Ela precisava de um emprego. Ele precisava de uma esposa. O que nenhum dos dois esperava... era se apaixonar. Helena Duarte sempre viveu com o coração cheio de sonhos e os bolsos vazios. Tímida, dedicada e determinada a salvar a avó doente, ela aceita trabalhar na empresa mais temida do país — a Vasconcellos Corp. O que ela não imaginava era chamar a atenção de Dante Vasconcellos, o CEO frio, arrogante e milionário, que vê o amor como uma fraqueza e as pessoas como peças descartáveis. Quando Dante propõe um casamento por contrato para manter o controle da empresa, Helena se vê diante de uma escolha impossível: aceitar e se tornar a esposa de um homem impiedoso — ou continuar lutando sozinha. Mas viver sob o mesmo teto com Dante pode ser mais perigoso do que ela imaginava... especialmente quando sentimentos proibidos começam a surgir. Entre beijos forçados, olhares que queimam e segredos do passado, Helena vai descobrir que por trás do CEO impiedoso, há um homem quebrado. E talvez... só talvez... ela seja a única capaz de curá-lo.
Ler maisCapítulo 14 – O Jogo por Trás do VéuPonto de Vista: Helena DuarteBeatriz podia ser elegante, mas eu sabia reconhecer o cheiro da manipulação à distância. Desde sua visita, algo não batia. Ela reapareceu do nada, fingiu sua própria morte e agora estava ali, como se tudo pudesse ser perdoado com um batom vermelho e um sorriso de novela mexicana.Eu não era idiota. E muito menos, submissa.Na noite seguinte ao jantar com Dante, abri o notebook determinada a cavar o passado de Beatriz. Consegui o nome de uma antiga amiga dela — Juliana Mendes — que agora morava em Lisboa. Bastaram algumas mensagens e um pouco de conversa doce para que ela confessasse:> "Helena, Beatriz não desapareceu por trauma... Ela foi paga pra sumir. E não foi qualquer pessoa que a pagou."Eu li aquela frase umas cinco vezes, o coração batendo mais rápido.— Quem? — perguntei digitando como se minha vida dependesse disso.> "Alguém da própria empresa. Alguém que ela ameaçava expor... com provas."A mensagem seguin
Capítulo 13 – A Rainha em XequePonto de Vista: Helena DuarteA campainha tocou às dez da manhã de um sábado nublado. Eu estava de moletom, cabelo preso em um coque que chamaria atenção em qualquer meme de “antes e depois”, e a cara completamente sem maquiagem. Perfeita para receber uma encomenda, pensei. Ou talvez o carteiro charmoso do segundo andar.Mas o universo é cruel.Abri a porta e lá estava ela: Beatriz Nogueira. Viva, provocante e com um sorriso que mais parecia um tapa na cara.— Bom dia, querida. Podemos conversar?— Tem certeza de que está no apartamento certo? Aqui não é a sede da hipocrisia.Ela soltou uma risada teatral, como se estivesse ensaiada.— Sempre admirei mulheres com respostas afiadas. Dante tem bom gosto.— E você tem coragem. O que quer?Ela estendeu uma sacola da Maison Chanel como se fosse um presente inocente.— Um gesto de paz. Sei que tudo isso foi... intenso. Mas não precisa ser uma guerra.— Paz? Você fingiu estar morta, Beatriz. Isso não é uma bri
