Depois de ter deixado a Jade no banheiro, me tranquei em meu quarto ainda carregando o peso de suas palavras. Parte de mim ainda não queria acreditar, a outra parte já sabia a verdade, mesmo que relutasse em aceitá-la.
Gabriel…
Esse nome ecoava em minha cabeça. Meu irmão. Sangue do meu sangue. E ainda assim, capaz de algo tão sujo, tão cruel.
Me sentei na beira da cama, as mãos entrelaçadas, os cotovelos nos joelhos. Passei horas ali, em silêncio, lutando contra a raiva, a decepção e a culpa.
Finalmente decido que não posso fingir que não sei. Não depois do que ela me contou. Não depois do que vi nos olhos dela.
Já era noite quando deixo o meu quarto, atravessando os corredores da casa com passos decididos.
Chego a casa da piscina com meu coração pulsando no peito feito um tambor. O céu estava estrelado e sem nenhuma nuvem.
- Gabriel! - Grito, com a minha voz ecoando pelo quintal vazio
Silêncio.
- Gabriel! - grito mais alto, agora com raiva contida.
Nada.
Olho mais para dentro do côm