Primeiro história Ares Durante anos, ela acreditou viver um casamento perfeito. Mas bastou o dinheiro acabar para a máscara cair. Ele se tornou agressivo, cruel... até desaparecer por dois dias. Quando voltou, não estava sozinho. Com olhos frios e um sorriso perverso, ordenou que ela se vestisse — e os homens a arrastaram para fora. Ela implorou por explicações, mas a resposta veio como um golpe: "Você vai ser leiloada. É a única forma de eu pagar a minha dívida." No leilão, entre olhares sujos e lances exorbitantes, um nome ecoou acima de todos: Ares Marino. Líder da máfia italiana . Temido. Cruel. Implacável. Ela foi vendida como mercadoria, mas não fazia ideia do que Ares realmente queria com ela. E muito menos do preço que teria que pagar por ser dele. Segunda história Apolo : Apolo Perigoso, sedutor, viciado em prazeres proibidos. Apolo Marino nunca se apaixonou. Seu mundo é feito de luxúria, poder e noites descartáveis. Mas tudo muda quando ele conhece Violeta, uma garota de programa na Espanha. Ela o recusa. E ele fica obcecado. Violeta vende o corpo por desespero — para salvar a mãe doente. Ela não quer amor. Mas Apolo quer ela. E o que ele quer, ele toma. Mesmo que tenha que desafiar a máfia. Mesmo que tenha que enfrentar o próprio irmão, o Dom. Pela primeira vez, o Irmão do Prazer está disposto a amar. Último Livro Zeus Marino Zeus Marino sempre viveu para a máfia, frio e intocável. Até Léa, a francesa misteriosa que o seduziu a mando de Alonso, fugir carregando um segredo: ela teve um filho dele. Enquanto Ares promete Zeus à filha do Don da máfia albanesa, Enzo revela a verdade. Agora, Zeus precisa escolher entre a honra da família e recuperar o filho que carrega o nome Marino.
Ler maisNarrado por AresQuando cheguei à sala, Zeus já estava onde sempre parece melhor: imóvel, medindo o espaço como quem calcula distância entre sentenças. A casa respirava o silêncio que precede decisões. Do lado de fora, o jardim brilhava com a luz cortante da tarde; aqui dentro, só o tom grave da nossa conversa interessava.Eu não me sentei de imediato. Fiquei em pé, apoiando as mãos na mesa de carvalho, o mesmo móvel onde centenas de acordos foram assinados e deixei que ele sentisse o peso da presença. Ele me olhou sem surpresa. Eu sabia que ele já tinha ouvido da visita de Besa; de fato, o som dela ainda ecoava pelos corredores, como pedradas numa vidraça fina.— Então ela veio — comecei. — E exigiu o quê?Zeus não se mexeu. A calma dele sempre foi arma; quem não se apressa tende a levar vantagem.— Pediu que eu mande a mulher e a criança embora — respondeu ele, seco. — Disse que não aceita humilhação.Eu respirei lento, contando mentalmente os elementos que aquela frase carregava: a
Narrado por Besa A notícia chegou sem cerimônia, mas eu decidi que minha resposta seria, ao contrário, uma ação calculada, nítida, sem ruído. Não sou de me deixar levar por fofocas; sou de cortar o rumor pela raiz com a própria mão. Por isso fui direto ao coração da casa que agora respirava a afronta: ao gabinete do Don. Entrei pela alameda lateral. Não quis espetáculo. Não queria que o povo visse meu rosto inflamado antes da hora. O carro parou atrás, as portas fecharam com silêncio. A mansão brotou adiante, pedra e sombra. Ares recebeu-me na ante-sala, sem surpresa, ele sempre tem a leitura do que se move no tabuleiro. A expressão dele era aquela calma que precede tribunal. — Besa. — O cumprimento foi seco, quase profissional. — Preciso falar com você — respondi, direto. — Agora. Ele me conduziu ao gabinete sem perguntas. A porta se fechou e, por alguns segundos, os olhos do Don me mapearam: vestido sóbrio, sem joias grandes, lenço apenas no pescoço como uma bandeira de conten
