Rejeitada pelo Meu Alfa

Rejeitada pelo Meu AlfaPT

Lobisomem
Última atualização: 2025-09-20
Scarlett Nass  Atualizado agora
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Índice

No dia do seu 18º aniversário, sob a primeira lua cheia, Rebecca da Silva descobre o que sempre temeu e desejou, o Danilo Fernandes, o imponente alfa da matilha, é o seu par destinado. Mas em vez de aceitá-la, ele a rejeita diante de todos. Humilhada, quebrada e sem chão, Rebecca foge, jurando nunca mais olhar para trás. Só que a ausência dela corrói Danilo. O alfa começa a definhar, sua matilha perde forças e inimigos surgem para tomar o que é dele. Enquanto isso, Rebecca tenta refazer a vida em outra cidade, mas não pode escapar do chamado da lua… nem do laço que a prende ao homem que a destruiu. Agora, entre guerras de matilhas, segredos de sangue e um destino que nenhum dos dois pode controlar, Rebecca precisa decidir se volta para salvar Danilo ou se deixa o alfa que a rejeitou morrer com sua própria dor. Um romance sobrenatural cheio de rejeição, paixão e redenção. Ideal para fãs de lobisomens, rejeição e reencontros intensos.

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Capítulo 1

Capítulo 1

A brisa fria da manhã correu pela minha pele, como se me beijasse, quando pisei descalça na grama molhada de orvalho. O ar da floresta sempre me pareceu mais vivo ao amanhecer, como se cada árvore respirasse comigo, como se cada folha carregasse um segredo que só eu podia ouvir.

E eu gostava de pensar isso.

Que erámos amigos.

Eu me abaixei perto do riacho e mergulhei as mãos na água gelada, sentindo os dedos latejarem. Aquilo me fazia despertar de verdade, me lembrava que eu estava viva e que algo dentro de mim ansiava por muito mais do que a rotina que eu conhecia.

Mas também me fazia me lembrar da voz da minha mãe. Ela  vivia dizendo que uma garota prestes a completar dezoito anos não deveria vagar sozinha pelo território, apesar de seguro ainda poderia ser perigoso. Mas eu nunca consegui ficar presa. Talvez fosse teimosia, ou talvez fosse essa inquietação constante que crescia em mim, como se houvesse uma voz sussurrando de dentro da pele.

Enquanto voltava para casa, eu ouvia os sons familiares do treino dos guerreiros. O baque dos corpos contra o chão, o estalar de músculos em movimento, a respiração pesada dos lobos em forma humana. Parei por um instante para observar. Eu não era a mais alta nem a mais forte entre os jovens da matilha. Tinha apenas um metro e sessenta e sete, cabelos longos castanho-avermelhados que insistiam em cair sobre meu rosto, e olhos que minha mãe dizia herdarem o brilho prateado da lua. Eu nunca me achei especial. Não passava de uma garota magra, com sardas discretas espalhadas pelo nariz e pela pele clara demais, que sempre queimava rápido ao sol.

Eu nem ao menos parecia uma hibrida.

Mesmo assim, algumas cabeças se viraram na minha direção. Eu fingi que não percebia, apertando a blusa simples contra o corpo e acelerando o passo. Estava cansada de ser observada como se fosse um mistério prestes a se revelar.

O que me incomodava de verdade, no entanto, não eram os olhares dos outros jovens. Era o dele.

Danilo Fernandes.

O alfa da matilha.

Ele estava encostado na beira da arena de treino, braços cruzados sobre o peito largo. Alto, muito mais alto do que qualquer homem que eu já tinha visto , quase dois metros de altura, cabelos negros cortados curtos, barba sempre por fazer que só realçava o maxilar quadrado. O olhar âmbar, intenso e penetrante, parecia iluminar e queimar tudo ao mesmo tempo. A tatuagem tribal que se estendia do ombro até parte do peito ficava visível quando ele treinava sem camisa, um símbolo da linhagem que todos temiam e respeitavam.

Gritava alfa por todos os lados.

Eu não deveria reparar nele. Mas era impossível. O corpo musculoso, forjado em batalhas, a presença dominante, a postura ereta que fazia qualquer um abaixar a cabeça quando ele passava. Era o tipo de homem que parecia carregar o peso do mundo sem jamais se curvar.

Mas o que me perturbava não era a imponência de Danilo, não era o grito do alfa. Era a forma como, às vezes, seus olhos se prendiam em mim. Não havia ternura naquele olhar. Não havia simpatia. Era algo frio, como se eu fosse um erro, um problema que ele ainda não sabia como resolver.

— Rebecca! — a voz da minha mãe ecoou da porta de casa. — Venha ajudar com a lenha.

Respirei fundo, forçando os pés a se moverem para longe do campo. Ainda senti, porém, os olhos dele queimando minhas costas, como se pudesse atravessar a minha pele.

À noite, enquanto todos se reuniam ao redor da fogueira, risadas e histórias preenchiam o ar. Eu ouvia mais do que falava, abraçando os joelhos junto ao peito, tentando parecer invisível. Mas a sensação voltou. O peso daquele olhar.

Levantei os olhos sem querer.

E lá estava Danilo, do outro lado do fogo, observando-me em silêncio. Os braços ainda cruzados, a expressão séria, o olhar âmbar fixo em mim.

Meu coração falhou uma batida.

Senti um arrepio subir pela espinha, como se a própria lua tivesse escolhido aquele instante para me lembrar de que nada seria como antes.

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