Idiota Grosseiro.
O dia mal tinha passado o meio e eu já estava o odiando pela milésima vez.
Os funcionários entravam na sala dele e sempre saíam de lá frustrados. Dava para se ouvir os gritos de longe.
“Não”
“Refaz”
“Por que ainda está aqui?”
“Está demitido”.
Essas frases já estavam virando costume para mim. Era tudo o que ele mais dizia; como se a frase já fosse seu repertório.
E claro, no intervalo de uma dessas vezes, uma mulher entrou na "sala proibida".
As roupas mais encurtadas, porta trancada, persianas fechadas e depois de alguns minutos dava para ver o sorriso de satisfação estampados no rosto dela.
Nojento.
Eu abominava esse tipo de Homem. Que pensa que pode ter todos sob seu controle só porque tem poder. Eu jamais ficaria com alguém assim! – Pensei enquanto eu torcia o nariz instantaneamente por nojo.
Era automático.
Voltei a focar nas minhas tarefas, quando de repente, o telefone em cima da mesa tocou.
Olhei para a parede de vidro que nos separava, vendo-o arquear uma