Capítulo 3 - Alexander Petrov

Estou em meu escritório, sentado no sofá, com minha secretária gostosa se esfregando em meu colo. Quando de repente, meu amigo e sócio entra de uma vez, sem bater.

— Droga, Jullian!! Já não disse para bater, antes de entrar. — Esbravejo, me levantando e tentando cobrir a Emilie, que está ajeitando sua saia.

— E eu já disse que o escritório não é lugar para transar. Emilie, passe no RH, você está demitida. Com essa já são quantas, mesmo? Três, em apenas um mês.

Emilie sai da sala e eu falo embravecido: 

— Foda-se! Eu sou homem e tenho minhas necessidades. E não é você que vai me controlar.

— Você não tem jeito, mesmo né?! Por isso não largo o hospital, mal venho aqui e quando venho, está com uma mulher montada em você. ― Chacoalha a cabeça em negação.

— E você, é o legítimo estraga prazeres. Logo as demite e acaba com todo o meu tesão.

— Claro, aqui é o seu trabalho, não um puteiro! Quer transar, vá até uma boate ou leve a secretária para a sua casa.

— Sabe muito bem, que não levo mulher nenhuma para lá.

— Isso já não é problema meu. A única coisa que quero, é que respeite o local de trabalho.

— Ok, senhor certinho! Prometo, nunca mais transar no escritório da empresa. Satisfeito? ― Reviro os olhos.

— Assim está ótimo! E não faz essa cara! Quero só ver, quanto tempo vai durar essa promessa.

— O que veio fazer aqui, afinal? Além de me atrapalhar?

— Te liguei e não atendeu, como estava aqui perto, resolvi dar uma passadinha. Quero ir até uma boate hoje.

— Por mim, tudo bem. Nos encontramos às vinte horas, na porta. Me envia o endereço. Agora vaza, que preciso encontrar uma secretária nova.

— Não precisa. Já chamei a dona Olivia para te ajudar, até encontrar outra. Estou pensando em ir até a faculdade e pegar uma estagiária. O que acha?

— Uma menininha?? Está brincando né? O que farei com uma criança aqui?

— Trabalhar!! Que é o que deve ser feito.

— Tudo bem! Vou aceitar dessa vez, porém, eu escolho. Afinal, você é médico, e quem entende de administração aqui, sou eu.

— Sem problemas. Já vou indo, que tenho um plantão para terminar antes das vinte. E se comporte com a dona Olívia... — Ele fala e sai da minha sala, dando gargalhada. Eu olho torto e respondo:

— Seu infeliz, você me paga!! 

Sou um homem muito ativo e amo um bom sexo, gostoso e quente. Sempre estou pronto, quando o assunto é transar. Larguei minha ex-noiva por esse motivo, e também por que não a amava. Ela é modelo e viajava demais, não tínhamos muito contato, então resolvi dar fim ao relacionamento.

Mal terminamos e já a vi estampada na capa de uma revista ao lado do modelo que dizia ser apenas seu amigo. A manchete da revista foi reveladora: "Abigail e Noah, rumores de romance entre o casal de modelos". Era evidente que havia algo sério entre eles, o que me fez questionar a sinceridade dela em nosso relacionamento. Foi ali que tive a certeza, que fiz a coisa certa, pois provavelmente, já estava me traindo a algum tempo.

Isso não me fez infeliz, pelo contrário, não tinha sentimentos por ela e, até me senti aliviado, pois sempre ouvia muito, que ela só estava comigo por que logo se afastaria da profissão, e como eu era rico, poderia bancá-la. Ela já está com trinta anos, logo não poderá mais desfilar, então tinha que segurar um idiota, para sustentar ela e o irmão, que não gostava de trabalhar.

Quem me abriu os olhos, como sempre, foi Jullian. Eu já tinha ouvido sobre o assunto, mas não dava muita importância, preferia confiar nela. Porém, depois que meu amigo me colocou contra a parede, resolvi tomar uma atitude. Viajei para onde ela estava e terminei tudo.

