Mundo ficciónIniciar sesiónLívia Monteiro nunca imaginou que seu novo emprego em uma renomada agência de marketing mudaria tudo. Ambiciosa e determinada, ela está disposta a provar seu valor, até conhecer Arthur Valentini, o CEO imponente e irresistivelmente atraente que todos respeitam… e temem. Desde o primeiro olhar, uma tensão elétrica se instala entre eles. Arthur é um homem acostumado a estar no comando, mas Lívia não é o tipo que se intimida. Olhares prolongados, provocações sutis e encontros inesperados transformam o ambiente profissional em um campo de batalha silencioso, e cada gesto aproxima perigosamente os dois de cruzarem uma linha proibida. Quando a atração explode, segredos, intrigas corporativas e regras não escritas ameaçam não apenas suas carreiras, mas também seus corações. Entre jogos de poder, noites inesquecíveis e riscos calculados, Lívia precisa decidir se está disposta a se entregar completamente… mesmo que isso signifique perder tudo. Um romance intenso, cheio de desejo, reviravoltas e cenas de tirar o fôlego. Prepare-se para ser dominada pelo jogo irresistível de Arthur Valentini.
Leer másO som do salto de Lívia ecoava pelo saguão de vidro da Valentin Company. Ela tentava ignorar a sensação de que cada passo era observado - talvez fosse apenas o nervosismo, afinal, era o dia da sua entrevista.
O prédio, imponente e minimalista, parecia feito para intimidar.
Respirou fundo antes de se anunciar na recepção.
- Bom dia, tenho entrevista para a vaga de assistente de marketing - disse à recepcionista, que sorriu mecanicamente e pediu para que aguardasse.
Lívia se sentou no sofá de couro e ajeitou a saia lápis preta. Não sabia se estava mais ansiosa pela vaga ou pelo fato de estar diante da empresa que era referência no país. E foi nesse momento, enquanto observava o movimento ao redor, que o viu.
Ele entrou pelo corredor lateral com passos firmes, acompanhado de dois homens mais velhos. O terno perfeitamente ajustado, a gravata sóbria, e aquele olhar… escuro, intenso, como se pudesse atravessar qualquer defesa. Arthur Valentini.
O dono da empresa.
Lívia reconheceu o rosto de imediato - já o tinha visto em revistas e reportagens - mas nada se comparava a estar diante dele. Arthur conversava com os homens ao lado, mas por um instante, seus olhos encontraram os dela. Não foi um olhar casual. Foi como se ele parasse para avaliá-la.
Ela desviou rapidamente, mas sentiu o rosto aquecer.
- Senhor Valentini, esta é a candidata para a vaga de assistente do setor de criação - anunciou a recepcionista, quebrando o silêncio.
Arthur se aproximou. Não tão perto a ponto de invadir seu espaço, mas o suficiente para que ela sentisse o cheiro sutil de seu perfume amadeirado.
- Lívia Monteiro - ele leu no crachá provisório preso à sua blusa. - Vamos ver se você é tão boa quanto seu currículo diz.
Não houve sorriso. Apenas aquela expressão neutra e controlada que, estranhamente, fez seu estômago revirar.
Ele conduziu a entrevista pessoalmente. Durante todo o tempo, fazia perguntas objetivas, mas havia algo na forma como a observava que a deixava inquieta. Era como se tentasse decifrá-la — ou testar seus limites.
Quando ela respondeu a uma das perguntas com uma ideia ousada, viu um leve movimento em seus lábios. Não era um sorriso completo, mas parecia aprovação.
— Gosto de quem não tem medo de arriscar — disse ele, fechando a pasta com seu currículo. — Mas lembre-se: aqui, confiança demais pode ser uma fraqueza.
A entrevista terminou sem que ele deixasse transparecer qualquer decisão. Ao se despedir, seu olhar percorreu rapidamente o rosto dela, como se estivesse gravando cada detalhe.
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Dois dias depois, o e-mail chegou: Parabéns, você foi aprovada para a vaga de assistente de marketing na Valentin Company.
