Em uma metrópole agitada como Nova York, onde as luzes da cidade escondem segredos ancestrais nas sombras das ruas movimentadas, Sophia Valente, uma investigadora particular com cicatrizes de um passado violento, aceita um trabalho aparentemente simples: infiltrar-se na Blackwood Enterprises, a empresa de tecnologia bioengenheira liderada pelo enigmático bilionário Ethan Blackwood. Mas o que começa como uma missão de espionagem corporativa se transforma em uma dança perigosa quando Sophia descobre que Ethan é o alfa de um clã de lobisomens, lutando para proteger seu segredo de rivais que desejam sua destruição. Entre perseguições noturnas por parques urbanos, traições que cortam como facas e uma atração primal que desafia a razão, Sophia e Ethan mergulham em um romance intenso, onde o desejo é tão selvagem quanto as transformações sob a lua cheia. Cada capítulo revela um novo segredo — sobre o clã, o passado de Sophia ou a conspiração que ameaça expor os lobisomens ao mundo — mantendo o leitor preso em um ciclo de suspense, paixão e adrenalina.
Ler maisO beco estreito no coração de Nova York cheirava a chuva recente e lixo acumulado, um lembrete constante da cidade que nunca dormia. Sophia Valente ajustou o capuz da jaqueta preta, seus olhos verdes varrendo o entorno com precisão calculada. Eram 23h47, e seu relógio de pulso piscava discretamente. O cliente anônimo fora explícito: um envelope com dados confidenciais sobre a Blackwood Enterprises estaria na lixeira marcada. Missões como essa eram rotina para ela — infiltrar, coletar, desaparecer —, mas algo no ar daquela noite a deixava em alerta, como se olhos invisíveis a observassem.
Ela se aproximou da lixeira com passos silenciosos, a mão direita pairando perto do coldre escondido sob a jaqueta. Profissionalismo era sua armadura; nada de distrações, nada de erros. Seus dedos ergueram a tampa com eficiência, mas antes que pudesse pegar o envelope, um arrepio subiu por sua nuca. Não era o vento — era instinto puro, forjado em anos de trabalho solitário.
"Mostre-se," ordenou ela, a voz baixa e autoritária, sem um traço de hesitação. Ela girou, sacando a faca da bota em um movimento fluido, pronta para confrontar qualquer ameaça.
Um riso grave ecoou das sombras, seguido por uma silhueta emergindo da escuridão. Ethan Blackwood. Alto, com ombros largos sob um casaco escuro que se fundia à noite, ele tinha olhos âmbar que pareciam capturar a luz fraca da lua cheia filtrando-se entre os prédios. Sophia o reconheceu das pesquisas preliminares: o CEO bilionário, recluso e poderoso. Mas ali, no beco, ele parecia mais predador do que executivo.
"Impressionante," disse ele, a voz rouca com um tom de admiração genuína. "Você é tão profissional quanto os rumores dizem, Senhorita Valente. Nenhum pânico, apenas ação."
Sophia manteve a faca erguida, o rosto impassível. "Você não é o meu cliente, Blackwood. Explique-se, ou isso termina mal para você." Sua postura era ereta, o tom frio e direto — ela não se deixava intimidar por fortunas ou olhares penetrantes. Era o trabalho que importava, não o homem à sua frente.
Ethan inclinou a cabeça ligeiramente, um sorriso sutil curvando seus lábios enquanto ele a avaliava. Havia algo nela — aquela compostura inabalável, a eficiência sem floreios — que o intrigava mais do que esperava. Mulheres como ela eram raras: focadas, independentes, sem espaço para jogos emocionais. Ele deu um passo à frente, o ar entre eles carregado de uma tensão que ele sentia mais intensamente do que ela. "Talvez eu seja o cliente," respondeu, os olhos fixos nos dela. "Ou talvez eu saiba que você está bisbilhotando minha empresa por razões que vão além do óbvio."
