Será que tudo na vida merece uma segunda chance? Aqui vamos conhecer Olívia Santiago, que enfrentou inúmeros obstáculos desde o seu nascimento, após a morte inesperada do seu pai, Olívia se forçou a se tornar forte e destemida. Ela é mulher cheia de sonhos e esperanças, mas tudo virou de cabeça para baixo quando Zaian seu primeiro amor a abandona no altar, rejeitando até mesmo o filho que ela carregava em seu ventre. Olívia decide focar em sua carreira como cerimonialista, encontrando paz e realização em ajudar outros casais a realizarem os seus sonhos os tornando perfeitos. Ela se tornou uma mãe dedicada que coloca seu filho em primeiro lugar sempre. Anos se passaram e o vínculo com seu filho é o que lhe deu forças para seguir em frente, Olívia nunca imaginou que um dia reencontraria o homem que a deixou. Porém, o destino prega uma peça em seu coração ao colocá-la novamente no caminho do pai de seu filho. Zaian hoje é um respeitado Juiz, se tornou um homem bem sucedido e mulherengo. Assim que coloca os olhos em Olívia, renasce a chama da paixão, fazendo que Olívia reviva todo aquele amor que achou ter esquecido. Ela só não esperava que Zaian estaria de casamento marcado com sua ex melhor amiga da época do colégio e se tudo não fosse suficiente, por causa de um vídeo íntimo Olívia, será obrigada a organizar o casamento de Zaian e Raquel. Olívia terá que enfrentar os seus medos e inseguranças, tendo que enfrentar descobertas cruéis do seu passado e descobrir que o homem que amou por tantos anos nunca foi o que ela pensou. Esta é uma história emocionante sobre o amor, a superação e a força de seguir em frente, mesmo quando o coração está em pedaços.
Leer másO reflexo no espelho me encara com olhos marejados. Tento sorrir, mas o lábio treme. Respiro fundo.
Hoje é o meu casamento. Três anos. Esse foi o tempo que levei para tirar do papel o desenho que meu pai fez do meu vestido de noiva. Foram noites acordada costurando, bordando, alinhando cada pedrinha com o cuidado de quem toca uma relíquia. Cada ponto tem a marca da saudade. E quem vê, diz que parece ter sido feito por ele. E talvez tenha mesmo. Porque em cada linha, em cada dobra do tecido, eu sentia como se as mãos dele estivessem comigo. Antes de vir para a igreja, passei no cemitério. Sempre faço isso nos momentos importantes. É como se minha alma precisasse do silêncio daquele lugar para se encontrar. Meu pai... ele foi tudo. Meu herói, meu melhor amigo, meu porto seguro. Desde que ele partiu, há cinco anos, carrego esse vazio que parece não ter fim. Há dias em que ainda espero ouvir sua voz me chamando de "minha pequena". Ajoelhei-me diante do túmulo. Deixei flores coloridas, ele dizia que a vida era bonita demais pra ser cinza. E ele sorria com o olhar quando via cores ao nosso redor. — Oi, pai... — minha voz falhou, baixa demais até para mim mesma. Um filme passou diante dos meus olhos: ele me ensinando a andar de bicicleta, me levando na escola, me abraçando forte nos dias em que o mundo parecia desabar. — Sua princesinha está pronta. Apertei o vestido com as mãos. Queria tanto que ele estivesse ali. Queria sentir o peso da sua mão sobre meu ombro, ouvir sua risada desafinada, vê-lo secar minhas lágrimas antes mesmo que elas caíssem. — Olha só, o vestido ficou exatamente como você desenhou. Lindo. Como prometido. É como se você estivesse aqui comigo. Engoli o choro. Queria contar coisas boas. — Tem mais uma coisa… — sorri entre lágrimas. — Você vai ser avô. Descobri há quinze dias. Foi uma surpresa daquelas. Uma brincadeira