Mundo ficciónIniciar sesiónDespois da morte de sua mãe, Bia e suas duas irmãs foram obrigadas a irem morar com o pai, um homem arrogante, pobre e cheio de ambição, mas ao descobrir que suas filhas eram garotas bonitas e virgens, ele viu nisso uma oportunidade de ganhar um bom dinheiro. Ao perceberem o plano do pai, as duas irmãs de Bia conseguiram fugir, mas Bia permaneceu no mesmo lugar por medo do desconhecido, então o pai de Bia a vendeu pra um grande herdeiro, que ofereceu uma bela fortuna pela mão de Bia. O herdeiro Thomas Molatto é um homem mulherengo, prepotente, e que não quer saber de relacionamento sério com ninguém, e a única razão pra ele ter aceitado casar com Bia, é por conta de uma exigencia feita por sua mãe que exigiu um neto em troca da presidência da empresa Gram. Como o destino costuma pregar peças, Bia acaba se apaixonando por Thomas, e usará toda a sua inocência e beleza pra conquistar o coração do herdeiro.
Leer másBIA
. . A minha infância nunca foi fácil, eu e minhas irmãs sempre tivemos que dividir o nosso tempo entre os estudos e o trabalho, e por muitas vezes deixávamos de ir à escola pra que o alimento não faltasse no nosso lar. Tudo ficou mil vezes pior quando a nossa mãe ficou doente, perdemos um ano inteiro de estudo pra cuidar dela e da casa, mas mesmo com todos os nossos esforços, não conseguimos salvar a vida dela, que foi tomada por um câncer intestinal. Bárbara era a mais velha, ela tinha 19 anos, Bruna era a do meio, com 18 anos, e eu era a caçula, com 17 anos, parecia inacreditável que a nossa mãe teve coragem de ter três filhas, uma atrás da outra, com um homem que só a maltratava, e para nós foi um pesadelo ter que ir morar com ele depois da morte dela. A Bárbara e a Bruna tinham idades o suficiente para viverem a vida delas sem a interferência de um adulto, mas elas foram morar com ele para que eu não ficasse sozinha. Olhar para o rosto daquele homem depois de tantos anos me deu calafrios, o olhar frio dele me fez lembrar do tratamento que recebíamos quando ele ainda morava com a gente, nós três nunca havíamos recebido amor dele, o que me fez acreditar que nada iria mudar, pois ele permanecia exatamente igual. — Tantos anos se passaram, e vocês ainda moram nesse fim de mundo? Ele perguntou enquanto dirigia um carro caindo aos pedaços. Eu e minhas irmãs olhamos umas para as outras decidindo quem responderia aquela m*****a pergunta, mas acabou sobrado para mim... — Não tínhamos dinheiro o suficiente para morarmos em um lugar melhor. — Isso é desculpa de fracassado. — E porque o senhor não tem um carro melhor? — O que isso tem a ver com o lugar onde vocês moram? — Só fracassados teriam um carro como esse. Ele freou o carro imediatamente e olhou para trás, parecia que o olhar dele iria me fuzilar. — Desce do carro. — O quê? Porquê? — Porque você não pode andar no carro de um fracassado. — Mas como vou conseguir encontrar vocês? — Daqui a três quilômetros você irá encontrar uma pequena venda, eu estarei lá com as suas irmãs, ande rápido, corra se for preciso, se você não chegar lá em 1 hora, poderá dar adeus a minha casa, você irá morar na rua. Eu enchi os meus olhos de lágrimas, eu estava totalmente incrédula sobre o que aquele homem que tinha o meu sangue estava me obrigando a fazer. — Você não pode fazer isso com ela, vai já escurecer, estamos no meio de uma floresta. A Bruna intercedeu em minha defesa. — Se você está com pena dela, desça e a acompanhe. — É isso mesmo que eu vou fazer. Eu desci do carro, e ela desceu logo atrás, e pra não ficar sozinha com ele, a Bárbara também desceu. — Vocês têm 1 hora. Ele saiu dirigindo deixando nós três para trás, e se fossemos um pouquinho inteligentes, teríamos aproveitado a oportunidade e fugido naquele momento, mas a nossa covardia nos impediu de tomarmos essa decisão. — Você não poderia apenas ter ignorado ele Bia? A Barbara perguntou. — Eu só coloquei ele no lugar dele, como alguém que nem tem um carro descente pode falar do fracasso da nossa mãe? — É com ele que nós vamos morar, começar essa nova fase da nossa vida causando confusão não é uma boa escolha. — Já está feito, não tenho mais como