Lívia mal acreditou. No primeiro dia de trabalho, foi recebida por Mariana, a coordenadora da equipe. Tudo parecia fluir bem, até que, no meio da manhã, recebeu um recado:
— O senhor Valentini quer falar com você na sala dele.
O coração acelerou.
Quando entrou, Arthur estava de pé, olhando pela janela panorâmica que revelava a cidade inteira. Ele não se virou imediatamente.
— Você chegou cedo hoje — comentou, finalmente voltando-se para ela. — Gosto disso.
O olhar dele pousou nos olhos dela, e o silêncio que se seguiu pareceu mais denso do que qualquer conversa.
— Quero que trabalhe diretamente comigo em alguns projetos especiais — disse, sem rodeios. — Vai significar horas extras, viagens e… discrição.
Ela engoliu em seco.
— Discrição?
Arthur deu um passo à frente, aproximando-se até que pudesse sentir sua respiração.
— Neste cargo, você vai saber coisas que não podem sair desta sala. Confio que você entende o que isso significa.
O tom dele não era uma pergunta, mas uma ordem velada. Ainda assim, havia algo naquele momento que não era apenas profissional. O jeito como seus olhos desciam lentamente pelo rosto dela, o leve inclinar da cabeça… parecia um teste.
— Entendo perfeitamente — respondeu, tentando manter a voz firme.
Arthur sorriu de lado — um sorriso discreto, mas carregado de algo que ela não conseguia identificar.
— Ótimo. Vamos começar amanhã cedo. Prepare-se.
Ao sair da sala, o coração de Lívia martelava. Sabia que havia algo ali além de trabalho. Não sabia se queria fugir… ou mergulhar de cabeça.
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Naquela noite, enquanto revisava alguns documentos, recebeu uma mensagem de número desconhecido:
"O café da sala de reuniões é horrível. Amanhã, às 7h, me traga um que valha a pena."
Sem assinatura.
Mas ela sabia exatamente de quem era.
E, de repente, o emprego dos sonhos parecia ser muito mais perigoso — e muito mais tentador — do que imaginava.
O relógio de parede marcava quase sete e meia da noite. A empresa já estava silenciosa, com apenas algumas luzes acesas em setores mais afastados. O tic-tac parecia ressoar dentro da cabeça de Lívia, que estava concentrada diante do computador, revisando pela enésima vez os últimos ajustes da campanha. A tela refletia seu semblante cansado, mas obstinado. Ela sabia que aquele trabalho não era apenas um projeto: era sua chance de provar seu valor, de mostrar que merecia estar ali, que sua voz tinha peso. Cada detalhe, cada cor e cada frase precisava transmitir exatamente a essência que ela havia imaginado. O som de passos no corredor a fez erguer os olhos. Logo a porta da sala se abriu, revelando Arthur. Ele encostou no batente com um sorriso discreto, como quem já previa encontrá-la naquela situação. — Eu sabia que você ia ficar até tarde — disse, cruzando os braços. Lívia suspirou, afastando-se levemente do monitor. — Só estou finalizando os últimos ajustes. Preciso garantir que
Arthur se recostou na cadeira da sala de Lívia, cruzando os braços como se tentasse conter algo que vinha de muito longe. O olhar dele se perdeu por alguns instantes, antes de se fixar nela de novo.— Você tem razão, Lívia… — começou em voz baixa. — Precisa entender o que existe entre mim e Joaquim. Porque não é apenas uma implicância boba. É muito mais profundo.Lívia apoiou os cotovelos na mesa, inclinando o corpo para frente. A expressão dela mesclava curiosidade e cautela, como quem pressentia que estava prestes a ouvir uma história importante.— Então me conta — pediu suavemente. — O que aconteceu de verdade entre vocês?Arthur soltou um riso curto, quase amargo.— Joaquim e eu éramos inseparáveis. Crescemos juntos, jogávamos bola até o anoitecer, dividíamos os mesmos sonhos, até os segredos mais tolos. Eu achava que nada poderia nos afastar. Mas aí veio a adolescência… e junto com ela, a primeira vez que a vida nos colocou em lados opostos.Ele fez uma
