Abandono. Age Gap. Virgem. Magnata. Dançarina. Perda. Gravidez. Alexander Petrov, CEO de uma das maiores financeiras da Europa, jurou nunca mais se envolver emocionalmente após ser traído pela noiva. Rico, sedutor e avesso a compromissos, vive cercado de luxo e amores passageiros — até Chloe Brooks surgir em sua vida. Chloe, uma estudante de 17 anos apaixonada por dança, sonha em dar uma vida melhor à mãe e à irmã. Quando é contratada como assistente de Alexander, ela não imagina que mudará não só sua carreira, mas também seu coração. Entre diferenças de idade, mundos opostos e sentimentos inesperados, um acontecimento doloroso os afasta. Mas será o amor forte o suficiente para vencer o orgulho e o destino? Atenção: Esta obra contém temas sensíveis como menção a estupro, agressão física, luto e câncer. Leitura recomendada para maiores de 18 anos.
Leer másChloe Brooks
Cinco anos atrás
— Mamãe, cheguei!! — Entro em casa já chamando pela minha mãe, como faço todos os dias, porém, não tenho a resposta dela...
Vou até a cozinha, onde também não a encontro. De repente, escuto um grito vindo do andar de cima. Jogo minha mochila no chão e corro, subindo a escada o mais rápido que posso.
“Depois que meu padrasto traiu minha mãe, ela se afundou na depressão, se entregou à bebida e ao cigarro. Eu tenho suportado isso há anos, vendo-a lutar contra seus demônios. Tentou suicídio duas vezes, o que me deixou marcada para sempre. Quando finalmente tomou a iniciativa de se divorciar, descobriu-se grávida, o que tornou impossível irmos embora. Ela conheceu o Vladimir na Alemanha, onde morávamos. Ele era o homem perfeito, mas tudo mudou quando decidiu ir embora para a Rússia, país onde ele morava. Desde então, começamos a viver um inferno.
O amadurecimento veio mais cedo, e eu precisei assumir responsabilidades que normalmente não seriam de alguém da minha idade. Passei a dividir meu tempo entre os estudos e os cuidados com minha mãe e irmã, o que era um desafio enorme. Mas eu estava determinada a me formar e dar uma vida melhor para nós três, longe daquela casa e de todas as dificuldades que tínhamos enfrentado.
Depois da traição, as coisas pioraram rapidamente. As agressões começaram, e eu me sentia impotente para proteger minha mãe e minha irmã. Eu me trancava em meu quarto com minha irmãzinha no colo, tentando abafar os sons, mas era impossível não ouvir. Foi então que tomei a decisão de dividir com alguém, tudo o que eu estava passando dentro de casa.
Compartilhei com minha professora Olga, e mostrei alguns áudios que tinha no celular. Ela era a única pessoa em quem eu podia confiar naquele momento. Lembro-me de que ela sempre me chamava para conversar, preocupada com a minha aparência triste e solitária. Mas eu nunca havia contado o real motivo da minha dor. Até aquele momento, quando finalmente encontrei coragem para abrir-me. Foi um alívio enorme poder partilhar meu segredo com alguém, que parecia genuinamente preocupada comigo.
Foi quando ela me ofereceu ajuda, e eu aceitei sem hesitar. O fato de seu marido ser da Polícia Federal me deu uma pequena esperança. Foi aí que comecei a idealizar um plano para escapar daquela casa e daquele país, um plano para começar uma nova vida, livre das agressões e do sofrimento.”
Terminei de subir a escada e, no final dela, vejo Elena agachada, chorando com as mãos nos ouvidos, tentando abafar aquele som terrível que vinha do quarto, onde minha mãe dividia com o infeliz do marido. Meu coração se aperta ao ver minha irmãzinha assim, tão pequena e inocente, exposta a tanta dor e sofrimento.
Coloquei minha irmãzinha em seu quarto e pedi que ficasse ali quietinha. Elena, com apenas quatro anos, me obedeceu sem questionar, entrando no banheiro e sentando-se no chão, exatamente como eu sempre fazia com ela para protegê-la dos sons ruins. Pacientemente, expliquei que iria buscar a mamãe para irmos embora. Ela levantou a cabecinha e sorriu para mim, e naquele momento, eu fiz uma promessa a mim mesma: hoje seria o dia em que iria tirar as duas daquele inferno.
Saí rapidamente do quarto da Elena e tranquei a porta atrás de mim. Corri até o meu quarto e, com as mãos trêmulas, peguei a faca que havia escondido debaixo do travesseiro. Peguei também o celular e liguei para Olga, minha professora. Tudo precisava dar certo. Respirei fundo, antes de entrar, de uma só vez, no quarto onde minha mãe estava. Sem hesitar, avancei direto para cima de Vladimir, cravando a faca em suas costas. Ele se virou lentamente, arrancando o objeto com uma frieza inquietante estampada nos olhos. Naquele instante, tive certeza de que algo terrível estava prestes a acontecer comigo.