Narrado por BesaNotícias sempre chegam primeiro onde a escuridão respira. Eu devia saber isso. Ainda assim, quando a verdade bateu na minha porta, queria acreditar que era só vento, fofoca maldosa, truque de inimigo, silêncio mal interpretado. Não era. Veio em olhares desviados, em empregados que empalideciam antes de cruzar meu caminho, em uma frase sussurrada com a precisão de uma navalha: “O bebê está na casa dos Marino.”A xícara escapou das minhas mãos. O café espalhou-se pelo lenço bordado que minha avó me dera no casamento arranjado que ainda estava por vir; manchas negras sobre branco foram a metáfora perfeita do que eu sentia por dentro. Respirei fundo até as costelas doerem e chamei o homem que nunca falha em saber tudo que preciso saber, um homem que me deve, por razões que não entram na conversa, lealdade inconteste.— É verdade, senhora. — Ele falou seco, sem rodeios. — O Don sabe. O irmão também. A criança está na casa deles. A francesa… está aqui com ele.A casa deles
Narrado por LéaEu escutei antes de entender todas as palavras. O tom, aquilo me cortou em dois: a voz de Ares atravessando o corredor, pesada como chumbo, e a resposta seca do Zeus que eu já sabia que não cederia. Fechei a porta do meu quarto devagar, mas a casa é feita de esquinas e ouvidos. As frases se colaram na madeira: “vou tirar essa mulher daqui com as próprias mãos”… “eu te mato antes de você encostar nela”.Meu estômago virou nó. Luc dormia no meu colo, a cabecinha quente encostada no meu peito. Ele era tão pequeno, tão desnudo ao que vinha lá fora, e eu senti uma raiva tão antiga quanto meus próprios medos: raiva de ser peça, raiva de vir parar no meio de homens que medem o mundo em territórios e alianças.Sem pensar, passei a mão pelo rosto dele como se limpasse a sorte do futuro. A vontade foi de correr para a sala e gritar para os dois pararem, Ares com suas ameaças, Zeus com sua decisão inapelável, mas minha voz soou frágil para o espaço que eles ocupavam. Em vez disso
Narrado por Zeus MarinoO dia clareou pesado sobre a Calábria, como se o sol também soubesse que ia testemunhar uma discussão de família. Não foi surpresa quando Ares chegou. Ele sempre vem como quem carrega um tribunal nas costas, passos decididos, olhar de quem mede o preço antes de falar. Entrou na sala sem bater, tirou o casaco devagar, e já veio direto ao ponto como se não houvesse educação necessária entre quem divide sangue.— Vim ver você — disse ele, sem rodeios — e ver a situação com a dona francesa.Fiz cara de ninguém que se impressiona com reuniões protocolares. Ares não gosta de improviso e adora ordem; eu sei disso melhor do que ele pensa. Ainda assim, deixei o silêncio crescer, que é uma das maneiras mais rápidas de obrigar o outro a se apressar.— Ela fica — falei, seco.Ares arqueou só uma sobrancelha, aquela expressão que anuncia que a garganta dele já escolheu as palavras cortantes.— Zeus, você sabe o que está em jogo. A aliança com os albaneses foi costurada com
Narrado por Zeus MarinoSempre fui bom em prever reações. Homens, inimigos, aliados, todos seguiam padrões. Bastava observar a postura, o tom da voz, o movimento das mãos. Com Léa, não. Cada olhar dela era uma incógnita. Cada silêncio, uma guerra.Quando abri a porta do quarto do Luc e vi os olhos dela marejarem, soube que tinha acertado. Não em estratégia, mas em algo que não entendo. Ela ficou ali, segurando o bebê com força, como se aquele universo pintado nas paredes fosse o primeiro lugar seguro depois de muito tempo.— Está lindo… — ela sussurrou, e eu senti uma pontada estranha no peito. Não alegria, não orgulho. Algo diferente, mais perigoso.Falei sobre os astronautas, sobre as noites em que eu, ainda garoto, encarava o céu como se ele tivesse respostas. Palavras que nunca contei a ninguém. Saiu fácil, natural. Talvez porque, no fundo, fosse verdade: sempre quis o infinito, e agora ele estava ali, respirando pequeno no colo dela.Perguntei sobre a babá. Esperava a recusa. Ela
Último capítulo