Narrado por Isabella
Estava no quarto de Luna quando a governanta bateu na porta.
— O senhor Ares pediu que vá até o escritório dele. Agora.
Meu coração acelerou.
Por que ele queria me ver?
A menina dormia tranquila. Deixei um beijo leve na testa dela, ajeitei os cabelos, respirei fundo e caminhei pelos corredores da mansão como quem marcha para uma sentença.
Bati na porta. Ouvi a voz grave dele:
— Entra.
Abri.
Ele estava de pé, atrás da mesa, com um envelope preto na mão.
— Fecha a porta.
Obedeci.
O ar parecia mais denso naquela sala.
A presença dele preenchia tudo.
— Vem aqui. — disse ele.
Me aproximei, devagar. O som dos meus próprios passos parecia ecoar no carpete.
Ele me entregou o envelope.
Abri com as mãos trêmulas.
Era o d