voltar atrás, agora vamos, ou ficaremos às três na rua. Nós começamos a correr na tentativa de sair logo da floresta antes da noite chegar, mas isso aconteceu meia hora depois, logo o medo abraçou a gente, e nos vimos desesperadas no meio da escuridão. — Calma, só temos que seguir a trilha de pedras. A Bruna falou tentando nos encorajar. Estávamos com tanta sede e cansadas que a nossa única alternativa foi sentar no breu escuro. — Faltam apenas 15 minutos, e provavelmente iremos nos tornar desabrigadas. A Bárbara falou irritada. — Talvez morar na rua seja melhor do que morar com ele, vai que isso é um livramento da vida? A Bruna rebateu. Eu não queria me sentir mais culpada do que eu já estava, então eu fui a primeira a levantar e pedir para a gente se esforçar um pouco mais. — Vamos, acho que falta pouco, ainda temos uma chance. Elas se levantaram e voltamos a correr, quando faltavam dois minutos para o fim do nosso tempo, nós avistamos a venda, ela ficava no final da floresta, e de longe vimos o nosso pai caminhar em direção ao carro. — Oh droga, ele já está indo embora, vamos. Nós começamos a gritar enquanto corríamos, e ele olhou para a gente e entrou no carro, antes dele dar a partida, nós conseguimos entrar também. — Vocês estão uns lixos e fedendo, abram essas janelas pro vento circular, pelo visto eu vou ter que aturar vocês. Naquele momento eu senti vontade de mandá-lo pro inferno, mas mordi a língua pra evitar que ele nos fizesse andar até o dia amanhecer. Eu senti a mão da Bárbara apertando a minha perna, ela me conhecia o suficiente pra saber que eu estava me segurando pra não falar outras verdades, mas eu já havia me convencido que rebater a imbecilidade daquele homem não era o melhor caminho. Seguimos em silêncio, a penumbra da noite revelava o nosso futuro, tudo que era relacionado aquele homem dava margem pra um sofrimento sem data pra terminar, e mesmo que eu ainda fosse uma jovem cheia de sonhos, eu tinha medo de tê-los ofuscados pelo poder negativo de um homem que não tinha a mínima noção do que significava o amor de um pai. Eu não sabia como eu iria sair daquele inferno, mas eu tinha certeza que iria me preparar pra viver o melhor que a vida tinha a me oferecer, e eles não morreriam diante do improvável, aquele homem não iria me impedir de lutar por eles.Aquilo não era uma casa.Era uma mansão.Senti meu corpo enrijecer enquanto caminhava até a entrada principal que era longa, ladeado por jardins perfeitamente aparados, com arbustos geométricos, fontes discretas e árvores altas que pareciam escolhidas uma a uma para compor aquele cenário de riqueza silenciosa. A fachada era imponente, em tons claros, com colunas largas sustentando uma varanda enorme. Janelas altas, todas iluminadas, refletiam um tipo de poder que não precisava gritar para ser notado. Era o tipo de lugar que impunha respeito antes mesmo de alguém abrir a porta.Olhei para Thomas instintivamente, como se ele fosse meu único ponto de apoio naquele território desconhecido. Foi então que ele fez algo que me pegou completamente desprevenida: segurou a minha mão e entrelaçou os dedos nos meus.Meu coração deu um salto confuso.Eu não entendi aquele gesto. Teoricamente, nós iríamos fingir que ainda estávamos nos conhecendo. Um acordo discreto, controlado. Um teatro calculado
BIA..Eu não achei que o Thomas fosse levar o meu atrevimento tão a sério. Na verdade, se eu for honesta comigo mesma, eu torci para que ele levasse. Torci porque, naquele momento, enquanto meu corpo reagia ao toque dele de uma forma que eu não conseguia controlar, uma parte ingênua de mim quis acreditar que aquilo ultrapassava limites que não estavam escritos em contrato algum. Foi uma esperança boba, silenciosa, quase vergonhosa. Mas existiu.Ainda assim, houve uma linha muito clara e cruel, separando o instante em que eu gemia, entregue, vulnerável, do momento em que ele me puxou de volta à realidade com palavras frias. Palavras que não deixavam margem para interpretação. Aquilo não passava de um acordo. Um arranjo conveniente. Um teatro bem ensaiado.Parte de mim imaginou, enquanto ele me tocava e fazia meu corpo reagir de maneiras que eu jamais tinha experimentado, que aquilo poderia ser mais do que um contrato. Não porque eu estivesse apaixonada, isso seria exagero, não havia
