Aperto o coração enquanto volto a escutar um barulho abafado do outro lado da porta. Meu nome soa uma, duas e outra vez. Mas meu medo ainda me faz perder o ar.
- Jade - uma voz grave me chama, sei que uma hora eu terei que sair daqui, mas não me sinto pronta.
- Jade, minha menina - agora é Dona Helena quem está me chamando - Sou eu e o Wick, abre a porta, não vamos lhe fazer mal.
Não me movo.
- Jade, por favor, abre a porta, não vou machucar você - a voz de Wick sai trêmula quase como se implorasse que eu abrisse a porta.
- Eu não vou abrir - murmuro, sem ceder.
De repente a porta é arrombada e Wick entra olhando para todos os lados a minha procura e me encontra encostada na banheira.
- Jade! - Gritou Dona Helena que parecia estar desesperada - Você está bem? Vou pegar um copo D’água para você! - Ela sai do banheiro a passos largos me deixando sozinha com o filho.
- Jade - Wick me chama com uma voz suave - Olhe para mim - Ele me pede, levantando meu queixo com a ponta dos dedos. -