Lívia passou os slides explicando novamente a essência da campanha, a cada movimento ela percebia o olhar pesado de Joaquim em cima dela. Assim que terminou o resumo da apresentação viu o olhar da equipe toda brilhando, com sorrisos no rosto, com certeza tinham gostado.— Eu amei, ficou incrivelmente tentador, me deu até vontade de ir ao clube levar minha avó. - falou Laura uma das funcionárias.— É isso que queremos despertar nos clientes, vontade de conhecer a Royal Marine. - falou Lívia com um sorriso estampado no rosto, finalmente alguém estava entendendo o que ela queria transmitir.Leandro pediu para que dessem suas opiniões e os sete indicaram coisas positivas, e falaram que com certeza iriam alcançar o público desejado. — Ok, então a senhorita Lívia venceu. Coloque a campanha para rodar hoje mesmo. - completou Joaquim.Leandro parecia satisfeito e animado.— Perfeito, vamos deixar Lívia concluir seu trabalho então. - falou ele comemorando. — Eu te tr
O prédio espelhado da Royal Marine brilhava sob o sol da manhã, imponente e frio. Lívia ajeitou a pasta contra o corpo enquanto acompanhava Leandro pelo saguão movimentado. Era a primeira vez que estava ali oficialmente como representante da campanha, e embora tivesse se preparado mentalmente, a sensação de ser observada em cada passo lhe trazia um aperto no peito.— Quero que conheça alguém importante — disse Leandro, abrindo um sorriso calculado enquanto a guiava até uma sala de reuniões no último andar. — Meu filho, Joaquim.Antes de chegarem na sala de reuniões Leandro se virou brevemente para instruir Lívia. — Espero que tenha paciência para lidar com Joaquim, ele é um pouco temperamental. - ele a olhou com cuidado. — Espero que vocês se deem bem, estarão em contato direto durante todo o contrato.Lívia apenas assentiu enquanto chegavam na sala.A porta se abriu revelando um ambiente amplo, com janelas que iam do teto ao chão, e no centro, um jovem de postu
O dia seguinte nasceu radiante, mas Lívia mal teve tempo de perceber a beleza da manhã. Ao entrar na Valentin Corporation, já sentiu o clima diferente: corredores movimentados, funcionários apressados, vozes se cruzando em telefonemas urgentes. Era como se todos soubessem que algo grande estava para acontecer.Com a pasta de relatórios em mãos, ela atravessou o hall em passos firmes, mas por dentro carregava uma mistura de ansiedade e entusiasmo. Afinal, a coletiva de imprensa do dia anterior ainda repercutia, e agora todos os olhos estavam voltados para os próximos movimentos da empresa.Quando empurrou a porta de sua sala, no entanto, não esperava a cena que encontrou.Arthur estava ali, sentado em sua cadeira habitual de visita, braços cruzados e semblante sério. Ao lado dele, em pé, observando alguns papéis sobre sua mesa, estava o senhor Leandro Fonseca. O peso daquela presença fez seu coração disparar.— Senhor Leandro? — a voz de Lívia saiu quase em um sussurr
A entrevista havia terminado em um turbilhão de flashes e perguntas. Arthur se manteve firme até o último instante, mas assim que deixou o salão de imprensa, respirou fundo como se tirasse um peso dos ombros. Um motorista o aguardava na entrada, mas ele fez questão de dirigir sozinho. Precisava sentir o controle em suas próprias mãos, precisava estar com Lívia.O trajeto até o bar foi rápido, embora sua mente estivesse acelerada. Repetia em pensamento o sorriso de Lívia, a promessa de encontrá-la ali. Mas, ao entrar, o que viu lhe fez congelar.Naquele ambiente de luz baixa, música suave e risadas misturadas, seus olhos pousaram imediatamente em uma cena que despertou um fogo possessivo dentro de si: Lívia sentada ao lado de Bianca, e bem diante delas… Marcelo.Arthur estreitou os olhos, o maxilar travado. Não se importava se havia mais gente, para ele só existia a imagem de Marcelo perto demais de sua mulher. O ciúme subiu como veneno, sem pedir licença.Lívia o viu primeiro. Seu ros










Último capítulo