Capítulo 13 – A Rainha em Xeque
Ponto de Vista: Helena Duarte
A campainha tocou às dez da manhã de um sábado nublado. Eu estava de moletom, cabelo preso em um coque que chamaria atenção em qualquer meme de “antes e depois”, e a cara completamente sem maquiagem. Perfeita para receber uma encomenda, pensei. Ou talvez o carteiro charmoso do segundo andar.
Mas o universo é cruel.
Abri a porta e lá estava ela: Beatriz Nogueira. Viva, provocante e com um sorriso que mais parecia um tapa na cara.
— Bom dia, querida. Podemos conversar?
— Tem certeza de que está no apartamento certo? Aqui não é a sede da hipocrisia.
Ela soltou uma risada teatral, como se estivesse ensaiada.
— Sempre admirei mulheres com respostas afiadas. Dante tem bom gosto.
— E você tem coragem. O que quer?
Ela estendeu uma sacola da Maison Chanel como se fosse um presente inocente.
— Um gesto de paz. Sei que tudo isso foi... intenso. Mas não precisa ser uma guerra.
— Paz? Você fingiu estar morta, Beatriz. Isso não é uma bri