Ela, filha do capitão mais temido do Bope. Ele, o chefão favela. Jade Portulla, a famosa patricinha, filha do capitão do Bope, que não segue as regras, resolve comemorar seu aniversário de 21 anos, que também é virada do ano no Baile da Rocinha, mas ela não esperava que nesse mesmo dia, teria uma invasão do Bope no Morro. Wick, o chefão do morro, que é pego de surpresa ao ver um dos seus melhores amigos, PitBull, morto na invasão do Bope na virada do Ano, percebe que deverá fazer o trabalho sujo. Só não esperava se apaixonar. Ela não sabe nada sobre ele, mas ele sabe tudo sobre ela. Jade Portulla desaparece ao ir comemorar seu aniversário no Baile de Favela no Morro da Rocinha. Ela só não esperava que iria ter sentimentos pelo homem que a sequestrou. Ela precisa fugir, mas não sabe como, ou talvez não queira ir. Mas, seu pai Otávio Portulla nunca aceitaria esse relacionamento.
Ler maisTomo meu banho, ainda gelado, mas hoje o dia está quente, então a água está agradável. Coloco uma roupa, penteio o cabelo, e desço para o Almoço. Essa é a minha oportunidade de descobrir algumas coisas sobre essa família. Wick já está sentado à mesa com Dona Helena. Chuck está vindo da cozinha com uma jarra de suco de laranja, coloca no centro da mesa e se senta ao lado do irmão. Eu me sento ao lado de Dona Helena, lhe dando um sorriso de canto. Todos começam a servir carne assada. Quando todos terminam, os três dão a mão, e Dona Helena estica a outra para mim, e eu a pego, todos abaixam a cabeça, inclusive eu, e a senhora começa a orar, agradecendo pelo alimento. Mas que merda está acontecendo aqui. Um é o Chefe da favela, o outro é seu braço direito, e eles oram? Como deve estar a cabeça de Deus nesse momento? “ Olha esses meus filhos, só pecam, só fazem coisa errada, e ainda me agradecem pelo prato de comida” Eu começo a rir do meu próprio pensamento, e quando abro
Eu saí de perto deles e fui para a cozinha. Abro a geladeira e me sirvo um copo D’água. Paro para pensar na conversa com Samuel, se ele está fazendo isso para se vingar do meu irmão, agora ele tem mais um motivo para isso, e Frederico é seu mais novo inimigo. Me sento no banco e apoio os braços na bancada, ainda bebendo minha água enquanto observo os irmãos conversando. Dona Helena entra na cozinha, e enquanto ela vai pegar um pedaço do bolo de banana que fez no café da manhã eu a pergunto. - Eu não sabia que a senhora tinha um terceiro filho.- Ela volta para o meu lado, morde um pedaço do bolo, e eu volto a observar os dois homens, que de iguais só tem a cor dos olhos. Os dois parecem ter uma pequena diferença de idade, para Wick eu daria 31 anos e para Chuck 35 anos.Chuck não é tão bonito quanto o irmão. Eu diria que o olho dele, que é meio caído, me faz lembrar do Sid, de A Era do Gelo, além de possuir cabelos loiros acastanhados.- E não tenho - eu a olhei confusa - Eu só t
Wick entra no meu quarto, estou apenas de toalha, e caminha até mim e a arranca do meu corpo, me deixando completamente nua. Ele me olha, me comendo com os olhos. Tranca a porta atrás de si caminha até mim, sem tirar os olhos dos meus. Coloca meu cabelo atrás da orelha, e acaricia meu rosto. Chega bem perto de mim, com seus lábios quase encostando nos meus. Vai descendo devagar até meu pescoço e começa a beijá-lo, a chupálo. Fecho os olhos e sinto seu toque. Suas mãos vão parar nos meus mamilos, me deixando com mais vontade de tê-lo. - Meu Deus, como você é Maravilhosa - ele fala no pé da minha orelha, mordiscando-a Solto o ar pela boca, sentindo todo o meu corpo derreter diante dele. Sua mão desce pela minha barriga e para, ele se abaixa e abocanha meu mamilo, e sua mão volta a fazer seu trajeto, até chegar no meu íntimo, seus dedos caminham pelo meu clitóris enquanto sua boca continua seu trabalho. Não aguento segurar o gemido, e solto um som alto Ahhh - ele parece gostar,
Dois dias já se passaram, e a minha rotina é levantar de manhã, tomar café com a Dona Helena, voltar para o meu quarto, tomar um banho gelado, pois não alcanço a porra do chuveiro para mudar para a àgua quente, deitar e assistir televisão. Não estou dormindo direito a noite, então estou parecendo um panda, de tão escuras que estão minhas olheiras. Não tenho um creme de rosto, um creme para o corpo. Meus cabelos estão ressecados, já que estou usando um shampoo e condicionador que não são feitos para o meu cabelo. Depois do meu último episódio de crise de ansiedade, Wick me proibiu de assistir aos noticiários, para que eu não tivesse mais. Eu não aguento mais ficar aqui, ele não me trata como prisioneira, me deixa livre pela casa. Dona Helena me entregou um biquíni e me pediu para sair um pouco de dentro do quarto e ir para a piscina, o dia realmente estava lindo, porém, não tenho forças para sair da cama. Preciso ter notícias de Ayla, preciso saber se ela sobreviveu, preciso
