Sinopse:Lukenne Volkhov von Eisenberg é um bilionário germano-russo, herdeiro de um império secular e CEO de uma das maiores corporações tecnológicas do planeta. Um alfa lúpus puro com seus 2,15 metros de pura presença e uma mente afiada, ele controla negócios, governos e corações com o mesmo frio calculismo. Casado com Yonya, uma socialite belíssima porém fútil e ausente, Lukenne encontra conforto e carinho nos olhos da única mulher proibida: Yanika Ferrari, a melhor amiga de sua esposa.Yanika, delicada e intensa, uma ômega que mede apenas 1,60m, mas tem um coração maior que muitos. Casada com Arrow Winchester, um playboy arrogante e irresponsável, ela vive uma vida de aparência... até que Lukenne aparece e tudo desmorona.A paixão entre Lukenne e Yanika cresce sob os olhos cegos da alta sociedade. Em meio a segredos, luxúria, crianças inocentes e um amor impossível, os dois mergulham numa história de desejo, poder, culpa e redenção.
Ler maisMeses tinham se passado desde que os primeiros choros dos bebês ecoaram pela casa e transformaram para sempre a vida de Mike e Yanika. Aquele lar simples, que um dia parecia grande demais para apenas dois, agora era pequeno demais para tanta vida, tanto amor e tanta bagunça. Minho e Sae, os irmãos mais velhos, já tinham se acostumado com a rotina diferente, embora ainda se sentissem um pouco invadidos pela atenção que os bebês exigiam. Eles eram os guardiões oficiais, os pequenos heróis que ajudavam a cuidar, a brincar e até a convencer os mais novos a dormirem. Uma manhã de sábado, o sol entrava pelas janelas da sala, pintando tudo com uma luz dourada e suave. Yanika estava sentada na poltrona de amamentação, embalando Arya nos braços. A bebê, agora com quatro meses, tinha olhos brilhantes e um sorriso que derretia o coração da mãe a cada dia. Elian, o irmão gêmeo, dormia tranquilamente em seu berço ao lado, embalado pelo zumbido tranquilo do ventilador. Mike entrou na sala com u
A casa parecia outra. Mesmo com os móveis ainda nos mesmos lugares, as paredes nas mesmas cores e os quadros antigos nos mesmos ganchos… havia um calor diferente ali dentro. Um calor que vinha das risadinhas suaves, dos bocejos miúdos, dos chorinhos frágeis. Dos passos apressados de Mike, das mãos de Helga estendidas com delicadeza. Da minha presença, enfim completa, com dois pequenos milagres embalados nos meus braços. – Devagar, Yanika… vem cá. – Mike apareceu ao pé da escada com um dos bercinhos portáteis nos braços. O outro já estava preparado no quarto. – Eu arrumei tudo. Só falta você descansar um pouco. – Eles já estão dormindo... – sussurrei, sorrindo enquanto espiava os rostinhos que pareciam pintados à mão. O silêncio que tomava conta da casa era sagrado, quebrado apenas pelos nossos suspiros, pela respiração dos bebês e pelo tilintar distante das colheres de Helga mexendo chá na cozinha. Os dois pequenos dormiam profundamente, um em cada braço, e mesmo com o cansaço
O tempo passou rápido — pelo menos para todos, menos Mike. Desde que Yanika anunciara a gravidez, a vida dele nunca mais foi a mesma. E desde o casamento (realizado dois meses depois do positivo), ele se descobrira completamente apaixonado por tudo o que dizia respeito àquela mulher… exceto, talvez, pelos momentos em que ela acordava às quatro da manhã dizendo que precisava desesperadamente de manga verde com sal e limão. — Amor… — veio a voz suave da cama. Mike virou o rosto no travesseiro, ainda sonolento. — Não... não pode ser... — Estou com vontade de comer arroz com banana. — Arroz… com quê? — ele se ergueu na cama, os olhos inchados. — Yanika, amor, são três da manhã. — É agora ou eu vou chorar — ela murmurou com aquela voz dramática e ameaçadora que só uma grávida com fome sabe fazer. Mike suspirou, sentando-se com um suspiro vencido. — Tá bom. Banana tem. O arroz… acho que sobrou do jantar. — Sem alho. E sem cebola. Hoje meu estômago tá de mal com eles.
A manhã havia começado tranquila. Os gêmeos estavam especialmente agitados, rindo alto enquanto lambuzavam os dedos com chocolate, e Yanika — com uma paciência quase angelical — tentava manter tudo sob controle. A cozinha estava cheia de risadas infantis e do cheiro quente de massa de bolos e doces, mas dentro dela, algo estava errado.Havia dias que seu corpo não respondia como antes. Um cansaço arrastado, uma tontura ocasional, e aquele enjoo... ela sempre culpava o estômago vazio ou o calor da cozinha, mas hoje parecia diferente.— Não, meu amor, isso é açúcar... — riu, afastando a mão de uma das crianças do pote —, o sal é esse aqui.O pequeno deu uma gargalhada e mergulhou os dedos no açúcar de novo. Ela sorriu, mas sentiu a cabeça girar. Um zumbido veio aos ouvidos. Ela piscou algumas vezes, tentando afastar a névoa. Estava segurando uma tigela, mas a borda da visão começou a escurecer.— Espera... — murmurou.E então caiu.O barulho da tigela batendo no chão e os gritos dos gêm
A porta do banheiro bateu com um estalo abafado e, segundos depois, o som da água do chuveiro tomou conta do ambiente. Yanika ficou ali, no quarto, imóvel por um momento… até que um sorrisinho apareceu no canto dos lábios. Ela se jogou de costas na cama, cobriu o rosto com as mãos e soltou um gritinho abafado. — Ele disse que me ama. Ele disse que me ama! — repetiu pra si mesma, como uma adolescente empolgada com a primeira declaração. Abriu os olhos, virou-se de lado e encarou a parede como se ela fosse cúmplice do momento. — Foi no meio de uma briga... quase gritando... mas disse. Tá valendo. Ela se abraçou e sorriu mais uma vez, suspirando como quem acabava de ganhar uma medalha de ouro no amor. Depois se levantou e foi recolher a toalha dele, dobrando e deixando na beirada da cama. Um gesto automático, mas que agora parecia... mais leve. Como se, enfim, uma pequena faísca tivesse reacendido entre eles. --- Mike saiu do banho já vestido com uma bermuda de moletom e uma cami
Acordei antes dele naquela manhã. Não por acaso, mas porque o sono já não me encontrava com tanta facilidade. Era como se minha mente ficasse ligada o tempo todo, esperando um gesto dele que nunca vinha. Sentei na beira da cama, observando seu corpo ainda adormecido, o rosto relaxado, sem a dureza que ele carregava quando estava acordado. Por um instante, senti o impulso de me aproximar, tocar seu cabelo… mas algo dentro de mim segurou minha mão. Talvez fosse orgulho. Talvez fosse autopreservação. Eu só sabia que não queria mais ser a única a tentar. Levantei devagar, vesti meu robe e desci para preparar o café. Não porque ele pediu, não para agradá-lo, mas por hábito. Tudo na nossa relação tinha virado isso: hábito. Não havia mais aquela excitação de querer surpreender, apenas a repetição de gestos automáticos. Quando ele desceu, já pronto para sair, limitou-se a pegar uma xícara de café e beber em silêncio, os olhos no celular. Nenhum “bom dia”, nenhuma pergunta sobre como eu do
Último capítulo