Capítulo 12 – Tempestade em SilêncioPonto de Vista: Helena DuarteNa porta do meu apartamento, tudo o que restava de mim era o orgulho.O vestido vermelho ainda colava ao corpo, como um lembrete incômodo da noite que deveria ter sido mágica. Mas, ao invés disso, fui apresentada ao fantasma que Dante jurou ter enterrado.Literalmente.Joguei os sapatos longe, tirei o brinco com raiva e me joguei no sofá. O celular vibrava, insistente. Dante. De novo.Desliguei.Se ele achava que podia administrar minha vida como uma de suas empresas, estava redondamente enganado. Helena Duarte também sabia dar prejuízo.— “A Beatriz” voltou — murmurei para mim mesma, incrédula.Pior do que vê-la viva, linda e debochada, foi a forma como Dante congelou. Ele não sabia disfarçar — nem a dor, nem o medo. Isso me doía. Como se, de repente, eu fosse só um substituto. Um desvio de rota até a ex decidir ressurgir das cinzas com um salto 12.Eu não queria chorar. Mas chorei. Baixo, com raiva. Porque me apaixon
Capítulo 11 – Sombras do PassadoPonto de Vista: Dante VasconcellosAlgumas verdades são como estilhaços: quanto mais fundo você cava, mais machucam.E eu estava prestes a me cortar inteiro.Lucas deslizou o notebook sobre a mesa com a cautela de quem carrega uma bomba. A sala estava silenciosa, exceto pelo zumbido da iluminação artificial e o som acelerado da minha própria respiração.— Antes de abrir isso, Dante, eu preciso que você se prepare — ele avisou. — Nada do que está aqui muda o que você construiu depois… principalmente com ela."Ela", claro, era Helena.— Mostra logo.Lucas clicou no arquivo. A imagem tremia um pouco, como se tivesse sido gravada por uma câmera de segurança. E então… ela apareceu.Beatriz.Viva.Num café em Lisboa, três meses depois do “acidente”. Cabelos presos num coque bagunçado, óculos escuros e um sorriso sutil nos lábios. Como se estivesse só... vivendo.O tempo parou.Meu coração, que se acostumou a doer sempre que ouvia o nome dela, agora parecia s
Capítulo 10 – Os Muros que RestamPonto de Vista: Helena DuarteVoltar para a cobertura de Dante depois daquele beijo era como caminhar sobre uma linha tênue entre razão e desejo. A forma como ele me olhou, me segurou... era diferente. Menos CEO, mais homem. Menos contrato, mais verdade.Mas ainda havia perguntas não respondidas. Sinais de que ele não me contava tudo.Naquela manhã, fui até a cozinha, decidida a fazer café antes que Isadora aparecesse com bandejas e regras. Mas encontrei algo mais interessante no balcão: uma carta com a letra de Dante. Meus dedos coçaram de curiosidade.“Para B.”Antes que eu tivesse tempo de me perguntar se aquela letra era mesmo dele, senti o calor de uma presença atrás de mim.— Vai me chamar de fofoqueiro se eu disser que pensei em ler? — perguntei, me virando devagar.Ele estava ali, com o cabelo bagunçado e uma expressão indecifrável.— Não. Vou te chamar de corajosa.Dante tirou a carta da minha mão com delicadeza. E pela primeira vez, não desv
Capítulo 9 – Onde Dói MaisPonto de Vista: Helena DuarteA dor silenciosa era a pior de todas. A que a gente não sabe onde começa, mas sente em cada parte do corpo. Era essa que me acompanhava desde a noite anterior.Dante havia se fechado. Como uma porta pesada batendo na minha cara. E o pior: ele não negou quando eu disse que estava me apaixonando. Ele só... não reagiu.Peguei minha bolsa, coloquei um casaco qualquer por cima do vestido leve e saí sem rumo. Eu precisava respirar. Precisava de um lugar onde a imagem dele não estivesse em cada canto.Acabei indo parar na pequena livraria onde costumava trabalhar antes do caos chamado Dante Vasconcellos entrar na minha vida.A mesma vitrine de vidro trincado, o sino na porta, o cheiro de páginas antigas.— Helena? — ouvi a voz da dona, dona Lúcia, quase em choque.— Eu sei... faz tempo — forcei um sorriso.Ela veio até mim com os braços abertos.— A última vez que te vi, você estava cheia de sonhos e livros na bolsa.— Agora eu carrego
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