com as meninas da faculdade. Uma aposta boba... e o meu teste foi o único que deu positivo. Dois meses, pai. E ainda nem contei ao Zaian. Quero contar hoje, durante os votos. Fechei os olhos. A lembrança dele se formando no meu coração como uma brisa morna. — Sei que vivia dizendo que ele não era confiável... mas, pai, ele me faz feliz. Ele cuida de mim, ri das minhas piadas sem graça, me abraça como se o mundo coubesse naquele momento. Me deseja sorte? Toquei a foto dele, um gesto quase paralisado, mas necessário. Como se através do vidro eu pudesse sentir sua pele quente, como se ele ainda estivesse ali, me guiando. No carro, enxuguei as lágrimas. Tentei respirar fundo, sorrir, focar no que importava. Mas o coração apertava como se estivesse prevendo algo que a razão se recusava a aceitar. Sempre ouvi que o tempo cura a dor da perda. Mas por que, em mim, ela ainda sangra tanto? Por que ainda sinto como se tivesse o perdido ontem? Porque, no fundo, nunca me perdoei. Nunca aceitei que ele morreu por minha causa. A cicatriz que carrego na pele é só um lembrete do que carrego na alma: ele deu a vida por mim. Cheguei pelos fundos da igreja. O salão estava em silêncio, e minha mãe e minha irmã me esperavam. Entrei no camarim e me sentei diante do espelho. A maquiagem estava intacta, mas os olhos... denunciavam tudo. — Nem acredito que esse dia chegou. — minha mãe disse, com a voz embargada. — Parece um sonho, mãe. Tenho até medo de acordar. — respondi, tentando conter as lágrimas. — Para com isso. — Samantha se aproximou, com um sorriso doce. — Você está maravilhosa. Deu até vontade de casar de novo. Ela ajeitou meu cabelo com carinho, e minha mãe se aproximou, me olhando com ternura. — Como conseguiu fazer o vestido tão igual ao que seu pai desenhou? — Eu não sei... — respondi com um nó na garganta. — Mas acho que ele nunca deixou de me guiar. Um silêncio se fez, mas era um silêncio cheio de lembranças. Cheio de amor. — Ele estaria tão orgulhoso de vocês duas... — minha mãe disse, acariciando meu rosto. Seus olhos brilhavam com lágrimas contidas. O tempo passou devagar. Duas horas. Duas horas sentada ali, esperando. Meus pés batiam no chão sem parar, como se pudessem expulsar a angústia que crescia dentro de mim. Zaian ainda não tinha chegado. Não respondia mensagens, não atendia as ligações. — Onde está esse menino? — minha mãe resmungou, tentando esconder a preocupação. — O normal é a noiva atrasar, não o noivo. — E a Raquel? Ela não chegou ainda? — perguntei, sentindo a garganta secar. — Disse que tinha uns assuntos pra resolver. — Samantha respondeu, tensa, olhando o celular. Levantei-me, inquieta. Algo dentro de mim dizia que aquele silêncio escondia mais do que um simples atraso. Uma batida na porta. Meu coração disparou. Talvez fosse ele. Mas não era. Era Pablo, o melhor amigo de Zaian. Entrou com um sorriso caloroso, tentando suavizar a tensão. Seus olhos, no entanto, diziam outra coisa. — Está perfeita, boneca. — disse, segurando minha mão e me fazendo girar. — Obrigada... Ele já chegou? — Chegou. Mas... não saiu do carro. Fui até lá, chamei, insisti. Mas ele não quis falar comigo. — Deve estar nervoso, só isso... — minha mãe disse, tentando convencer a mim e a ela mesma. — Samantha, vai lá falar com ele. Minha irmã assentiu e saiu com pressa. Pablo se sentou ao meu lado, segurando minha mão com firmeza. — Fica calma. Ele te ama, Livy. Deve ter travado. Isso acontece. — Eu sei... só... não é do feitio dele sumir assim. — murmurei. Conversamos por alguns minutos. Pablo tentava