David Miller era o CEO mais arrogante e frio que toda Washington já conheceu. O Homem que fazia com que todos se arrepiassem de pavor. Todos, menos ela: Ellie Carter! Três anos atrás, um baile, uma noite intensa que acharam que o tempo seria capaz de apagar, mas que na verdade, nem isso ele foi capaz de fazer. Ellie nunca imaginou que sua vida daria tantas voltas e se cruzaria com a dele... Novamente. Até a vida dela sair dos eixos e ela passar por uma decepção, tendo que recomeçar com a sua filha. E sua única saída foi tentar a sorte como a secretária do Homem mais implacável que ela já conheceu. E agora, com segredos prestes a explodir e com os instintos a flor da pele, ela precisa decidir: Proteger esse segredo ou arriscar tudo por amor. "Meu chefe arrogante é o pai da minha filha" Será que ele está pronto para ver sua vida de cabeça para baixo e se render ao eu verdadeiro amor?
Leer másEllie Carter – Narrando.
“O número discado, encontra-se indisponível ou fora da área de cobertura. Por favor, tente novamente mais tarde” – A mensagem tocou pela quinta vez. A mesa do jantar ainda estava posta, mas agora, a comida já estava fria; macarrão, frango assado e o bolo cor- de -rosa cheio de brilhos e as velas intactas. Charlie se negou cantar o parabéns. Ela o esperava com sua roupa de princesa e a coroa torta na cabeça, como se aguardasse pelo príncipe encantado. Mas agora, ao invés do sorriso em seus lábios, havia apenas a frustração. — “Papai”. – Charlie chamou com a vozinha carregada de tristeza, enquanto adormecia de tanto chorar. Naquele instante meu peito se apertou. Segurei as lágrimas e me sentei ao lado da minha filha, afanando os cachinhos loiros dela, tentando a confortar. —Calma meu amor, o papai está a caminho. – Menti. Eu tive que fazer isso; ela não precisava descobrir tão cedo o que significa ser esquecida. Eu já passei por isso, mas não a deixaria sentir o mesmo. Peguei o meu celular, engolindo o orgulho para tentar mais uma vez. E antes mesmo de desbloquear a tela, a notificação chegou. Uma foto de duas pessoas nuas sobrepostas ocupou a tela do meu celular, acompanhada de uma mensagem nojenta: "Ele não voltará hoje". Sem precisar pensar duas vezes: o homem de cima da mulher é meu marido E quem enviou a mensagem é aquela vadia debaixo dele, minha meia-irmã, Jenifer. Eu sabia que eles estavam juntos. Eu sempre soube, mas eu não me importo. Tudo o que eu preciso é que ele interprete bem o papel de pai, como prometeu quando me pediu em casamento. Ele disse que amaria a Charlie como se fosse sua própria filha, mesmo que não fosse seu pai biológico, que protegeria nosso pequeno lar e nos daria felicidade. Mas depois do casamento, tudo mudou. Agora, ele até mesmo faltou novamente ao aniversário da filha, deixando-a dormir chorando. Eu não posso aceitar. Eu me levantei para pegar a minha bolsa, voltando até Charlie em seguida. Me abaixei e depositei um beijo em sua cabeça, vendo-a adormecida, com o rosto úmido pelas lágrimas. —A mamãe já volta, minha princesa! – Falei suavemente, como uma promessa. Respirei fundo e a cobri, saindo do quarto em seguida. Assim que passei pela porta, peguei meu celular e disquei para Rose, minha melhor amiga para pedir ela para cuidar da Charlie. Ela é a pessoa na qual mais confio neste mundo. Não demorou muito até que Rose passasse pela porta; por sorte, ela não morava muito longe dali. —Ela já adormeceu. Voltarei antes mesmo de ela sentir a minha falta! – Falei caminhando até ela, vendo-a me responder com um sorriso fraco e um aceno de cabeça. —Se precisar de mim já sabe. É só ligar! Assim que ela falou, eu a abracei e saí. Fui até a calçada chamar um táxi, sentindo meu sangue ferver em minhas veias. Só consegui me acalmar quando vi o carro parando na porta da casa do meu pai. Assim que entrei na casa, avistei meu pai sentado no sofá fingindo ler o jornal, ao lado de Marta, minha madrasta. —O que faz aqui? Não era para estar em casa cuidando da sua filha? – Perguntou ela com um olhar desdenhoso. —Aonde ele está? Está aqui, certo? Cadê eles? – Perguntei sentindo a decepção me consumir. —Ellie... - Chamou meu pai, mas eu o interrompi. —Vocês sabiam? – Perguntei vincando as sobrancelhas. Marta riu. —Querida... Nós não temos culpa alguma sobre a sua crise matrimonial. —Crise? – Perguntei incrédula. —Ele sumiu na noite do aniversário da filha dele para passar a noite com a própria cunhada e