Foi então que ele agarrou meus cabelos e me jogou na cama, posicionando-se entre minhas pernas. Desesperada, comecei a me debater, tentando escapar ou acertá-lo de alguma forma, mas ele era muito mais forte do que eu. Minha mãe, imóvel no chão frio, apenas arregalou os olhos. Tentou se levantar, mas estava tão machucada que o esforço foi inútil.
— Hoje, você vai aprender a me respeitar sua bastarda. Eu venho te tolerando e aguentando sua presença há anos. Só não fiz nada com você, porque não interferia em meus assuntos com sua mãe. — Ele estava com uma mão em meu queixo, e a outra, segurando meus braços. Quando, de modo repentino, tirou a mão do meu rosto e a levou para a minha intimidade. Comecei a chorar de forma desesperada. Era meu fim! — Pode chorar à vontade vadiazinha, vou te mostrar, como deve me obedecer.
Ele arrebentou minha calcinha apenas com uma mão, levou os dedos na boca, os enchendo de saliva e voltou com eles para minha parte íntima, introduzindo-os de uma só vez. Nessa hora, eu gritei alto, aterrorizada pela dor que me consumia. Seria estuprada... da pior forma possível, por aquele monstro desgraçado! As lágrimas ficaram mais espessas, não conseguia parar de soluçar. O pânico e o medo me corroendo. E mentalmente, minha alma clamou por salvação, pedindo que a ajuda chegasse o mais rápido possível.
— Como é apertadinha e quente, sua vadia! Há muito tempo que estou de olho em você. Estava só esperando completar dezoito anos, para te mandar para uma das minhas boates. Virgem, me daria uma boa grana! — Solta uma gargalhada. — Mas... como não foi boazinha, vou te educar, aqui e agora.
— Não…não, por favor, não faça isso... me deixa sair daqui…eu não quero... ― Minha voz falha entre soluços.
— Acha que, mesmo implorando, eu vou deixar você ir? Está muito enganada, sua putinha. Pode chorar e gritar o quanto quiser. Se comportou mal, então agora vai aprender da pior forma.
Ele tirou os dedos de dentro de mim, e eu sentia uma ardência e dor ao mesmo tempo, o desespero tomou conta. Nisso, ele começou a desprender o seu cinto e abrir a calça, tirando seu membro para fora, quando ele se posicionou em minha abertura, ouvimos um barulho. Eu estava inerte, que mal percebi quando ele foi arrancado de cima de mim.
Envolvi meu corpo em um abraço, sentindo os nervos pulsarem e os músculos tensos, quando uma voz doce e tranquila me chamou. Era meu anjo da guarda, presente ali para nos resgatar daquele inferno que estávamos vivendo. Fomos levadas ao hospital, onde permanecemos por uma semana sob proteção policial.
Vladimir foi condenado por tráfico internacional de drogas, armas e mulheres. O diretor-geral da Polícia Federal, marido de Olga, havia conduzido uma longa investigação e conseguiu concluí-la graças à ajuda que forneci. Com todo o apoio necessário, conseguimos deixar o país e recomeçar nossas vidas. Abandonamos tudo: roupas, joias, dinheiro. Nada daquilo tinha valor; nosso único desejo era esquecer tudo o que havíamos passado.
Cinco meses se passaram desde aquele pedido de casamento inesquecível, e parece que a felicidade só aumentou. A cada dia, Alex e eu nos sentimos mais conectados, como se nada pudesse abalar o que construímos juntos. O brilho nos olhos dele, o sorriso fácil e a forma como me envolve em seus braços continuam me fazendo sentir a mulher mais amada do mundo.Hoje, preparei uma surpresa especial, certa de que ele vai amar. Enquanto Alex estava no trabalho, aproveitei o tempo livre para planejar cada detalhe com cuidado. Martha, agora grávida, ajudou-me com a decoração, e, com a colaboração dela e de Mônica, transformei um dos quartos da mansão em um cenário provocador e íntimo. No centro do ambiente, instalei uma barra de pole dance, e ao redor, decorei com uma cortina e luzes suaves, criando um jogo de sombras sensual e envolvente. No canto, coloquei uma poltrona confortável, estrategicamente posicionada, e no fundo, um pequeno aparelho de som, preparado para tocar a música perfeita para a
Depois de ter visto meu filho nascer, eu não conseguia descrever a felicidade que sentia naquele momento. Era uma sensação intensa e avassaladora, que preenchia todo o meu ser. Participar desse episódio da vida da minha Chloe e saber que ela quis dividir comigo um momento tão importante foi incrível.Confesso que, no início, achei que ela iria me pedir para ficar de fora, mas quando a vi confirmando o meu pedido, me senti o homem mais realizado do mundo. Em apenas algumas horas de nascido, Alexei Petrov, assim como decidimos, recebeu várias visitas e presentes. Ele é um menino lindo, com cabelos castanhos como os meus e pele branquinha como a mãe. Ainda não conseguimos definir a cor dos olhos dele, mas isso é apenas um detalhe.O mais importante é que ele e a mãe estão bem e saudáveis, e se tudo correr bem, amanhã ela já vai para casa. Finalmente, todas as visitas saem, nos deixando sozinhos. Estou com Alexei no colo, ninando-o. Ele dorme como um anjo, é um bebê muito bonzinho e chora