me distrair, me lembrar de que Zaian era o amor da minha vida. Mas até o jeito que ele sorria... estava diferente. Forçado. — Não te falei, mas você ficou lindo de terno. — disse, tentando sorrir. — É só você para me convencer a virar um pinguim. — ele brincou. Rimos. Mas meu coração não riu junto. A porta se abriu. Samantha entrou. Seus olhos vermelhos entregaram tudo. O rosto pálido, as mãos trêmulas. Meu peito afundou. — Samy? O que houve? — corri até ela, o vestido esvoaçando atrás de mim. — Ele... quer falar com você. — foi tudo que conseguiu dizer, com a voz fraca. — Mas por que ele ainda não entrou? Ela hesitou, respirou fundo, apertou minha mão. — Só... vai até ele. A gente te espera aqui. Fiquei ali, parada por um segundo. Meus pés congelados. Minha alma implorando para não sair daquela sala. Mas eu precisava ouvir. Precisava saber. Ergui a cabeça, respirei fundo, e caminhei até a porta. Uma parte de mim ainda acreditava que Zaian estava apenas nervoso. Mas no fundo... No fundo, alguma coisa dentro de mim já sabia. Algo havia mudado. E meu coração estava prestes a descobrir da pior forma.Um ano se passou e hoje é o aniversário dos meus sobrinhos. Minha irmã nos chamou para sermos madrinha deles e nós aceitamos. Ainda não consegui engravidar e fico triste, pois tudo o que queríamos era um filho do nosso amor. Mesmo Pablo sendo carinhoso e compreensivo, eu sei que seu coração dói por tantas tentativas sem sucesso.Nosso amor transborda, nunca imaginei que o amor da minha vida fosse aquele cara que esteve sempre comigo, nos piores e nos melhores momentos.Minha irmã é grata a Deus todos os dias pelos meus sobrinhos. Eles são as crianças mais amadas que vocês podem imaginar. Hugo é aquele paizão, que chora quando não sabe o porquê deles estarem chorando e dá todo o apoio que minha irmã precisa nas noites em claro. Ele é um cara merecedor dessa felicidade. Minha irmã teve sorte.Samuel é muito apegado aos gêmeos. Fico boba de ver que, mesmo crescendo, ele não mudou sua essência. Ele continua amoroso, o melhor amigo do seu irmão e protetor dos gêmeos. Posso dizer que sou a
Encosto na parede e começo a chorar. Todos os dias conversávamos, e todas as vezes ela se fazia de forte, dizendo que o bebê estava bem. Meu Deus, o quanto ela sofreu em silêncio, mostrando as coisas que comprei.— Oh! Minha filha, não chore!— Doí tanto, mãe. Era para ela nascer este mês. Ela estava tão formadinha, mãe. Por que, mãe? Por que isso teve que acontecer comigo?— Minha irmã estava com 8 meses, viemos embora principalmente para ver o nascimento dela. Meu peito está dilacerado numa dor que não consigo descrever, cada vez mais o choro dela me dói.— E o pior é que agora eu nem vou poder ter filhos, tive que arrancar o útero, pois estava correndo risco também.Entro na cozinha e, sem falar nada, abraço a minha irmã. Nós sempre fomos muito ligadas, e ela chora. Ali, com ela nos meus braços, tomo uma decisão.— Irmã, sinto muito.— Talvez tenha que ser assim. Ela era tão linda. — Por longos minutos ela chorou.Pablo entra e percebe o que estava acontecendo. Sobem com a minha mãe