Depois de ficar pronto, ajustei o relógio no pulso e respirei fundo antes de sair do quarto. O nó no estômago não tinha nada a ver com negócios, ou contratos. Era algo bem mais incômodo. Algo que eu não queria nomear.Caminhei pelo corredor longo da casa, iluminado por arandelas amareladas, quando encontrei Hilda, a mulher que mantinha tudo funcionando como um relógio suíço. Ela espanava um aparador antigo, mas parou por um segundo quando me viu. Seus olhos pousaram em mim… e depois fugiram rápido demais.— Boa noite, Hilda.— B-boa noite, senhor.A voz saiu trêmula. Ela voltou a espanar os objetos com empenho exagerado, como se aquilo fosse a coisa mais importante do mundo.Ela estava nervosa. Demais.Franzi o cenho, mas não disse nada. Continuei andando. Se eu parasse para pensar em cada detalhe estranho, não sairia do lugar.Quando cheguei à cozinha, encontrei minha avó sentada à mesa, com uma xícara de café e alguns biscoitos simples. Ela parecia tranquila demais para quem tinha u
Olhei brevemente o relógio no meu pulso, pensando se daria tempo mostrar para ela o quanto eu era homem, ou se deixava ela apenas na vontade.Mas, eu estava duro demais para deixar aquele momento sem uma clara demostração de quem eu realmente era.— Você está querendo brincar, Bia? Falei, indo até a porta, e trancado, antes que minha vó entrasse lá imediatamente.Quando retornei para a cama, os olhos de Bia estavam assustados, em questão de segundos, eu havia derrubado toda a coragem dela.— Você acha que eu não sou homem o bastante pra comer você?Falei, enquanto me despia na frente dela, e cada peça de roupa que eu jogava no chão, mais assustada ela ficava.Ela olhou para o meu pau duro, se encolheu na cama e fechou as pernas instantaneamente.Eu subi na cama, e puxei as pernas dela pra baixo e subi em cima dela, roçando o meu pau duro nela, enquanto sentia o desespero dela na tensão de seu corpo.— Fala agora, Bia...Fala que eu não sou homem o suficiente para comer você.A respir
Ajeitei o colarinho, tentando ignorar a irritação que sempre surgia quando eu lembrava dele. Não sei quantas vezes já declarei que aquele homem estava morto. E não era figura de linguagem. Era desejo.Porque toda vez que lembrava que ele continuava respirando por aí, sentia vontade de terminar o serviço que a vida teve preguiça de fazer.Ele me destruiu por dentro de tantas maneiras diferentes que às vezes eu até esquecia por onde começou.Os bloqueios emocionais que ele construiu em mim, eram quase irreparáveis.E amar alguém?Era o único território que eu não me permitia tocar.A única coisa que eu realmente acreditava ser capaz de controlar.Sexo era sexo.Sentimento era sentimento.Eu me convenci disso cedo demais, talvez como forma de sobrevivência.Soltei um suspiro pesado.Eu não tinha pressa de ser um homem para alguém, mas tinha pressa de ser o CEO perfeito, o sucessor ideal, o sangue frio que o cargo exigia.Por isso, aquele jantar que minha mãe inventou era, na prática, um
THOMAS ..Desviei o olhar, porque até minhas próprias palavras me deixaram desconfortável. Mas minha mãe não me deu trégua. Quando voltei a encará-la, a emoção havia sumido e ela estava com aquele olhar perspicaz que sempre soube atravessar minha fachada.— Você está… apaixonado, meu filho?— NÃOOO!Minha voz saiu mais alta do que deveria, como se aumentar o volume pudesse diminuir a vergonha que queimava dentro de mim.— Eu não tive tempo de conhecê-la melhor, mãe. Como poderia me apaixonar por alguém que mal conheço?Ela cruzou os braços, sem acreditar em absolutamente nada do que eu dizia.— Nunca ouvi você falar assim de mulher nenhuma, Thomas. Nunca.Seu tom era firme.— Então algo nessa garota é diferente. Quero conhecê-la. Hoje.Levantei tão rápido que a cadeira arrastou no piso.Ela só podia estar brincando.— Como assim hoje?Minha voz falhou, denunciando o susto.— Se essa garota vale a pena, não quero ver você desperdiçando tempo com mais ninguém.Ela já se erguia da polt





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