Assim que acordei, um medo profundo me envolveu. A incerteza sobre onde estava e o que havia acontecido me deixou sem fôlego. Mas, ao ver Mônica ao meu lado, uma pequena centelha de calma surgiu. Minha voz trêmula escapou em uma pergunta desesperada:— E meu bebê? Cadê meu bebê? — A angústia transborda na minha voz enquanto minhas mãos procuram desesperadamente pela barriga. Um alívio profundo me invade ao sentir que ele ainda está aqui, seguro dentro de mim. Respiro fundo, tentando acalmar meu coração acelerado.— Calma, Chloe. Está tudo bem com você e com o bebê. Mas você precisa manter a calma e descansar agora — diz Mônica com suavidade, numa tentativa gentil de me tranquilizar.Mas minha mente já está longe, perdida em pensamentos sobre minha irmã.— Onde está a Elena? Ela também está aqui? — minha voz treme levemente, carregada de apreensão e medo do pior.Um sorriso compreensivo se desenha no rosto de Mônica antes de responder:— Não, Alex a levou para a casa dele. Falei com el
Chegamos ao hospital há poucas horas, e Chloe já estava sendo examinada por Mônica, a obstetra dela. Jullian estava ao meu lado, junto com Elena, que não parava de olhar para a porta, inquieta por notícias da irmã. Quando a porta se abriu, Mônica nos tranquilizou:— Ela está bem, e o bebê também. Ainda está um pouco desidratada, mas o soro está ajudando bastante. Eles são uns guerreiros. ― Diz emocionada.— E quando ela vai acordar? Sei que vai demorar um pouco, mas está demorando mais do que imaginei. Quero vê-la acordada. Não suporto vê-la assim.... ― Falo, fracassado.Jullian diz, batendo de leve em meus ombros, me consolando:— Calma, meu amigo, deixe-a descansar. Ela passou por dias muito difíceis. Leve Elena para casa, ela também precisa descansar. Nós vamos cuidar de Chloe. Se ela acordar, ligamos para você imediatamente.— Tudo bem. Sei que são ótimos médicos. Confio muito em vocês. Vou levar Elena e volto mais tarde.Pego na mão da menina que está ao meu lado, com olhos trist
Estamos na Arábia, em uma casa numa área remota, mas próxima do local onde minha mulher e meu filho estão. O plano para tirá-los de lá está pronto, só estamos esperando anoitecer. Mas essa noite parece não chegar nunca. Ando de um lado para o outro, inquieto, até que meu mais novo amigo toca meu ombro.— Calma, amico mio. Logo estaremos com sua famiglia. — A voz dele é firme, mas serena, como se já tivesse feito isso milhares de vezes.— Eu sei — respondo, tentando controlar a ansiedade —, mas não consigo me acalmar, pensando no que a Chloe deve estar passando nas mãos desse desgraçado.Um dos homens de Matteo se aproxima rapidamente, mantendo a postura rígida.— Chefe — ele diz —, o movimento na casa diminuiu. O Vladimir já está lá. Agora é só esperar para entrarmos.O italiano acena com a cabeça, dando um sorriso satisfeito.— Vocês sabem o que fazer com ele assim que o pegarmos, certo? — Sua voz soa fria, quase divertida.— Perfeitamente, senhor.— Ótimo. Nosso amigo aqui — ele apo
Faz dias que estou trancada neste quartinho, e já perdi completamente a noção do tempo. O chão frio e duro é o único lugar para deitar, e a colcha suja não traz nenhum conforto. Dormir tem sido difícil com o peso da barriga e as dores que não me dão trégua. Meu corpo está exausto, e a fome só piora tudo. Quase sempre, meu único alimento são bolachas secas. Às vezes, como se fosse um favor, trazem uma refeição quente, mas é tão raro que nem me atrevo a ter esperança.Minha irmã... só a vi uma vez desde que chegamos. Ela está em um quarto melhor, com médico e cuidados, e isso me dá um pouco de alívio, mas também dói pensar que estamos separadas. Não sei por que me tratam assim, por que só eu estou jogada aqui, como se minha gravidez não importasse. A mulher que entra para deixar a comida nunca fala nada, apenas me olha com uma expressão de pena, como se já soubesse que não há salvação para mim.Meu bebê se mexe às vezes, e cada movimento me lembra que preciso ser forte, mas é difícil ma
Último capítulo