Sophia não piscou, calculando riscos em segundos. "Se tem provas, apresente-as. Caso contrário, saia do meu caminho." Seu profissionalismo era uma barreira, mas Ethan via além — uma mulher que controlava o caos, e isso o encantava, despertando um interesse que ia além da curiosidade.
Antes que ele pudesse responder, um uivo baixo e gutural rasgou a noite, vindo de algum lugar próximo, ecoando pelos prédios como um aviso primordial. Ethan ficou rígido, os músculos tensionando visivelmente sob o casaco. Seus olhos brilharam com um fulgor estranho, quase animalesco, por um instante fugaz. Ele agarrou o braço dela com firmeza controlada, mas Sophia se soltou com um puxão preciso, mantendo a distância.
"O que foi isso?" perguntou ela, a voz ainda firme, embora seu instinto gritasse perigo.
"Algo que você não está preparada para enfrentar," murmurou ele, olhando para as sombras que pareciam se mover ao fundo do beco. Figuras indistintas surgiam na penumbra, olhos refletindo a lua como predadores noturnos. "Corra, Sophia. Ou descubra segredos que podem te destruir."
Ela hesitou por um segundo, avaliando — não por medo, mas por estratégia. O envelope ainda na mão, ela recuou um passo, mas o uivo se repetiu, mais perto, acompanhado por um rosnado que soava inumano. O que quer que estivesse vindo, não era uma ameaça comum. E Ethan... ele parecia saber exatamente o que era.
A lua pairava baixa sobre as montanhas Adirondack, lançando um brilho prateado que cortava as sombras dos pinheiros. Sophia segurava a arma com firmeza, os olhos fixos no monitor de segurança do esconderijo. A figura de Marcus, o beta traidor, permanecia imóvel na clareira, seus olhos verdes brilhando com uma intensidade sobrenatural sob a luz lunar. Ao seu lado, Ethan rosnava baixo, o corpo tenso, pronto para se transformar a qualquer momento. Lena, a caçadora marcada por cicatrizes, verificava uma espingarda com munição de prata, enquanto Javier, o hacker inquieto, digitava freneticamente para reforçar as defesas do esconderijo. A mente de Sophia girava, equilibrando o profissionalismo com o calor persistente do encontro com Ethan na cabana. O toque dele — possessivo, selvagem, perigoso — acendia um desejo que ela julgava severamente. Ele é um erro que eu não deveria querer, pensou, o coração acelerando com a lembrança de seus corpos colididos, mas sua razão gritando que aquele cami
O rádio chiou novamente, a voz urgente: "Alfa, eles estão a menos de uma hora. Prepare-se." Ethan se levantou, a nudez temporariamente esquecida, enquanto pegava uma arma do armário. Sophia, ainda recuperando o fôlego, vestiu-se rapidamente, o profissionalismo voltando como um escudo. O desejo ainda pulsava, mas o perigo era mais forte. "Quem no seu clã sabia do refúgio?" perguntou ela, a mente já mapeando possibilidades.Ethan hesitou, o maxilar apertado. "Apenas meu círculo interno. Alguém nos traiu." Ele olhou para ela, a confiança abalada. "Você confia em mim, Sophia?"Ela cruzou os braços, o olhar firme. "Não confio em ninguém, Blackwood. Mas estou aqui, não estou?" A resposta trouxe um sorriso relutante aos lábios dele, mas o momento foi interrompido por um estrondo: uma explosão na entrada do refúgio.Lobisomens invadiram, liderados por um homem alto, com olhos verdes e um sorriso cruel — Marcus, o beta de Ethan, agora revelado como traidor. "Você é fraco, alfa," cuspiu Marcus.
