto a notícia.

— Srta. Foster, você está bem? — ela se aproxima, vê o que está na tela, fecha o notebook e tenta me levantar da cadeira, conduzindo-me até o sofá da sala. — Venha, senhorita. Tome seu remédio e deixe toda essa emoção sair. Está no seu direito.

Ela se senta ao meu lado, e eu permito que o choro venha. Não tenho palavras para descrever o que sinto. É como se tivesse sido nocauteada em um ringue — sem saber de onde veio o golpe. Na verdade, foram vários, de todas as direções: o homem com quem dividi os últimos sete anos da minha vida, com quem fiz planos de formar uma família; a minha melhor amiga, a quem confiei tudo; os pais deles, que me viram crescer e que eu considerava como família; e os meus próprios pais. O que estão fazendo ali? Como puderam apoiar isso — e, pior, esconder de mim?

Era para ser o meu casamento. O meu momento. Tudo estava pronto para realizar o sonho de me unir ao homem que sempre amei — meu primeiro namorado, primeiro beijo, primeiro tudo. De onde veio tudo isso, meu Deus? Por que fizeram isso comigo? Desde quando estão me traindo? Desde quando meus pais sabiam? São muitas perguntas... e tenho medo de que as respostas me destruam de vez.

— Srta. Foster, por favor, não se entregue — Grace fala docemente, enquanto me ouve chorar. — Imagino que esteja doendo muito, mas não deixe que eles vençam.

— Eles já venceram, Grace — digo entre soluços. — Como puderam fazer isso comigo? — olho para ela, em busca de respostas que sei que ela não pode me dar. — Você alguma vez viu isso chegando? Não quero acreditar que fui tão cega, que fui a única a não perceber essa tempestade se formando.

— Eu nunca vi nada explícito, Srta. Foster, mas algo me incomodava nas visitas que a Sra. Backstreet fazia ao Sr. Bayer quando a senhorita não estava aqui. E, algumas vezes, sua mãe também a acompanhava.

— A minha mãe? — pergunto, incrédula. — Minha mãe já sabia sobre eles? — sussurro, com a mente em redemoinho. — Grace, eu preciso sair daqui...

— Para onde a senhorita vai nesse estado? Não pode sair assim sozinha...

— Não posso ficar aqui, Grace. Me sinto perdida no meio de um tornado. Nem sei se quero as respostas para tudo isso — levanto-me, ainda atordoada, tomo o remédio que ela me trouxe, pego minha bolsa... e saio sem rumo.

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