você chama isso de crise? —O que queria que fizéssemos? Você apareceu grávida sabe-se lá de quem e nos forçou a darmos um jeito nisso. Ainda quer ter razão? —Ele se casou comigo por escolha dele. Sabia que eu estava grávida e aceitou. —Cale-se! – Gritou meu pai. —Alex se casou para limpar a sua barra. E se não fosse por ele a nossa família seria uma vergonha nessa cidade. —Pai...Eu passei a vida me dedicando para me tornar uma mãe, uma filha e uma esposa perfeita e... Antes que eu terminasse de falar, fui interrompida por Marta. —Não venha com os seus dramas para cima da gente, Ellie. Se não consegue segurar o próprio Homem, não é problema nosso. – Disse ela vindo até mim e me empurrando para fora. —Agora saia e não volte mais aqui! "Ahh..." Meus pensamentos foram interrompidos pelo barulho do andar de cima. Os gritos nojentos de uma mulher, cheios de prazer, voavam todo espaço. Como eles ousam! Construir tudo isso sobre a dor da minha filha! — Isso é a verdadeira razão por que você quer que eu saia, não é?— dei uma risada irônica, e os dois também mostraram uma expressão constrangida. A lágrima que eu tanto segurava, desceu sem previsão. Por que ele está me tratando assim? Eu sou a filha legítima do meu pai, afinal! Parece que já fui abandonada pelo todo o mundo. Não voltei para casa. Não queria que Charlie me visse naquele estado. Meus pés me levaram até o centro da cidade. Um bar de luzes fracas e com um letreiro piscando: “Esqueça quem você é por uma noite”. Era tudo o que eu precisava. Ao passar pela porta, um homem alto, uniformizado e mascarado me abordou. —Senhorita...Seja bem-vinda! – Disse ele me estendendo uma máscara preta com brilhos. Assenti com um aceno de cabeça e a vesti, indo até o balcão de bebidas. Pedi um drink. Depois outro. E mais outro. Enquanto eu sentia a bebida queimar em minha garganta, minha mente voltava aos anos em que eu pensava que seria feliz. As promessas, os olhares, os sorrisos. Ele dizia que a minha filha seria amada, que ela teria o melhor pai e que eu não precisava me preocupar. – Mas todas as promessas foram quebradas. Respirei fundo engolindo a tristeza e ao pedir mais um, senti uma presença forte, fazendo meu corpo inteiro se arrepiar. De repente, uma voz soou atrás de mim. —Você parece querer esquecer o mundo. – Me virei, vendo um Homem alto e forte. Seu corpo marcava pela roupa social já com o colarinho afrouxado. Ele tinha um cheiro marcante; como se meu corpo o reconhecesse de algum lugar. Sorri levemente, levando a bebida até os lábios. —Pensei que esse fosse o lema do bar. Ele sorriu ladino. Os olhos dele desceram pelo meu corpo, voltando para os meus olhos cobertos pela máscara. —E é, mas você precisa de algo mais forte que isso. – Disse ele pegando o copo da minha mão, colocando-o em cima do balcão, mantendo os olhos fixos em mim. — Vem comigo e eu te mostrarei.(+18)Assim que falei, David pareceu ter se transformado.Os olhos dele escureceram e seu maxilar travou de uma forma, que fez com que minha pele se esquentasse ainda mais.—Chega de falar. Eu quero que me mostre. – Disse ele me dando um selar e então, ainda mantendo os olhos nos dele, eu desci mais, rumo ao pecado.E quando toquei seu membro com firmeza, David puxou o ar entre dentes e jogou a cabeça para trás.—Minha nossa, Ellie. – Disse ele entre um gemido me sentindo passar a língua por toda sua extensão.Eu só estava pagando com a mesma moeda.Como da primeira vez. O dia em que me perdi em alguém.E esse alguém não me pareceu estranho. Sabia completamente como me fazer enlouquecer.Senti as mãos dele tocarem minha cabeça, embolando meus cabelos em uma delas, o puxando firme.Coloquei tudo na minha boca, subindo e descendo de forma profunda o ouvindo rosnar alguns palavrões, já perdendo o controle.O senti endurecer ainda mais e então, o soltei e limpei o canto da minha boca o ol
Entrei na casa e ao tocar o corrimão de madeira com delicadeza, olhei para trás por cima do ombro, vendo David vindo atrás de mim, ajeitando a gola da camisa enquanto seu olhar ia para os lados.Sorri ladino o provocando e então, subi os degraus já sabendo que ele viria atrás de mim.Caminhei pelo imenso corredor seguindo até o quarto e ao passar pela porta, deixei ela aberta para que ele entrasse.David passou por ela limpando a garganta com um pigarro e então, fechei a porta o pegando de surpresa.Me encostei nela levando o olhar para ele e então, vi que agucei o lado mais felino dele.David sorria ladino enquanto me encarava com os olhos escurecidos e carregados de desejo.—Ellie, você não devia brincar comigo assim. – Disse ele com um tom arrastado e completamente erótico.—E quem disse que estou brincando? – Perguntei, dando um passo até ele. Me coloquei em sua frente e então, levei minha mão até a borda da camisa dele a puxando para cima. —Eu disse que se não me seguir iria se a