O SUV de Ethan cortava a estrada estadual sob a luz prateada da lua, deixando Nova York para trás. Sophia olhava pela janela, o horizonte rural desfocando enquanto processava os eventos. A luta no parque, o desejo avassalador no galpão, a traição sugerida pela mensagem de Clara — tudo apontava para um jogo maior, onde ela era peça e jogadora. Ethan, ao volante, estava em silêncio, mas a tensão em seus ombros revelava o peso de ser alfa. Ela o observava, notando as cicatrizes visíveis no pescoço, o maxilar firme. Por que ele me afeta tanto? julgava-se ela, sabendo que cada toque dele era um passo rumo ao abismo."Para onde estamos indo?" perguntou, a voz firme, tentando recuperar o controle. O profissionalismo era sua armadura, mas rachava sob o peso do desejo que ele despertava."Um refúgio do clã, nas montanhas Adirondack," respondeu Ethan, sem tirar os olhos da estrada. "Um lugar seguro, fora do alcance de Vargr. Lá, posso te explicar tudo — o soro, o clã, e por que você é tão impor
O ar no parque urbano estava carregado com o cheiro de terra úmida e sangue fresco, os uivos da matilha rival ecoando como um coral sinistro. Sophia segurava a Glock com firmeza, o peso da arma uma extensão de sua determinação. Ao lado dela, Ethan, com os olhos âmbar brilhando na penumbra, movia-se com a graça letal de um predador. A cabana onde haviam se entregado momentos antes — em um frenesi de desejo que ainda fazia o corpo dela pulsar — agora era uma armadilha, cercada por sombras que se moviam entre as árvores. O clímax da paixão parecia distante diante da ameaça iminente, mas o calor de Ethan ao seu lado reacendia o conflito interno de Sophia: Ele é o perigo. Então por que não consigo me afastar?"Quantos são?" perguntou ela, a voz firme, profissional, enquanto verificava o pente da arma. O treinamento a mantinha centrada, mas o rosnado baixo de Ethan, quase um ronronar, enviava arrepios por sua espinha."Pelo menos sete," respondeu ele, o tom grave misturando urgência e contr
O crepúsculo caía sobre Nova York como um manto de segredos, tingindo os arranha-céus de tons alaranjados e púrpura enquanto o SUV blindado de Ethan cortava as ruas congestionadas. Sophia sentava-se no banco do passageiro, os dedos apertando a arma que ele lhe entregara momentos antes — uma Glock compacta, fria e reconfortante em sua mão. O motor ronronava como uma fera contida, ecoando a tensão que pulsava entre eles. Ethan dirigia com uma precisão letal, os olhos âmbar fixos na estrada, mas ocasionalmente desviando para ela, como se estivesse avaliando uma presa... ou uma parceira."Eles querem o soro que minha empresa desenvolve," explicou Ethan, a voz grave cortando o silêncio. "É uma fórmula de bioengenharia que controla as transformações. Impede que nos exponhamos durante a lua cheia, que nos tornemos monstros incontroláveis. Sem ele, o clã cairia no caos, e rivais como os que nos atacaram ontem à noite tomariam o poder." Ele apertou o volante, os nós dos dedos branqueando. "Eu
O sol da manhã filtrava pelas cortinas improvisadas que Sophia pregara sobre a janela quebrada de seu apartamento, mas o caos da noite anterior ainda pairava: cacos de vidro no chão, móveis virados, o eco do rosnado do intruso em sua mente. Ela passara horas limpando, reforçando as defesas com trancas extras, ignorando o cansaço que pesava nos ossos. Ethan Blackwood insistira em ficar, seus olhos âmbar carregados de preocupação e algo mais — uma intensidade que a desarmava. Mas Sophia o dispensara com a frieza de sempre: "Eu cuido de mim mesma." Mesmo assim, o cartão dele, com um endereço rabiscado em letras precisas, permanecia sobre a mesa: Blackwood Enterprises. Precisamos conversar.Agora, às 10 da manhã, Sophia atravessava o saguão reluzente da sede da empresa em Manhattan. Vestia um terninho cinza-escuro, simples, mas elegante, sua armadura urbana contrastando com o luxo opulento do ambiente — mármore polido, lustres de cristal, seguranças discretos em cada canto. No elevador pr
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