Capítulo 5

Juliana sentiu o couro frio sob as coxas quando abriu as pernas. O ar gelado da sala roçou sua pele nua, arrepiando cada centímetro exposto, e estava tudo exposto. Ela nunca se sentira tão vulnerável — nem tão excitada.

Daniel pegou um par de luvas cirúrgicas da bancada e desenrolou-as sem pressa. O som do látex se esticando sobre os dedos do homem fez algo dentro dela se agitar. Ele mantinha um ritmo calmo, como se nada ali fosse novidade para ele. Cada gesto era meticuloso, cada olhar mais demorado tinha um efeito intencional.

— Relaxe — ele ordenou, chegando mais perto.

A voz dele era suave, mas deixava claro que sua vontade era inegociável. Juliana engoliu em seco quando ele se posicionou entre as pernas dela, o calor de seu corpo forte irradiando para a parte interna das coxas abertas diante dele.

— Vamos começar pelo exame físico geral — anunciou o médico, o olhar intenso percorrendo as curvas da paciente, medindo cada reação.

A luva fria tocou o pescoço dela primeiro, deslizando para baixo até o osso da clavícula.

— Pele sem alterações visíveis — murmurou, como se anotasse mentalmente. O semblante dele não traía a mentira que acabara de dizer: a pele dela estava alterada, pois queimava de desejo.

Os dedos dele continuaram, traçando um caminho lento até os seios. Juliana prendeu a respiração quando ele apertou de leve um dos mamilos, fazendo-o endurecer na mesma hora.

— Sensibilidade aumentada — ele observou, a voz mais rouca agora.

Ela mordeu o lábio, sentindo o ardor se espalhar pela barriga. Ele sabia exatamente o que estava fazendo. Cada toque era exato demais para ser casual, e íntimo demais para ser profissional.

— Agora, vou verificar sua resposta a estímulos — ele disse, saboreando a última palavra e se abaixando até ficar no nível da parte onde a excitação escorria, latente.

Antes que ela pudesse responder, sentiu o hálito quente dele entre suas pernas. Estava ainda cada vez mais perto, e tanto que sentiu um leve roçar da barba bem aparada na pele.

— Doutor… — ela gemeu, os dedos agarrando as bordas da mesa como se isso pudesse impedi-la de enlouquecer.

— Shhhhh — ele aconselhou, concentrado na visão privilegiada que se abria diante dele — Vejamos o que temos aqui.

E então, sem aviso, sua boca estava nela.

Juliana arqueou as costas, um grito escapando dos lábios. A língua dele trabalhava com precisão incansável, explorando cada dobra, cada ponto sensível, mapeando sua boceta para um estudo profundo.

— Você está muito responsiva — ele comentou, distraído, puxando-a ainda mais para frente para voltar a reivindicar sua abertura — Isso é bom.

Juliana gemia e se contorcia enquanto ele a abocanhava, ávido para beber dela. Com as mãos fortes, ele a puxava para baixo para que a língua penetrasse ainda mais fundo. Tudo o que ela podia fazer era mover o quadril para tentar escapar daquela língua voraz. Queria lutar para não ceder ao orgasmo sem a sensação do médico entrando nela.

Ela quase rosnou de frustração quando ele se afastou, mas então as mãos do homem substituíram a boca, os dedos deslizando para dentro e fora dela com uma pressão perfeita.

— Contração muscular intensa — ele murmurou, observando como aquele lindo corpo feminino se apertava ao redor do toque — Parece que você está… Com palpitações.

— Por favor — ela suplicou, esquecendo do jogo por um segundo.

Daniel ergueu uma sobrancelha, os dedos continuando a explorar.

Juliana queria dizer que queria gozar com ele dentro dela. Que a necessidade de se sentir invadida por ele era urgente, uma fome que entorpecia seus sentidos. Quando as palavras não vieram, ela respirou fundo, prisioneira dos caprichos daquele homem, sim, mas escrava do próprio desejo. Estava completamente exposta — não apenas de forma física, mas de um outro jeito que ainda não tinha nome.

Quando o médico pousou o dedo no ponto onde a fenda da mulher se abria e fez pressão, qualquer tentativa de autocontrole se tornou impossível para a paciente. Todos as suas terminações nervosas cederam aos movimentos rítmicos cada vez mais rápidos. O orgasmo chegou, avassalador. Juliana gritou, contraiu o abdômen e depois se viu amolecendo. Daniel permitiu que repousasse por alguns instantes antes de fazer pressão no mesmo ponto, extraindo os últimos tremores de prazer.

Sorriu, satisfeito com o trabalho. Erguendo-se para a frente, beijou um joelho, depois o outro, sussurrando com delicadeza:

— Fique quietinha aí. Eu já volto.

Ficar quietinha? Como se houvesse opção... Ela não conseguiria levantar nem se quisesse. Jamais sentira algo como aquilo antes. Todo o seu corpo estava em paz, ainda que exausto e trêmulo. Ela gozara nas mãos de um cara, como uma marionete movida pela luxúria.

As pernas ainda bem abertas serviram de moldura para a cena que ela acompanhou com os olhos semicerrados. O médico mais gostoso da história estava voltando para a mesa, segurando um tubo cujo rótulo ela não conseguiu ler.

— Ainda não terminamos. Agora, vou avaliar sua capacidade de seguir instruções. E claro, seus reflexos.

Tirando as pernas da paciente das hastes metálicas, ele não teve nenhum trabalho para virar Juliana de bruços.

Continue lendo este livro gratuitamente
Digitalize o código para baixar o App
Explore e leia boas novelas gratuitamente
Acesso gratuito a um vasto número de boas novelas no aplicativo BueNovela. Baixe os livros que você gosta e leia em qualquer lugar e a qualquer hora.
Leia livros gratuitamente no aplicativo
Digitalize o código para ler no App