Levanto na ponta do pé, pois ouço uma gritaria no andar de baixo, quando vou sair do quarto vejo um homem na sala de jogos, e antes que ele me veja, volto para o quarto mas deixo a porta entreaberta para tentar ouvir. Não consigo identificar a voz, pois mesmo distante, a pessoa está gritando, então consigo ouvir em partes a conversa. - Eu falei que não era para machucar nenhuma delas!- Eu não machuquei ninguém, porra!- A amiga levou um tiro, teve que sair carregada daqui - Eu vi, e ela também, se eu não tivesse dado uma coronhada nela, iria ter chamado a atenção- Não quero que chegue perto dela, ela precisa ficar viva. - Não posso te prometer nada. - O que você está fazendo? - Dou um salto por causa do susto da voz que vem de trás de mim.- Nada, eu só estava tomando coragem para descer - respondo tentando disfarçar a mentira.- Eu acho que você estava ouvindo a conversa dos senhores lá de baixo - ele vem chegando mais perto- Não estava, eu estava na esperança da Dona Hel
Acordo colocando a mão na cabeça por causa da dor, minha visão ainda está embaçada, não consigo ver exatamente onde estou, mas sinto que estou sendo carregada. Abro bem os olhos e vejo que o homem misterioso que gritou comigo para que eu calasse a boca é quem está me carregando. - Para onde está me levando? - pergunto bem devagar sem conseguir falar direito. - O que aconteceu? - Sem muitas perguntas - ele me olha. Olho ao redor e vejo que estamos em um quintal, com uma piscina que se liga a uma sauna toda feita de madeira. Além disso tem uma academia e uma casa na piscina, toda feita de vidro, e com cortinas enormes. Percebo que tem uma pessoa por trás delas nos observando. Bem na nossa frente vejo que tem uma outra casa, essa bem maior, de dois andares, com um varandão com rede e um sofá cama e no canto tem um telescópio,o que acho bem estranho. Entramos pela porta de madeira, que vai do chão ao teto e somos recebidos por uma senhora. Ela é loira, olhos azuis esverdeados, ve
- Alguém pode por gentileza, amarrar meu biquíni ? - peço olhando para as minhas amigas que estão tirando uma selfie na sacada do hotel.- Vira - pede Ayla - Está bom? - ela pergunta enquanto aperta o biquíni no meu pescoço. Ayla tem 1,70m de altura, com um corpo de modelo e seus cabelos crespos que chamam atenção de qualquer um na rua. É uma mulher negra linda, e que mexe com o coração da metade da nossa turma de medicina na faculdade. Somos pais se conheceram assim que entram para o Bope e somos amigas desde então. - Sim, está ótimo, obrigada - agradeço lhe dando um beijo no rosto.Assim que termino de me arrumar as três saem juntas em direção ao elevador e assim que ele chega ao nosso andar, damos de cara com meu irmão mais velho.- O que você está fazendo aqui ? - pergunto irritada. Ele e meu pai sempre me seguem quando saio do lupim eterno deles de ir para faculdade e depois direto para casa. Sempre dou um jeito de escapar para algum lugar.- Relaxa, maninha, dessa vez não vi
Estou escondida atrás do banco da kombi, com os olhos arregalados enquanto vejo o sangue escorrer do corpo do homem que veio atrás de mim quando começou o tiroteio. Achei que tinha sido baleada, até ver que ele tinha entrado na frente, e a bala o atingiu bem na cabeça. - Ayla - começo a gritar por minha amiga, me perdi dela quando começamos a correr - Ayla - sem respostas Não me atrevo a sair daqui, pois ainda ouço os barulhos do tiro, não sei o que me deu na cabeça quando concordei com a Anne em vir comemorar a virada do ano e meu aniversário em um baile de Favela. Se meu pai descobrir que estou aqui, ele me mata, mas se eu continuar aqui, vou morrer da mesma forma. Será uma questão de tempo até me acharem escondida dentro dessa lata velha. - Ayla - grito mais uma vez, só ouço os tiros como resposta. Percebo que os tiros estão se afastando, então me atrevo a me mover, passo por cima do corpo do rapaz que parece ter 30 anos, e sinto algo escorrer pelo meu rosto, não tinha perc