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Capítulo 5 – Jantar com Máscaras e Corações em Alerta

Capítulo 5 – Jantar com Máscaras e Corações em Alerta

Acordei com a luz do sol invadindo o quarto luxuoso como um lembrete cruel da realidade: eu estava casada com Dante Vasconcellos. Mesmo que fosse só no papel, a confusão dentro de mim era completamente real.

A lembrança da noite anterior me assombrava. A fotografia, o nome Elisa, e aquele olhar ferido nos olhos do CEO impiedoso. Quem era ela, afinal? E por que, mesmo após tudo, meu coração teimava em se apertar por ele?

— Bom dia, senhora Vasconcellos. — disse uma empregada elegante, entrando com uma bandeja de café da manhã que mais parecia um banquete de hotel cinco estrelas.

— Pode me chamar de Helena. Senhora Vasconcellos parece... a esposa de verdade.

Ela sorriu, mas não respondeu. Talvez soubesse mais do que parecia. Todos naquela casa pareciam saber. Menos eu.

Depois do café e de uma rápida crise existencial no chuveiro, me preparei para o tal jantar com a diretoria. Vesti um vestido preto justo, discreto, mas com um decote que Beatriz definitivamente aprovaria. Prendi o cabelo num coque alto e apliquei o batom vermelho que ela me deu dizendo: “Se vai jogar o jogo, jogue para vencer”.

Na sala, Dante já me esperava. De terno azul-marinho, gravata preta e um olhar que parecia me atravessar.

— Está atrasada. — ele disse, sem tirar os olhos do relógio.

— Estou linda. Isso compensa.

Ele levantou uma sobrancelha.

— Modéstia também veio no pacote?

— Não. Veio a coragem de aguentar o seu mau humor.

Ele segurou o riso. Mas foi só por um segundo.

Entramos no carro. No banco da frente, Lucas, o motorista e assessor pessoal de Dante, dirigia em silêncio. Ele era simpático, jovem e absurdamente bonito. Do tipo que teria dado certo comigo… se eu não estivesse casada com um iceberg de terno.

— Boa noite, Helena. Está deslumbrante. — disse Lucas, olhando pelo retrovisor.

— Obrigada, Lucas. Pelo menos alguém aqui notou. — respondi, lançando um olhar provocador para Dante.

Ele não reagiu. Mas percebi sua mandíbula travar.

Ponto pra mim.

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No restaurante

O local era chique. Chique no nível “nem o guardanapo eu saberia usar direito”. A diretoria da Vasconcellos Holdings já estava à mesa. Homens engravatados, mulheres impecáveis e olhares curiosos sobre mim.

— Helena, esses são os diretores e investidores. — Dante me apresentou com frieza calculada.

Cumprimentei a todos com um sorriso controlado. Mas um deles me chamou a atenção: Leonardo Martins, um dos sócios mais jovens da empresa. Moreno, olhos verdes e um sorriso fácil demais para ser confiável.

— Então, é você a mulher que conseguiu o impossível: domar Dante Vasconcellos.

Soltei um riso nervoso.

— Eu não o domei. Ele apenas me tolera... com um contrato.

Risos discretos. Dante me lançou um olhar atravessado.

Durante o jantar, Leonardo foi todo sorrisos e gentilezas comigo. Trocávamos algumas piadas, e eu, sinceramente, só queria irritar um certo CEO calado do meu lado. Funcionou.

— Senhor Vasconcellos, está tudo bem? — Leonardo perguntou, depois que Dante deixou o garfo cair na mesa com força demais.

— Perfeitamente. Só estava me perguntando por que um dos meus diretores está mais interessado na minha esposa do que no relatório de fusão.

Silêncio.

— Dante... — comecei, tentando amenizar.

— Está tudo bem, Helena. — disse Leonardo, levantando as mãos. — Só estava sendo gentil.

— Gentileza demais pode ser confundida com interesse. — Dante rebateu, com a voz firme e gelada.

A tensão era palpável.

Terminamos o jantar em silêncio. Mas eu... eu estava me divertindo. De um jeito estranho e perigoso.

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Na volta pra casa

O carro estava silencioso. Lucas dirigia com atenção. E eu olhava pela janela, mordendo o lábio para não rir.

— O que foi aquilo, Dante?

— Aquilo o quê?

— Você quase mordeu o Leonardo vivo.

— Ele foi desrespeitoso.

— Ele foi gentil.

— Gentileza demais, como eu disse, é disfarce para intenções.

— Está com ciúmes?

— Não.

— Está, sim.

— Helena...

— Só um pouquinho?

Ele virou o rosto em minha direção. Olhos escuros. Intensos.

— Você é minha esposa. Mesmo que só no papel. E ninguém — absolutamente ninguém — tem o direito de se aproximar de você sem a minha permissão.

O silêncio entre nós foi esmagador.

E então ele completou:

— E você também não deveria brincar com isso.

— Brincar com quê?

— Com o meu nome. Com esse casamento. Com... o que está se tornando.

Engoli seco. Porque, naquele momento, nem eu sabia mais onde terminava a mentira... e começava o perigo de me apaixonar por ele.

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