Tudo aquilo era muito novo para mim. Eu nunca tinha feito uma viagem até Londres — na verdade, nunca tinha viajado para lugar nenhum. Conforme o carro avançava, eu olhava pela janela, completamente encantada. E, ao mesmo tempo, triste… pois percebia como eu tinha me fechado no meu pequeno mundo. Nunca pensei em sair de St. Lawrence. Não sabia o que falava mais alto dentro de mim: o comodismo ou o medo de me arriscar.
E se eu pensasse bem… não era assim também com Bashir? Quando ele me pediu em casamento, o medo de me prender a alguém se fez tão presente.
A verdade é que eu nunca me arriscava.
Depois de duas horas de viagem, passamos por um bairro rodeado de mansões, uma mais linda que a outra. Vi quando Rodrigues se dirigiu a uma delas — muros altos, brancos, impecáveis. Ele se identificou na portaria, os seguranças abriram o portão, e então entramos na propriedade de Zaida Ayman.
Quando o carro estacionou, Rodrigues me ajudou a descer e pegou minha mala. Zaida já me esperava, pois lo