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CAPÍTULO 2 – INIMIGA ÍNTIMA: A ASCENSÃO DE SKYLAR

MANSÃO SEO – 02h17 – APÓS O EVENTO

O carro deslizou silencioso pela estrada até a entrada principal da mansão. O silêncio entre os dois era denso, mas não frio. Era um silêncio carregado de tudo o que ficou por dizer.

Aurora desceu sem esperar ajuda. Subiu as escadas com os saltos marcando a madeira nobre como tiros ritmados. Atrás dela, Jae-Min caminhava sem pressa.

Quando a porta da suíte se fechou, o caos começou.

— Foi isso que você queria? — ela explodiu, jogando a clutch sobre a poltrona. — Mostrar ao mundo que temos química? Que somos um casal “compatível” enquanto a sua ex toca o seu terno como se ele fosse dela?

— Você está exagerando.

— Eu estou me contendo, Seo! Exagero seria arrancar o cabelo dela no meio daquele salão!

Ele avançou até ela.

— Skylar não tem mais nada comigo.

— Então por que ela te olha como se tivesse?

— Porque ela perdeu. E você ganhou.

Aurora parou. O coração deu um tropeço.

— Ganhei?

— Ganhou o direito de me odiar, de me beijar, de dormir no meu quarto, de estar do meu lado. E se quiser... — ele chegou ainda mais perto — pode ganhar o direito de me destruir.

Ela o olhou com raiva, com desejo, com medo.

— Você quer que eu te destrua?

— Quero que me prove que é capaz.

Ela o empurrou. Ele não recuou. Ela tentou se afastar. Ele segurou seu pulso.

— Solta.

— Me convença.

Aurora puxou a mão com força, mas ele não soltou. Em vez disso, encostou a testa na dela.

— Você não tem medo de mim — sussurrou.

— Eu tenho medo de me perder com você.

— Então se perca.

Ela não respondeu. Apenas o beijou.

Dessa vez, não foi um ato de raiva. Foi fome. Foi descontrole. Foi tudo o que seguraram por dias, agora liberado.

Jae-Min a prensou contra a parede, tirando o casaco sem tirar os olhos dela. Aurora enfiou os dedos nos cabelos dele, puxando, exigindo, dominando.

Ele a carregou no colo até a cama, deitando-a com cuidado, mas com firmeza.

— Não estou aqui para brincar de amor, Aurora — ele disse, encarando-a nos olhos. — Estou aqui para marcar você por dentro.

— Tente — ela desafiou.

E ele tentou.

A noite foi feita de beijos que queimavam, mãos que exigiam mais do que davam, gemidos abafados por lençóis de seda. Nenhum dos dois pediu permissão. Nenhum dos dois implorou. Era guerra, prazer e guerra de novo.

Horas depois, exaustos, ainda nus, deitados lado a lado, Aurora falou:

— Isso não muda nada.

— Muda tudo.

— Você ainda é arrogante.

— E você... perigosa demais para ser ignorada.

Silêncio.

— Jae-Min?

— Hm?

— Skylar vai tentar destruir isso, não vai?

— Vai.

E se ela tentar...

Ele se virou, fitando Aurora nos olhos.

— ...vamos destruí-la juntos.

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DOIS DIAS DEPOIS – JARDIM LATERAL – 15h47

Skylar caminhava com passos silenciosos, mas firmes. Usava um vestido branco leve, como se fosse puro. Como se não fosse ela quem espalhou rumores de infidelidade nas redes privadas da elite coreana.

Aurora a esperava sentada no banco de pedra, com óculos escuros e um sorriso contido.

— Veio anunciar sua rendição? — perguntou Aurora.

— Vim te dar um conselho.

— Que generosa.

— Jae-Min nunca pertenceu a ninguém. Nem a mim. Nem a você.

— Errado. — Aurora tirou os óculos e cravou os olhos nela. — Ele pertence ao que escolhe. E esta semana, ele me escolheu... cinco vezes.

Skylar empalideceu.

— Você acha que venceu, mas o jogo só começou.

— Então mova sua peça, querida. Mas saiba... eu jogo sujo. E com o rei do tabuleiro ao meu lado.

Skylar se virou. Mas no último instante, disse:

— O amor destrói. Especialmente entre inimigos disfarçados de amantes.

Aurora respondeu:

— E o ódio também. Mas eu já sobrevivi ao ódio. Quero ver você sobreviver a mim.

SEUL – MANSÃO SEO – SALA DE GUERRA – 06h32

A névoa matinal ainda cobria as janelas da mansão, mas o brilho do monitor preenchia o ambiente com tons azulados, frios. Na sala de guerra — o bunker subterrâneo onde Jae-Min tratava dos assuntos mais delicados do império — o ar era pesado como chumbo.

Diante dele, estavam relatórios vazados, gráficos de desestabilização de ações e uma linha de rastreio de mensagens anônimas publicadas nas redes exclusivas da elite sul-coreana.

Todas levavam a um nome: Skylar Seo.

