Fugi grávida do meu Marido

Fugi grávida do meu MaridoPT

Urbano
Última atualização: 2025-11-14
Sandra Rummer  Atualizado agora
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Índice

Sophia acreditou ter encontrado o amor quando se casou com Zahir Ayman — um homem misterioso, poderoso e de olhar que queimava como o deserto. Mas o que parecia um conto de fadas rapidamente se transformou em uma prisão de silêncios, ciúmes e verdades ocultas. Zahir se casou com ela por motivos que Sophia desconhecia — e quando a verdade veio à tona, seu coração se partiu. Ferida, grávida e sem forças para enfrentá-lo, ela fugiu, deixando apenas uma carta e a lembrança de um amor impossível. Dois anos se passaram. Sophia agora vive longe, criando sozinha o filho que Zahir nunca soube que existia. Entre o trabalho simples e as memórias que a assombram, ela tenta reconstruir a própria vida — até o dia em que o passado a encontra novamente. Porque Zahir nunca desistiu. E quando o destino os coloca frente a frente outra vez, ele descobrirá que o amor pode ser uma ferida tão profunda quanto a vingança que o moveu um dia. Será possível reconstruir o que foi destruído pela mentira e pelo orgulho? Ou o deserto que os separou jamais permitirá que floresça o perdão? **Bashir** Camila é de origem árabe, aprendeu desde pequena a dança do ventre. Para sanar suas dívidas, faz pequenos bicos depois do trabalho como dançarina. Bashir entrou na vida de Camila intempestivamente, depois de um grande mal-entendido no hotel, onde ela foi fazer um teste para a vaga de dançarina. Ele a julgara e condenara como um juiz, sem direito a defesa. Camila sai de lá humilhada, jurando nunca mais pisar no hotel. Bashir descobre seu erro de julgamento...

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Capítulo 1

Ecos de um Amor Perdido

St. Lawrence– Presente momento

Sofia

O vento do mar tinha um gosto salgado e suave, e o som das ondas parecia embalar meus pensamentos, como se quisesse me convencer de que a vida ainda podia ser simples. Eu observava meu filho, Vitor, brincar na beira da praia — uma faixa de areia estreita, cercada por rochedos escuros que pareciam guardar segredos antigos. A água, incrivelmente azul, formava pequenas espumas brancas ao se desfazer nas marolas, e cada estalo das ondas soava como um sussurro do tempo.

Atrás da praia, a vegetação densa exibia o verde vibrante das plantas tropicais, e as palmeiras altas dançavam ao sabor do vento quente. O sol, impiedoso, fazia cintilar a superfície do mar e se espalhava pela pele como fogo.

Vitor, meu pequeno de um ano e meio, levantou uma conchinha branca com as mãozinhas ainda úmidas de areia. O sorriso dele era puro, um rasgo de luz no meio das minhas lembranças.

— Linda! — sussurrei, inclinando-me sobre ele e sorrindo de volta.

Ele respondeu com uma gargalhinha curta, como se tivesse compreendido o meu encanto. Olhei o relógio de pulso: dez horas. Tínhamos acordado tarde. Era sábado, e mesmo assim eu costumava vir à praia mais cedo, antes que o calor se tornasse tão intenso. O céu estava completamente limpo — nem uma nuvem para amenizar o brilho cortante do sol.

Peguei Vitor pela mãozinha e o levei até a beira do mar. Lavei-lhe as perninhas e as mãos, observando a espuma envolver seus pés miúdos. Depois o ergui no colo. Ele protestou, agitando as pernas com força, inconformado por deixar a brincadeira.

— Shiii… Vitor, vamos ver a Puppy? — murmurei perto do ouvido dele.

Ao ouvir o nome da cachorrinha da vizinha, ele se acalmou de imediato e tentou pronunciar o nome com a inocência da infância:

— Puuu…

Sorri. — Isso mesmo, a Puppy.

Seguimos pela pequena trilha que saía da praia. Era um caminho estreito, ladeado por mato baixo e salpicado de pequeninas flores amarelas e roxas, típicas dos lugares arenosos. O perfume leve da vegetação se misturava ao cheiro salgado do mar. Essa trilha levava até uma rua simples, de terra batida, que me conduzia em cinco minutos à minha casa — um lar pequeno, alugado, mas que eu chamava de meu refúgio.

Antes de entrar, parei diante da casa da minha vizinha, Callie, para mostrar o cachorrinho ao Vitor. O poodle abanou o rabo com energia, e meu filho quis descer do colo, tentando se aproximar, ainda receoso de tocá-lo.

Quando percebi que o sol começava a castigar sua pele clara, voltei a pegá-lo nos braços — o que, claro, gerou protestos infantis e choramingos. Cruzei o portão da minha casa, que rangia com o vento, e atravessei o quintal estreito. À direita e à esquerda, o que um dia fora um jardim agora se transformara num emaranhado de mato e flores secas.

Entrei com ele e deixei a porta aberta para aliviar o calor abafado. Fui direto ao banheiro e enchi a pequena banheira com água morna. Assim que Vitor ouviu o barulho da água, o choro cessou. Tirei-lhe as roupinhas molhadas, e ele mergulhou feliz, brincando com o patinho de borracha. Apliquei shampoo em seus cabelos escuros, massageando com delicadeza.

Aquele cabelo… era o mesmo do pai. Negro, denso, rebelde. Cada fio me fazia lembrar de Zahir.

Vitor era a cópia viva dos Ayman — a mesma pele morena, o mesmo olhar profundo e inquisidor.

Conheci Zahir Abulla Ayman quando eu trabalhava no Banco Golden, na área de aplicações financeiras. Ele era um dos meus clientes — um nome de peso, envolto em elegância e mistério. Na verdade, eu havia conhecido toda a família Ayman, pois a conta que Zahir movimentava pertencia à Naturalle, a indústria de cosméticos da família. De vez em quando, o irmão dele, Bashir, aparecia na agência para depósitos ou transferências, e a senhora Zaida Ayman — matriarca firme e de expressão severa — comparecia raramente, acompanhada pelo filho mais velho, apenas para verificar as aplicações e controlar de perto cada detalhe.

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Ecos de um Amor Perdido
Por um instante, fui feliz.
Havia algo quebrado entre nós, invisível e irremediável.
Eu sabia, naquele instante, que a verdade que viria a seguir mudaria tudo.
Você ainda acha que ele te ama, minha querida?
A carta
Fique tranquila, Sophia. Aqui você estará segura
Estava grávida.
A chegada de Bashir e a conversa sobre Zahir
A casa da tia Clarice cheirava a pão quente e a remédio de vó
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