Estava grávida.

Os primeiros dias na casa de Eloisa foram de uma calma incômoda, uma tranquilidade que, em vez de me trazer paz, apenas fazia ecoar dentro de mim o vazio da ausência de Zahir.

Eu passava a maior parte do tempo sozinha. Eloisa saía cedo, antes mesmo do sol nascer, e só retornava à noite, cansada do trabalho na Naturalle. Era uma mulher elegante e prática, movida por uma rotina precisa e quase sem margens para distrações. Sua presença me transmitia segurança, mas também me lembrava, de certa forma, a distância emocional que eu e Zahir tínhamos vivido nos últimos tempos.

A casa era ampla, e o silêncio que reinava entre aquelas paredes me fazia companhia. Havia algo de acolhedor ali, uma energia feminina e discreta, mesmo assim, cada cômodo parecia guardar um eco distante de saudade. Quando o relógio marcava o meio-dia, eu me sentava perto da janela, observando o movimento da rua — crianças correndo, mulheres carregando sacolas, o som dos cavalos puxando charretes ao longe — e, por alguns
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