Mundo de ficçãoIniciar sessão— Estava pensando em você há muito tempo... — O homem murmurava ao meu ouvido. Na escuridão da noite, ele me beijava sem vergonha. Ele era meu marido, aquele que entrou para minha família. Depois de uma noite de bebedeira, acabei indo para a cama com ele, e a situação virou um grande escândalo. Por causa disso, como uma filha rica e mimada, fui obrigada a aceitar que ele, um rapaz sem nada, se casasse comigo. Por orgulho, eu o humilhava, o xingava e, sempre que podia, o fazia sofrer. Mas ele nunca se irritava, parecia sempre calmo e obediente. Quando eu comecei a gostar dele, ele pediu o divórcio. O homem, que antes era calmo e submisso, de repente se mostrou uma pessoa completamente diferente, cheia de intenções sombrias. Em um piscar de olhos, tudo mudou. Minha família caiu, e ele prosperou. O marido, que eu havia pisoteado, se transformou no meu patrocinador.
Ler maisO segurança respondeu com respeito:— Sim, Srta. Valentina. Caso precise de algo, por favor, não hesite em me informar.— E o segurança de antes? O George voltou?O segurança manteve as mãos para trás e respondeu com reverência:— Os seguranças do jardim foram todos realocados pelo Presidente George. Agora restamos apenas eu e mais dois colegas. Mas fique tranquila, Srta. Valentina. Qualquer necessidade que tiver, nós faremos o possível para te atender.— O George realmente não voltou mais? — Perguntei novamente.O segurança assentiu com a cabeça:— O Presidente George esteve muito ocupado nos últimos dias, por isso ainda não veio até aqui.Já havia se passado uma semana, e George continuava sem dar sinal de vida. Com certeza, lá fora, as coisas já deviam ter mudado drasticamente.Meu coração ficava cada vez mais inquieto.Olhei para o segurança e disse:— Você pode me emprestar seu celular por um instante?O segurança balançou a cabeça e respondeu de maneira mecânica:— Srta. Valentin
Cerrei os lábios com força e o encarei em silêncio.Ele apoiava o braço contra o meu pescoço, e eu podia sentir a tensão dos músculos dele.Daquela vez, parecia que ele estava realmente furioso."Mas eu não disse nada de errado, disse?"Durante aquele breve contato visual, ele soltou de repente uma risadinha:— Está com tanta pena dele assim?— Não. — Respondi com calma.Mas ele parecia não ter ouvido a minha resposta e continuou falando por conta própria:— Mesmo que esteja, não adianta. Ele deve estar à beira de um colapso agora. Hmph. Desde pequeno, todos me comparavam com ele, usando o meu brilho apagado para realçar o quão radiante ele era. Ele achou que seria fácil ofuscar a minha fama, mas nunca parou para pensar em quantos sofrimentos enfrentei nesse caminho.Fiquei olhando para ele em silêncio. Ao ouvir essa última frase, algo dentro do meu coração doeu inexplicavelmente, uma pontada amarga surgiu.Na verdade, não precisava nem pensar muito: alcançar aquele nível de sucesso, s
— Não é isso, eu fiquei aflita porque...— Chega! — O homem me interrompeu com impaciência. Havia novamente uma frieza agressiva em sua expressão, e sua mão, ao lado do corpo, se fechou discretamente em punho.Engoli em seco e, instintivamente, recuei um passo, o encarando.Ele manteve o olhar gelado sobre mim por alguns segundos, depois soltou uma risada sarcástica:— Tanto faz. Mesmo que, no fundo, você estivesse esperando que ele viesse te salvar, ele não vai aparecer. Nesse filme, ele investiu tudo o que tinha: energia, dinheiro e equipe. Só que, infelizmente, esse projeto foi destruído. Não é só que o lançamento foi cancelado agora, ele nunca mais vai ter chance de ser lançado. O que ele perdeu não foi apenas um filme, foram todas as esperanças. Ele não tem mais nenhuma chance nesta vida. Hmph!— Como isso pôde acontecer?Ao me lembrar da expressão esperançosa de Bruno em relação ao filme, senti um aperto no coração.E Clara... Ela também sempre esperou que aquele filme fosse ao a
"Mas como isso aconteceu? A cerimônia de encerramento das filmagens daquela obra já havia sido realizada, e Clara também mencionou que o lançamento ocorreria nos próximos dias, então como poderia ter sido cancelado de repente? O que exatamente tinha acontecido?"Enquanto eu ainda estava mergulhada em dúvidas, George já havia terminado a ligação e se virou para olhar na minha direção.Nossos olhares se cruzaram repentinamente.Meu coração deu um leve salto. Abaixei os olhos e, puxando o cobertor contra o peito, me sentei na cama.Ele se aproximou e disse num tom indiferente:— Acordou?— Sim.Meu corpo ainda estava dolorido e fraco, minha garganta, seca e desconfortável.Ao abaixar o olhar, vi imediatamente as marcas sugestivas em meu peito.Franzi levemente as sobrancelhas e puxei silenciosamente o cobertor para cima, prestes a perguntar a ele sobre o filme.Mas, para minha surpresa, ele soltou um leve resmungo e seguiu direto para o banheiro.Abri a boca, querendo chamá-lo, mas acabei
Ele enrolou uma mecha do meu cabelo entre os dedos e disse num tom sombrio:— Você ainda não admite quando eu digo que é ingênua. Deixa eu acabar agora mesmo com suas esperanças: mesmo que você vire uma porca gorda, eu nunca vou te deixar ir.— Você está mesmo tão faminto que já nem escolhe mais? Até porcas gordas entram na sua lista? — Não resisti e o provoquei com sarcasmo.Os olhos dele se estreitaram perigosamente.Virei o rosto para o lado e permaneci em silêncio.Afinal, o que eu havia dito antes também era uma mentira.Aquela história de "querer engordar para que ele me desprezasse e me soltasse" era só um truque para enganá-lo.Naquele momento, eu tinha percebido algo importante: quando tentava agradá-lo com palavras doces, ele não acreditava, mas quando o provocava com palavras duras, parecia mais propenso a acreditar.Em suma, aquele homem era repugnante.Preferia acreditar nas palavras cruéis do que nas gentis.Mas tanto fazia, não importava no que ele acreditava ou não.Des
— Hã? Eu não tinha nenhum propósito. — Respondi por instinto.Mal as palavras saíram da minha boca, os dedos dele se apertaram ainda mais.Tentei afastar sua mão, desconfortável:— George, não faz isso... Se tiver algo para dizer, a gente pode conversar.— Conversar? E para quê, se você não me diz a verdade? — Resmungou com frieza.Lambi os lábios, tentando me explicar com dificuldade:— Não é que eu não queira falar a verdade, é que... Você não acredita.— O que você diz parece mentira contada para enganar tolo. Acha mesmo que eu vou acreditar? Hmph... — Ele soltou uma risada carregada de sarcasmo. — Valentina, no fundo você pensa que eu sou fácil de enganar, não é?Seus olhos escuros estavam carregados de frieza, afiados como lâminas.Ele se aproximou ainda mais de mim, devagar, com um sorriso arrastado.— Srta. Valentina, desde pequena você teve acesso a todo tipo de comida rara e requintada. Quer que eu acredite que, de repente, passou a desejar suplementos nutritivos? Se for para





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