No mundo dele, amor é fraqueza. E ela… é a tentação que pode destruí-lo. Giovanni Bianchi vive nas sombras do próprio império. Frio, meticuloso e sem qualquer vestígio de compaixão, ele reina como um predador entre homens, tanto nos salões de mármore da alta sociedade quanto nos salões escuros do The Black Room, onde o prazer se mistura ao controle, e dor se confunde com desejo. Ele não se apega. Não se envolve. Ele domina. Mas tudo muda na noite em que um erro põe Sofia Romano em seu caminho. Ela não deveria estar ali. Não naquele vestido, não naquele lugar, não diante dele. Inocente demais, perdida demais , perfeita demais para não ser corrompida. Movida pelo desespero de salvar a irmã, ela aceita substituir uma acompanhante. Só uma noite. Um jogo perigoso. Uma mentira que custará caro. Giovanni sente o perigo no segundo em que a vê. Ela não conhece as regras. E isso a torna irresistível. Ele tenta manter distância. Mas a obsessão cresce como veneno. Ela desperta algo que ele acreditava estar morto: o impulso de possuir, destruir, de fazer dela sua. Sofia não sabe o que significa entrar no mundo de Giovanni Bianchi. Mas logo entenderá que, quando ele decide tomar algo, nem o céu ou o inferno conseguem detê-lo. Ela será sua ruína, Ou será arrastada com ele para o abismo.
Leer másA porta pesada do The Black Room se fechou atrás deles, selando Sophia em um mundo que não lhe pertencia, mas que, de alguma forma, parecia ter sido feito para ela.
Seu coração batia frenético contra o peito, não por medo, mas pela promessa do desconhecido. O ar era carregado, denso com uma eletricidade que parecia vibrar em sintonia com seu próprio corpo. O perfume amadeirado de Giovanni envolvia seus sentidos, um lembrete constante da presença dominante dele, enquanto sua mão firme a guiava com precisão, pressionando a base de suas costas nuas.
Ela sentia o calor dele, a força silenciosa que exalava de cada movimento, de cada toque, de cada palavra não dita.
— Confie em mim, Sophia. — A voz dele veio baixa, um sussurro grave que reverberou por sua espinha como uma promessa perigosa.
Ela engoliu em seco, seus dedos tremendo levemente, mas não recuou. Porque, apesar do desconhecido, apesar da tensão quase insuportável entre eles, ela queria aquilo.
O quarto era um santuário de controle e desejo, um espaço onde os limites eram testados e o prazer era moldado pela entrega. As paredes escuras absorviam a pouca luz vinda de velas estrategicamente posicionadas, criando sombras dançantes que faziam cada detalhe parecer ainda mais intenso.
Mas não eram as sombras que capturavam sua atenção.
Eram os objetos.
Algemas de seda, vendas de veludo, chicotes finos, cordas trançadas. Uma coleção cuidadosamente organizada de instrumentos de prazer e submissão.
Sophia sentiu o peito subir e descer com mais força.
Um universo completamente novo se abria diante dela.
Giovanni parou atrás dela, e antes que pudesse absorver tudo ao seu redor, seus dedos deslizaram lentamente por seu braço desnudo fazendo ela arfar.
O toque dele era firme, porém provocante.
Cada deslizar dos dedos parecia uma pergunta silenciosa, um convite para atravessar um limite invisível.
—
Está pronta para me pertencer esta noite?O calor dele irradiava contra sua pele, um contraste hipnotizante com o frio sutil do ambiente. Sophia fechou os olhos, tentando controlar a avalanche de sensações que ameaçava consumi-la. Mas já era tarde demais.
— Sim… — Sua voz saiu como um sussurro, carregada de uma necessidade que a assustava e a excitava na mesma medida.
Giovanni sorriu, satisfeito com a rendição implícita nas palavras dela. Pegou uma venda de veludo e a deslizou suavemente sobre seus olhos. O mundo ao redor desapareceu. Nada além do som de sua respiração e do calor da presença dele restava.
— No escuro, você sentirá mais, Sophia.
Sua voz roçou sua orelha, enviando um arrepio intenso por sua pele. O desconhecido aguçava cada sentido, cada expectativa. Ela estremeceu quando sentiu a textura das fitas de seda envolvendo seus pulsos, delicadas, mas firmes, atando-a à mercê dele. A sensação de imobilização fez sua pulsação disparar.
— Agora, apenas sinta.
Ela ouviu o farfalhar da roupa dele, o som rouco dos sapatos se afastando e depois voltando. Então, um toque quente, dominado pela precisão de alguém que sabia exatamente o que estava fazendo, deslizou por seu ombro, descendo lentamente pela curva de sua coluna.
Cada toque era um comando silencioso.
Cada suspiro, uma rendição inevitável.
Os lábios de Giovanni a tocaram, explorando-a sem pressa, sem hesitação. Sua língua traçou um caminho torturante pelo seu pescoço, sua respiração quente provocando um contraste entre prazer e expectativa.
As mãos dele desceram por seu corpo, explorando-a com um domínio absoluto, como se ela já lhe pertencesse há muito tempo.
— Você é fascinante assim, entregue-se a mim… — A voz dele soou rouca, carregada de desejo contido, de uma fome que ela sabia que não era apenas dela.
O mundo ao redor se dissolveu.
Sophia já não sabia mais onde terminava e onde começava.
