Capítulo 7 – Coletiva de Impacto
Ponto de Vista: Helena Duarte
Se alguém me dissesse há um mês que eu estaria de salto alto, vestindo Chanel e sorrindo para uma plateia de jornalistas ao lado de Dante Vasconcellos, eu teria rido. Alto. Com gargalhada de porquinho.
Mas lá estava eu. No auditório da Vasconcellos Holdings, encarando microfones, flashes e uma plateia faminta por manchetes.
— E lembre-se — sussurrou Dante ao meu lado, enquanto esperávamos o início —, você é minha esposa apaixonada. Nada de respostas hesitantes, nada de olhar de pânico. Seja convincente.
— Tá bom, senhor “eu-treino-olhares-mortais-no-espelho”. Eu sei o papel.
— Ótimo. Porque a última coisa que quero é manchete dizendo que casei com uma refém.
Ele se afastou com um meio sorriso. Aquele sorriso. Que me desarma. Que me confunde. Que me irrita.
A coletiva começou com o assessor da empresa anunciando o “casal Vasconcellos”. Uma salva de aplausos forçada ecoou. Dante segurou minha mão.
Sim. Segurou. A frieza habi