— Ela está minando a confiança nos acordos entre os grupos — disse Taewon, com a voz grave. — Se continuar assim, a fusão com a filial europeia vai ser adiada. E isso afeta diretamente o pacto com os Callahan.

Jae-Min cruzou os braços, encarando os dados.

— Skylar sabe como jogar. Ela foi criada no submundo como eu. Mas com uma diferença...

— Qual?

— Ela não tem limites.

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DOIS ANDARES ACIMA – 07h11 – SUÍTE DE AURORA

Aurora acordou com o som de uma notificação discreta no celular. Ainda sonolenta, desbloqueou a tela e leu:

> “E se eu te dissesse que ele ainda encontra Skylar às escondidas?

Encontre-me hoje. Endereço anexado. — Anônimo.”

Ela sentou-se na cama, o coração acelerado. O número era criptografado, sem remetente rastreável. Poderia ser blefe. Poderia ser armadilha. Poderia ser… verdade.

Jae-Min estava em silêncio desde a noite anterior. Uma ausência que ela sentia com mais força do que gostaria de admitir.

Vestiu-se com pressa. Calça jeans escura, bota de salto e uma blusa preta de manga longa. No espelho, arrumou os cabelos ruivos num coque alto e passou apenas o batom vermelho.

A guerra, afinal, exigia armadura.

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LADO LESTE DE SEUL – CAFÉ EM RUÍNAS – 08h03

Era um lugar esquecido pelo tempo. Uma cafeteria velha, reformada, escondida entre prédios comerciais e galpões. Aurora entrou sem hesitar.

Sentada ao fundo, Skylar.

Com um sorriso de quem já tinha vencido.

— Você é mais impulsiva do que imaginei — disse a prima, tomando um gole de café. — Esperava que mandasse alguém no seu lugar. Um espião. Um segurança. Um marido.

Aurora puxou a cadeira, sentando-se de frente para ela.

— E eu esperava uma ameaça mais elegante. Mas tudo bem. Vamos direto ao ponto. O que quer?

Skylar apoiou o queixo na mão, encarando-a com diversão.

— Eu quero o que já foi meu. O lugar ao lado de Jae-Min. O império. O nome. O controle.

— Você quer o que não pode ter — Aurora respondeu. — E isso te corrói por dentro, não é?

— Você acha que ganhou porque dormiu com ele? — Skylar inclinou-se para frente. — Ele é um Seo. Eles não entregam o coração. Entregam o corpo. O nome. Mas nunca a alma.

— Talvez porque nunca encontraram alguém que merecesse.

Skylar soltou uma risada.

— Você realmente acredita que ele vai escolher você?

Aurora se aproximou até seus rostos ficarem a centímetros.

— Ele já escolheu. E você sentiu isso... quando ele não te olhou no jantar. Quando ele beijou outra mulher na frente das câmeras. Quando dormiu com ela e não com você.

— Ele ainda me procura — Skylar mentiu.

Aurora apenas sorriu.

— Então diga isso olhando nos meus olhos.

Skylar desviou o olhar.

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MANSÃO SEO – 10h02 – SALA DE TÁTICAS

— Você a mandou aquele recado? — perguntou Jae-Min, sentado com Taewon diante das câmeras de segurança.

— Não. Mas Skylar tem acesso a antigos protocolos do sistema de mensagens codificadas. Pode ter usado isso.

Jae-Min esfregou as têmporas.

— Aurora está na mira dela agora. E Skylar não mata com armas. Ela mata com palavras, dúvidas, veneno silencioso.

— Vai pará-la?

— Vou deixar que ela pense que está vencendo. Por enquanto.

Taewon franziu o cenho.

— Por quê?

Jae-Min se levantou, olhando a câmera que mostrava Aurora retornando à mansão, caminhando sozinha pela ala leste.

— Porque eu quero ver do que minha esposa é feita.

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CORREDOR DA ALA LESTE – 10h27

Aurora caminhava com passos calculados. Por dentro, tremia. Por fora, era mármore. Ao virar o corredor, deu de cara com Jae-Min. Ele a olhou de cima a baixo, notando o rubor no pescoço, a tensão nos ombros.

— Saiu sem escolta?

— Precisava respirar.

— Ou descobrir mentiras?

Ela não respondeu de imediato.

— Skylar está jogando contra nós.

— Eu sei.

— E você permitiu?

— Estou testando os limites dela. E os seus.

Aurora avançou, furiosa.

— Eu não sou um teste, Jae-Min!

— Todos são. — Ele a encarou. — A diferença é que alguns passam. Outros... quebram.

Ela ficou imóvel por um segundo.

— E você? Passaria no meu teste?

Ele se aproximou, devagar.

— Depende da prova.

— Confiança.

— Uma palavra fraca demais... pra gente forte como nós.

— Verdade. — Aurora suspirou. — Então me diga. Você ainda sente algo por Skylar?

Jae-Min hesitou. Por menos de um segundo. Mas ela viu.

— Isso é um problema?

— Isso é um prenúncio.

E ela se afastou, deixando-o sozinho no corredor, com a dúvida que ele tentou esconder... escancarada no olhar.

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