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Capítulo 5: A Caçada Noturna

O crepúsculo caía sobre Nova York como um manto de segredos, tingindo os arranha-céus de tons alaranjados e púrpura enquanto o SUV blindado de Ethan cortava as ruas congestionadas. Sophia sentava-se no banco do passageiro, os dedos apertando a arma que ele lhe entregara momentos antes — uma Glock compacta, fria e reconfortante em sua mão. O motor ronronava como uma fera contida, ecoando a tensão que pulsava entre eles. Ethan dirigia com uma precisão letal, os olhos âmbar fixos na estrada, mas ocasionalmente desviando para ela, como se estivesse avaliando uma presa... ou uma parceira.

"Eles querem o soro que minha empresa desenvolve," explicou Ethan, a voz grave cortando o silêncio. "É uma fórmula de bioengenharia que controla as transformações. Impede que nos exponhamos durante a lua cheia, que nos tornemos monstros incontroláveis. Sem ele, o clã cairia no caos, e rivais como os que nos atacaram ontem à noite tomariam o poder." Ele apertou o volante, os nós dos dedos branqueando. "Eu sou o alfa, Sophia. Responsável por todos eles. E agora, você está envolvida nisso."

Sophia absorvia as palavras, sua mente analítica processando os detalhes como um quebra-cabeça. Seu passado veio à tona em flashes dolorosos: uma noite chuvosa na infância, aos dez anos, quando um uivo ecoara pela casa de sua família no subúrbio. Ela se lembrava do pânico nos olhos de sua mãe, do pai correndo para a porta com uma espingarda enferrujada. E então, o caos — garras rasgando madeira, rosnados guturais, sangue espalhado pelo chão. Ela sobrevivera escondida no armário, mas o trauma a moldara, transformando-a na investigadora implacável que era hoje. "Eu vi algo assim quando era criança," admitiu ela, a voz baixa e carregada de drama emocional. "Um lobo... ou homem-lobo, atacou minha família. Matou todos eles. Foi por isso que entrei nessa vida — para caçar respostas, para nunca mais ser vítima."

Ethan a olhou de relance, uma mistura de admiração e algo mais profundo brilhando em seus olhos. "Você é mais forte do que imagina, Sophia. Sobreviver a isso... e agora, aqui, enfrentando o desconhecido comigo. Talvez você esteja destinada a isso. A nós." As palavras pairaram no ar, carregadas de implicações que fizeram o coração dela acelerar. Ele representava tudo o que ela evitava: perigo, mistério, um mundo sobrenatural que poderia engoli-la. Mas havia algo nele — aquela aura primal, o poder contido em cada movimento — que acendia um fogo dentro dela, um desejo que ela julgava com severidade. Isso é loucura, pensou ela. Ele é perigoso. Pode me destruir, como destruiu minha família indiretamente. Por que eu sinto isso?

Eles pararam na entrada de um parque urbano isolado, as árvores densas formando uma barreira natural contra a cidade barulhenta. Ethan planejava confrontar os rivais ali, onde o terreno favorecia sua natureza de lobo. Mas a emboscada veio antes que pudessem se preparar: sombras saltaram das folhagens, formas híbridas entre homem e lobo, olhos dourados refletindo a luz fraca do entardecer. Eram cinco, musculosos e ferozes, rosnando comandos em uma língua gutural.

A luta irrompeu como uma tempestade. Sophia atirou com precisão cirúrgica, o primeiro tiro acertando o ombro de um deles, fazendo-o uivar de dor. Ethan se transformou parcialmente, garras estendendo das mãos, presas alongando enquanto ele saltava sobre outro, rasgando carne com força brutal. O ar cheirava a sangue e terra úmida. Sophia esquivou de um golpe, rolando no chão e contra-atacando com um chute no joelho de um lobo, ouvindo o estalo satisfatório de osso quebrando. Ethan a protegeu de um ataque pelas costas, mas ela salvou sua vida momentos depois, disparando contra um que o imobilizara. "Atrás de você!" gritou ela, o tiro ecoando.