Me senti muito mais aliviado depois disso. Ela insistiu para eu dar mais uma chance, mas neguei, não queria continuar. Sempre fui um homem muito educado, contudo, com uma personalidade difícil, e quando tomava uma decisão não voltava atrás, e aquela não seria diferente.

Terminei meu dia no banco, e logo fui para casa. Quando assumi a presidência, na Petrov Investimentos, eu não esperava, que logo depois, meu pai viria a falecer. Trabalhei com ele alguns anos, aprendendo tudo sobre ser um ótimo administrador, para quando ele se afastasse, pudesse curtir e viajar o mundo, como sempre sonhou. Um mês depois, que assumi o cargo dele, minha mãe deu a ideia de viajar de carro, passando por vários países, e claro que ele topou. O início da aventura, seria ali na Europa, e depois percorreriam os países mais distantes.

Três meses após começarem sua aventura, um acidente trágico mudou tudo. Um caminhão em alta velocidade colidiu frontalmente com o carro deles em uma ultrapassagem imprudente. Meus pais morreram instantaneamente. O motorista do caminhão sofreu fraturas graves e passou meses internado. Após sua recuperação, eu me assegurei de que ele fosse responsabilizado e preso. Embora isso não trouxesse meus pais de volta, era importante para mim que ele não tivesse a chance de causar mais danos a outras pessoas.

Hoje, três anos se passaram, mas a saudade dos meus pais ainda é intensa. Para manter viva a memória do meu pai, dediquei-me de corpo e alma à empresa que ele fundou com tanto esforço. Inicialmente, ele começou emprestando dinheiro a amigos e cobrando juros, mas logo transformou essa pequena operação em uma investidora de sucesso. Atualmente, a empresa é a maior do país, com uma filial na Itália e planos para abrir outra na Rússia. Meu objetivo é levar o nome da empresa e o legado do meu pai para o mundo todo, e estou determinado a alcançar isso.

Ao chegar em casa, volto à realidade e sou recebido pelos seguranças que me permitem entrar. A mansão, que foi comprada pelos meus pais após alcançarem o sucesso financeiro, ainda é o meu lar. Embora seja uma das mais caras da região, decidi mantê-la por causa das memórias familiares que ela preserva. Hoje, compartilho a casa com Tereza, que começou como minha babá e agora atua como governanta, responsável por gerenciar os funcionários. A mansão é tão espaçosa que alguns empregados optaram por morar aqui, o que torna os finais de semana mais animados com a companhia deles.

Depois de estacionar meu carro na garagem, entro em casa e vou direto para a cozinha para avisar que não vou jantar. Em seguida, subo para o meu quarto, onde posso relaxar um pouco, depois de um longo banho.

Quando estou pronto, recebo uma mensagem do Jullian, com o endereço da boate. Sigo para lá com meus seguranças e, ao chegar, encontro meu amigo me esperando na porta. Entramos juntos e nos sentamos em uma mesa discreta, de onde podemos observar todo o ambiente.

Pedimos uma bebida e nos sentamos para conversar. De repente, a música começou e as cortinas se abriram, revelando uma dançarina. Fiquei impressionado com a beleza da moça: cabelos loiros que caíam até o meio das costas, um vestido preto esvoaçante e levemente transparente que destacava sua pele branca, e saltos altos que a tornavam ainda mais sensual.

Ela começa a se movimentar, segurando naquele mastro, preso do teto ao chão. Os movimentos são sensuais e perfeitamente meticulosos. Ela sobe, gira, e fica de cabeça para baixo. Fico completamente hipnotizado. Devido a máscara, não consigo ver seu rosto, o que me deixa extremamente curioso. No final da dança, ela escolhe um dos homens da plateia, e o segurança o leva até ela, e entram por uma porta aos fundos. Jullian me tira do transe, falando:

— Gostou né, seu safado? Eu sabia que ia adorar vir aqui.

— Quero essa loirinha para mim, cara! E vou tê-la!

— Infelizmente, é ela quem escolhe quem quer levar para dentro.

Guardo aquela informação, prometendo que frequentarei a boate até eu ser o escolhido. Quero provar dela, nem que seja apenas uma vez. E quando eu quero, consigo!!

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