Nossos dias são todos assim, perfeitos. Um ano passou entre muita cumplicidade e respeito, e Pablo e eu decidimos nos casar esse mês. Pretendemos tirar um mês inteiro para viajar, e Samuel vai com a gente. Não é uma lua de mel, é um momento só nosso, para aproveitarmos como família. É gostoso essa sensação de tranquilidade, sem ter ninguém para te fazer mal.Na empresa, o nosso trabalho aumentou muito. Com o escândalo do casamento de Zaian, estamos conquistando clientes do mundo todo. Querendo ou não, saímos em todos os jornais. Muitas grávidas resolveram nos pedir para organizar seus casamentos, e começamos a trabalhar com festas de debutante. Estamos indo maravilhosamente bem.Raquel está sofrendo na cadeia. Ela tentou alegar que está doente, para ser transferida para uma clínica de tratamento psicológico, mas os médicos e juízes não acreditaram mais em suas mentiras. Ela descobriu, através de exames, que pegou uma doença transmitida pelo sexo. Sim, ela está com HIV, pegou de um pol
ATENÇÃO: ESSE CAPÍTULO PODE CONTER PALAVRAS DE BAIXO CALÃO, SE NAO GOSTA DESSE TIPO DE LEITURA RECOMENDADO PULAR ALGUMAS PARTES DELE. ELE É DEDICADO AO NOSSO CASAL, TERA O TÃO ESPERADO MOMENTO DOS DOIS, AINDA NÃO SEI DESCREVER UM HOT BOM, MAS TENTEI, ESPERO QUE GOSTEM.OlíviaOs meus dias com o Pablo são perfeitos, descobri que estou completamente apaixonada por ele, e ele todos os dias me prova que é por mim.Ainda não tivemos a nossa noite de amor, foram tantos acontecimentose ele também nunca me pressionou, mesmo eu sabendo que muitas vezes ele ficava louco de vontade. Acho que estou com um pouco de medo, pois o único homem que me tocou foi Zaian... mesmo que eu esteja querendo muito esse momento, tenho medo dele se decepcionar comigo.Hoje preparei um jantar romântico, com os dias passando percebi que já não tem sentido ficarmos longe por muito tempo, por isso decidi que hoje peço ele em casamento.Coloquei as nossas fotos, des da primeira até a de dois dias atrás, acendi a lareir
Subo no quarto e me visto, coloco uma roupa confortável no Samuel, minha mãe resolveu vir junto, pois se precisar de alguma coisa ela pode nos ajudar, des que aconteceu tudo aquilo com o meu pequeno, que ele não fala com o pai, Zaian até tentou, principalmente no dia do casamento, ele queria que o Samuel levasse as alianças, meu filho não quis nem entrar na igreja, ainda bem, pois onde a Raquel está, o meu filho passa longe.Chegamos no apartamento do Zaian, Katrina estava sentada no chão, com as duas mãos no rosto, chorando muito e visivelmente preocupada com o seu filho, por longos minutos batemos na porta, e nada dele amor ou responder.— Filho, por favor, abre essa porta...— Sai Daqui mãe.— Ele responde do outro lado, logo um barulho de algo sendo quebrado assustada Katrina.— Zaian... abre por favor!— Falo calma, mas com raiva por um homem desse tamanho ficar dando tanto desgosto para mãe, alguns segundos de silêncio, que é cortado com ele falando.— Livy... você voltou para mim
OlíviaAcordo no hospital lembrando de tudo que ouvi sobre aquele monstro, e me nego aceitar ela como minha irmã, como ela foi capaz de tanta maldade, de tanta crueldade com meu pobre pai, nunca me importei para o que fazem comigo, mas quando a maldade é direcionada as pessoas que eu amo eu sofro o dobro.Estou acordada, mas com os olhos fechados, não estou preparada para falar, por anos guardei somente os momentos mais perfeitos do meu pai, e saber que ele vivia triste por causa daquela mulher me da um nó na garganta.— Ah! Minha princesa, como queria te proteger de todo mal.— Pablo está abraçado na minha cintura. Não é justo com ele, abro os olhos lentamente, toco em uma das suas mãos.— Oi amor...—sussuro.— Meu Deus! Como eu fiquei preocupado, amor.— Ele arruma a sua postura e me olha, com os seus dedos ele passa a mão no meu rosto limpando as minhas lágrimas que comecaram a cair.— Vou avisar a sua mãe, ela quase colocou a clínica tijolo a baixo.— Essa é a dona Cecília.— dou um
Último capítulo