Narrado por Zeus Marino
A ordem saiu curta e clara: fechar a casa. Não queria espetáculo nem vídeo. Queria fim limpo. Besa queimou nossas rotas, chamou guerra, ousou transformar meu nome em moeda — e houve um ponto em que a conta não cabia em papel. Quando se decide que a vida de um inimigo é o preço, o cálculo não é simples; é necessário precisão, porque a sombra de um erro vira cadeia, e a vida de inocentes vira ruína. Eu pesei. Pesei outra vez. E decidi que a resposta precisava ser definitiva.
A noite em que fomos buscá-la começou com um céu sem lua, perfeito para quem trabalha com silêncio. Enzo fechou a logística: dois carros, apoio aéreo de comunicação, homens com cara de quem não pergunta e poucos sorrisos. Ares confirmou a blindagem nos portos; Apolo ficou com a segurança de Léa e Luc. Eu quis que a família ficasse intacta, que o quintal fosse lembrança de pão quente, não de sangue. Feito isso, só restou a execução.
Besa tinha orgulho. Orgulho é sóbrio e perigoso; faz a pessoa