Dias atuaisEstava encostada no batente da porta, que ficava nos fundos da boate, observando as meninas dançarem no palco. Minha mãe, garçonete do local, passava de um lado para o outro, servindo as mesas. Ela havia emagrecido consideravelmente, sabia que tinha algo de errado, mas ela não me falava nada, a depressão a consumiu, só ficava sóbria durante o trabalho, mas saía direto para fumar.Com apenas 17 anos, eu ajudava minha mãe com as contas, trabalhando em uma cafeteria enquanto cursava administração na faculdade, graças a uma bolsa, que cobria boa parte das mensalidades. Nossa vida era simples, mas feliz, em um pequeno apartamento no subúrbio de Londres. Eu levava Elena à escola e ia direto para a faculdade; minha mãe a buscava mais tarde. Até que, um dia, meu celular vibrou no bolso. Um número desconhecido apareceu na tela e, por um instante, o medo me dominou. Mas, com certa hesitação, resolvi atender.— Boa tarde, eu falo com Chloe Brooks? Uma voz feminina pergunta do outro
Ler mais