A venda privava sua visão, mas seus outros sentidos estavam mais aguçados do que nunca. Cada toque dele era fogo e gelo ao mesmo tempo, desenhando nela um caminho sem volta.
O prazer e a excitação se misturavam à adrenalina de estar à mercê de um homem que a fazia sentir-se simultaneamente protegida e vulnerável.
— Eu poderia devorá-la inteira esta noite. — Ele sussurrou contra sua pele, os dentes roçando levemente em seu ombro.
O corpo de Sophia estremeceu, e ela sentiu o calor líquido do desejo se espalhar dentro de si.
Ali, naquele quarto escuro, nas mãos de um homem que sabia exatamente o que fazer com ela, Sophia teve certeza de uma coisa.
Ela nunca mais seria a mesma, porque Giovanni Bianchi acabara de marcá-la.
E ninguém jamais a tocaria do mesmo jeito novamente.
Cinco Anos DepoisO sol dourado da Toscana filtrava-se por entre as copas das oliveiras, pintando o gramado com tons quentes e vibrantes. A brisa leve de final de tarde balançava os lençóis brancos que decoravam os pergolados do jardim da casa de campo de Giovanni, enquanto risadas infantis enchiam o ar como uma melodia viva e cheia de esperança.Nora, agora com seis anos, corria descalça pelo gramado, os cabelos loiros voando como asas ao vento. Seu vestido rodado de linho girava com ela, e seu riso era uma explosão pura de vida. À sua frente, Salt, o labrador caramelo da família, latia animado, pulando em círculos enquanto tentava acompanhar a pequena que gritava:— Vamos, Pietro! Ele vai pegar a gente! A mansão ainda estava envolta em silêncio quando Giovanni fechou a porta do quarto. A casa descansava. Os corredores escurecidos, as luzes suavemente apagadas e o som do vento lá fora embalavam a noite. Mas ali dentro, entre aquelas quatro paredes, nenhuma alma estava pronta para dormir.Sophia estava de costas para ele, diante do espelho da penteadeira. Eles tomaram banho juntos depois e estavam se organizando para dormir. Ela usava uma camisola de seda clara, curta, de alças. O tecido colava-se à pele como se fosse parte dela, revelando curvas, sombras e promessas. Giovanni não precisava tocá-la para sentir o cheiro doce do seu corpo. Não precisava chamá-la para saber que ela o sentia ali, observando, desejando.Ele trancou a porta devagar. O som seco da chave girando pareceu selar umCapítulo 272 - Madrugada em Chamas
O silêncio depois da tempestade era uma entidade em si.Denso, espesso, quase sobrenatural.Na suíte da cobertura do hotel, o caos permanecia imóvel como um retrato de guerra. Almofadas rasgadas, penas espalhadas como se fossem restos de asas arrancadas à força. Vasos de cristal partidos em mil estilhaços refletiam a luz trêmula da cidade. A cama, outrora palco de promessas e pecados, agora jazia desfeita, lençóis manchados, fronhas atiradas ao chão como se tivessem tentado fugir da cena. O cheiro de perfume caro misturava-se ao de álcool derramado, suor e desespero. Um aroma agridoce que impregnava as paredes.No canto do quarto, uma garrafa de vodca rolava lentamente pelo chão, produ
A noite caiu lentamente sobre a cobertura, envolvendo cada canto da casa em um manto de silêncio e segurança. Lá em cima, na suíte acolhedora do segundo andar, Antonella balançava Nora suavemente nos braços. A bebê já vestia seu pijaminha branco com estrelinhas douradas, e os olhos cansados piscavam devagar enquanto os dedos minúsculos agarravam o colar da tia.Antonella sentou-se na poltrona de amamentação próxima ao berço, embalada pelo som calmo da respiração da sobrinha. Seu coração ainda batia acelerado, tentando processar o caos do dia. Marie, o hotel, o medo, a raiva, a força que surgiu do fundo do peito ao ver aquela mulher com Nora nos braços.Mas agora… agora só havia ternura.
O elevador subiu lentamente até o último andar do hotel. Cada número que se acendia era como um tambor abafado marcando o compasso da raiva que crescia no peito de Giovanni Bianchi. As portas finalmente se abriram e, por um segundo, o silêncio do corredor acarpetado parecia zombar da tempestade que rugia dentro dele.Liam o seguia, um passo atrás, silencioso como um guarda-costas prestes a testemunhar algo que preferia não ver.— Giovanni, talvez seja melhor esperar elas descerem com a menina. — ele sugeriu com cautela. — Sophia e Antonella são capazes de lidar com Marie e…— Ela encostou na minha filha. — a voz do CEO saiu baixa, seca, sem emoção — e por isso, Liam, eu não vou esperar.
O carro parou em frente ao luxuoso hotel de fachada dourada, no centro antigo de Manhattan. A calçada polida refletia as luz do sol, e o porteiro, de uniforme impecável, abriu a porta do veículo com um sorriso treinado.Mas Sophia não viu nada. Tudo em sua mente era ruído.Ela desceu do carro como quem marchava para o campo de batalha. Os saltos batendo no mármore da entrada mais pareciam tambores de guerra. Ao lado dela, Antonella caminhava em silêncio, com o olhar duro, determinado, com o telefone ainda na mão, ela havia avisado Giovanni minutos antes. Ele estava a caminho com Liam.A recepcionista ergueu os olhos, prestes a sorrir, mas congelou ao ver a expressão de Sophia.— Su&ia
Último capítulo