Estamos na Arábia, em uma casa numa área remota, mas próxima do local onde minha mulher e meu filho estão. O plano para tirá-los de lá está pronto, só estamos esperando anoitecer. Mas essa noite parece não chegar nunca. Ando de um lado para o outro, inquieto, até que meu mais novo amigo toca meu ombro.
— Calma, amico mio. Logo estaremos com sua famiglia. — A voz dele é firme, mas serena, como se já tivesse feito isso milhares de vezes.
— Eu sei — respondo, tentando controlar a ansiedade —, mas não consigo me acalmar, pensando no que a Chloe deve estar passando nas mãos desse desgraçado.
Um dos homens de Matteo se aproxima rapidamente, mantendo a postura rígida.
— Chefe — ele diz —, o movimento na casa diminuiu. O Vladimir já está lá. Agora é só esperar para entrarmos.
O italiano acena com a cabeça, dando um sorriso satisfeito.
— Vocês sabem o que fazer com ele assim que o pegarmos, certo? — Sua voz soa fria, quase divertida.
— Perfeitamente, senhor.
— Ótimo. Nosso amigo aqui — ele apo