O beijo não teve muito contato, mas foi o suficiente para que todo o meu corpo estremecesse.—David...- Falei o vendo sorrir e se afastar.—Eu só queria provar o gosto desse vinho. – Disse ele, limpando o canto da minha boca, levando o polegar até os próprios lábios.—Acho melhor irmos nos sentar com eles. – Falei me virando, mas sem que ele percebesse, soltei um riso fraco pela atitude que ele tomou.David não era o tipo de pessoa que agia por impulso.Ele segurou minha mão e caminhamos até onde estavam os outros.A mesa estava posta com queijos de várias texturas, pães artesanais, castanhas e uma fileira de taças já alinhadas para receber cada vinho da safra.As luzes amareladas pendiam entre galhos cobertos de flores e folhas, dando um ar aconchegante e sofisticado ao mesmo tempo.Os Navarro estavam lado a lado, sempre sorridentes, trocando pequenos sorrisos entre si, como se fossem cúmplices até nos silêncios.Do outro lado da messa, Cristiano Schneider ocupava a cadeira com a pos
A noite havia caído e assistir o entardecer até ela chegar, foi um presente maravilhoso.David estava no banho e enquanto isso, eu vestia Charlie com um lindo vestido florido e um laço vermelho.—Está parecendo uma princesa. – Falei apertando as bochechas dela.Charlie sorriu.—Obrigada mamãe. – Disse ela me deixando confusa.—Pelo quê, meu bem?—Por ter vindo com a gente. Estou me divertindo muito! – Disse ela com inocência.Eu sorri a olhando com ternura.—Gosta dele tanto assim? – Perguntei a vendo balançar a cabeça confirmando.—Sim mamãe. Quero que ele seja o meu papai. – Disse ela, fazendo algo dentro de mim se aquecer.Naquele instante, percebi que não importava o resultado do exame; ela já havia colocado em sua mente de que queria David por perto e talvez, não tivesse espaço para mais ninguém.—Vocês vão ficar juntos, não é mamãe? – Perguntou Charlie me tirando dos meus devaneios.—Hum? – Perguntei a olhando. —Querida, não é tão simples assim.—Por que não? – Perguntou ela me
Depois de nós nos organizarmos, descemos para encontrar o senhor e a senhora Navarro.O casal estava sentados na mesa, nos aguardando. Eles conversavam entre si de forma doce, segurando as mãos.Assim que Martha me viu, ela soltou a mão do marido e sorriu se levantando.—Por favor, sentem-se. – Disse ela apontando para as cadeiras a frente.—Obrigada! – Falei vendo David arrastar uma para mim, se sentando em seguida.—Achamos vocês um casal muito carismático. E a filha de vocês... Ela é um doce de criança. – Disse Martha nos olhando.—Obrigado. Ela quis muito nos acompanhar quando falamos sobre os cavalos. – Disse David como se aquilo fosse verdade. – O que de um certo modo, era.Martha sorriu alegremente.—Ah que doçura. Vocês parecem ser muito felizes. A educaram muito bem.—Todo o mérito é dela! – Disse David apontando para mim, segurando a minha mão. —Ela se dedicou muito a Charlie.—Ah que romântico. Vamos, se sirvam antes que esfrie. – Disse Martha, olhando para o marido e para
Fiquei em silêncio por alguns segundos, sem acreditar no que tinha acabado de ouvir.Meu rosto queimava de vergonha e raiva ao mesmo tempo.—Como pode me comparar com a lembrança de outra mulher? — Perguntei, cruzando os braços e desviando o olhar.Ele soltou uma risada baixa, mas logo suavizou o tom.—Não fique irritada, Ellie. Eu só quis dizer que... tem coisas que não se esquecem. E outra, eu não me lembro da fisionomia, então, isso não me vale de nada.Fechei os olhos por um instante e respirei fundo.Parte de mim queria gritar, a outra... queria entender o que ele queria com aquilo.—E se ela aparecesse na sua frente e falasse o seu nome bem baixinho no seu ouvido. Você não se lembraria?David se inclinou um pouco mais, a voz agora grave, quase séria—Ela não teria essa oportunidade. – Disse ele agarrando a barra da minha camiseta, me puxando para ele. —Minha mulher é ciumenta.Minhas mãos se apertaram no colo. Aquele “Minha Mulher” fez com que meu interior se remexesse.Eu o olh
Último capítulo