Ofegantes e vitoriosos, com os rivais fugindo outros imóveis no chão, eles se refugiaram em uma cabana abandonada no coração do parque — uma estrutura velha, com paredes de madeira rangentes e um cheiro de mofo misturado a folhas secas. Ethan trancou a porta improvisada, virando-se para ela com olhos flamejantes. A adrenalina ainda pulsava em suas veias, transformando o medo em algo mais intenso, mais primal. "Você lutou como uma de nós," murmurou ele, aproximando-se, o corpo dele irradiando calor como uma fornalha. Seus músculos estavam tensos sob a camisa rasgada, revelando linhas definidas e cicatrizes antigas que contavam histórias de batalhas passadas.

Sophia sentiu o desejo aflorar, um calor traiçoeiro se espalhando pelo seu corpo, começando no ventre e subindo como uma chama. Era o perigo que ele representava — o alfa, o lobo, o homem que poderia devorá-la em mais de um sentido — que a excitava. Seus olhos percorreram o peito dele, traçando as curvas dos músculos, imaginando o toque da pele quente sob seus dedos. Por que isso?, julgou-se ela internamente. Ele é o epítome do risco. Um passo em falso e eu acabo como minha família. Mas... Deus, o jeito como ele me olha, como se eu fosse sua. O pensamento a fez corar, mas não recuar.

Ethan percebeu, um sorriso predatório curvando seus lábios. "Eu sinto seu cheiro, Sophia. O desejo misturado ao medo." Ele a pressionou contra a parede da cabana, as mãos grandes capturando seus pulsos acima da cabeça, o corpo dele colando ao dela. O contato era elétrico, enviando ondas de prazer por sua espinha. Ele inclinou a cabeça, o nariz roçando seu pescoço, inalando profundamente. "Você me quer tanto quanto eu te quero."

Ela arqueou o corpo involuntariamente, um gemido escapando apesar de si mesma. "Isso é um erro," sussurrou ela, mas suas pernas se entrelaçaram nas dele, puxando-o mais perto. O perigo a atraía como um ímã — o risco de se entregar a ele, de mergulhar no mundo sobrenatural que destruíra sua vida. Ethan mordiscou sua orelha, os dentes afiados enviando arrepios de prazer e dor misturados. "Talvez," rosnou ele, "mas erros assim valem a pena."

Suas bocas se encontraram em um beijo feroz, faminto, línguas dançando em uma batalha de dominação. As mãos dele desceram, rasgando os botões do terninho dela com urgência, expondo a pele macia de seu colo. Ele traçou beijos quentes pelo pescoço, descendo até os seios, capturando um mamilo através do tecido fino da blusa, sugando com intensidade que a fez arquejar. Sophia cravou as unhas nas costas dele, rasgando a camisa remanescente, sentindo os músculos contraírem sob seu toque. "Ethan..." murmurou ela, o nome saindo como uma súplica e uma advertência.

Ele a ergueu com facilidade, pernas dela ao redor de sua cintura, pressionando-a contra a parede enquanto suas mãos exploravam cada curva, apertando suas coxas com possessividade. O membro dele, duro e insistente, roçava contra ela através das roupas, prometendo mais. Sophia o beijou com mais fome, mordendo seu lábio inferior, provando o gosto metálico de sangue — um lembrete do perigo que a excitava ainda mais. Isso pode acabar mal, pensou ela, mas o julgamento se dissolvia no calor, no desejo cru que a consumia. Ela o empurrou para o chão empoeirado da cabana, montando nele, mãos descendo para desabotoar sua calça, liberando-o. Seus movimentos eram ritmados, intensos, ela guiando-o para dentro de si com um gemido profundo, o prazer explodindo como fogos de artifício.

Eles se moveram juntos, selvagens e sincronizados, corpos suados colidindo em um ritmo primal. Ethan rosnava baixinho, mãos guiando seus quadris, olhos fixos nos dela com uma intensidade que a fazia tremer. O clímax veio como uma onda, deixando-os ofegantes e entrelaçados, o mundo exterior esquecido por um momento.

Mas enquanto se vestiam, o telefone de Sophia tocou, quebrando o encanto: Clara, sua amiga. "Soph, cuidado! Alguém perguntou por você... um homem com olhos estranhos." Ethan franziu a testa, os sentidos aguçados. "Traição no clã." Antes que pudessem reagir, uivos cercaram a cabana, a matilha retornando com reforços, as sombras se fechando ao redor deles.

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