O ar no parque urbano estava carregado com o cheiro de terra úmida e sangue fresco, os uivos da matilha rival ecoando como um coral sinistro. Sophia segurava a Glock com firmeza, o peso da arma uma extensão de sua determinação. Ao lado dela, Ethan, com os olhos âmbar brilhando na penumbra, movia-se com a graça letal de um predador. A cabana onde haviam se entregado momentos antes — em um frenesi de desejo que ainda fazia o corpo dela pulsar — agora era uma armadilha, cercada por sombras que se moviam entre as árvores. O clímax da paixão parecia distante diante da ameaça iminente, mas o calor de Ethan ao seu lado reacendia o conflito interno de Sophia: Ele é o perigo. Então por que não consigo me afastar?

"Quantos são?" perguntou ela, a voz firme, profissional, enquanto verificava o pente da arma. O treinamento a mantinha centrada, mas o rosnado baixo de Ethan, quase um ronronar, enviava arrepios por sua espinha.

"Pelo menos sete," respondeu ele, o tom grave misturando urgência e controle. Ele se aproximou, o ombro roçando o dela, e por um instante, o toque reacendeu a memória do corpo dele contra o seu, quente e exigente. "Eles são do clã de Vargr. Querem o soro e minha cabeça. Não vão parar até conseguirem." Ele olhou para ela, os olhos intensos. "Você não precisava estar aqui, Sophia. Mas agora... não te deixo sozinha."

Ela bufou, disfarçando o calor que subia ao peito. "Eu escolho minhas lutas, Blackwood. E não preciso de babá." Mas enquanto falava, seus olhos traíram o desejo que ainda queimava, atraído pela força bruta dele, pelo risco que ele representava. Isso vai me destruir, pensou ela, julgando-se por querer um homem que podia ser sua ruína.

Um uivo cortou o ar, mais próximo, e as sombras se materializaram: sete lobisomens, formas híbridas com garras longas e olhos dourados, emergiram das árvores. Ethan rosnou, os músculos tensionando enquanto garras começavam a se formar em suas mãos. "Fique atrás de mim," ordenou, mas Sophia já estava em ação, atirando com precisão, derrubando o primeiro lobo com um tiro no peito. A luta explodiu em caos: Ethan rasgava um inimigo com força sobrenatural, sangue respingando em sua camisa rasgada, enquanto Sophia usava sua agilidade, esquivando e contra-atacando com golpes precisos.

Um lobo a derrubou, garras roçando sua coxa, mas Ethan o arrancou dela, arremessando-o contra uma árvore com um estalo. Ele a puxou para si, verificando-a rapidamente. "Você está bem?" perguntou, a mão firme na cintura dela, o toque reacendendo o fogo que ela tentava reprimir. Ela assentiu, o coração disparado, não apenas pela luta, mas pela proximidade dele, pelo desejo que insistia em surgir apesar do perigo.

Eles correram, fugindo para o interior do parque, a matilha em perseguição. Encontraram um galpão abandonado, trancando-se dentro. Ofegantes, o silêncio entre eles era pesado, carregado de adrenalina e algo mais. Ethan a encurralou contra uma parede, os olhos brilhando com fome. "Você luta como se fosse uma de nós," murmurou ele, a mão subindo pelo braço dela, traçando a pele exposta onde a blusa rasgara. "E isso me deixa louco."

Sophia sentiu o desejo explodir, um calor que a consumia. Ele é um erro, pensou, mas o perigo dele a atraía como um ímã. Ela agarrou a camisa dele, puxando-o para um beijo feroz, dentes colidindo, línguas dançando em uma batalha primal. Ele a ergueu, pernas dela ao redor de sua cintura, pressionando-a contra a parede enquanto rasgava a blusa, expondo os seios à sua boca. Ethan chupou com urgência, mordiscando com força suficiente para arrancar gemidos dela, suas unhas cravando nos ombros dele. "Você vai me matar," sussurrou ela, mas suas mãos desceram, abrindo o cinto dele, liberando-o. Ele a penetrou com um movimento rápido, profundo, os dois movendo-se em um ritmo selvagem, gemidos ecoando no galpão enquanto o prazer os consumia, cada investida mais intensa, marcada por mordidas leves e unhas traçando linhas na pele. O clímax veio como uma onda, deixando-os tremendo, colados um ao outro.

Mas o alívio durou pouco. Um uivo próximo os trouxe de volta, e Ethan praguejou. "Eles estão mais perto. Precisamos sair da cidade." Sophia assentiu, o coração dividido entre o desejo e o dever. Enquanto se vestiam, ela sabia: a caçada estava apenas começando.