Sinopse:Lukenne Volkhov von Eisenberg é um trilionário germano-russo, herdeiro de um império secular e CEO de uma das maiores corporações tecnológicas do planeta. Com seus 2,15 metros de pura presença e uma mente afiada, ele controla negócios, governos e corações com o mesmo frio calculismo. Casado com Yonya, uma socialite belíssima porém fútil e ausente, Lukenne encontra conforto e carinho nos olhos da única mulher proibida: Yanika Ferrari, a melhor amiga de sua esposa.Yanika, delicada e intensa, mede apenas 1,60m, mas tem um coração maior que muitos. Casada com Arrow Winchester, um playboy arrogante e irresponsável, ela vive uma vida de aparência... até que Lukenne aparece e tudo desmorona.A paixão entre Lukenne e Yanika cresce sob os olhos cegos da alta sociedade. Em meio a segredos, luxúria, crianças inocentes e um amor impossível, os dois mergulham numa história de desejo, poder, culpa e redenção
Leer másMeses depois...
A mansão Volkhov se estendia imponente sobre as colinas de Monte Carlo, cercada por segurança privada, jardins meticulosamente aparados e a vista infinita do mar Mediterrâneo. Ali, onde o luxo era regra e o silêncio custava mais que qualquer palavra, vivia Lukenne Volkhov von Eisenberg — o titã de aço da nova Europa. No interior da sala envidraçada, ele observava os gémeos brincando no jardim com Yanika Ferrari. Havia algo nela que desarmava sua mente de ferro. Yanika ria, sentada na relva, as mãos sujas de tinta das atividades que preparara para Leon e Liya. Aquela mulher tinha mais amor em um toque do que Yonya em todos os presentes comprados em Paris. Yonya, por sua vez, estava em Milão, como de costume. “Negócios de imagem”, dizia ela. Mas Lukenne sabia: negócios para ela eram compras, festas e fotógrafos. Ele serviu-se de um scotch envelhecido, olhos ainda fixos na cena do jardim. O vento soprava o vestido leve de Yanika contra suas curvas discretas. Lukenne engoliu seco. Aquilo era errado. Era perigoso. Era inevitável. — Você vai ficar aí me observando ou vai me chamar pra dentro? — a voz de Yanika surgiu como uma brisa quente em seus ouvidos. Lukenne virou-se, surpreso. Ela estava ali, à porta. Trazia Liya nos braços, com uma coroa de flores improvisada. A cena parecia saída de um conto de fadas… ou de uma armadilha para sua sanidade. — Eu... só estava apreciando a dedicação — disse ele, controlando a respiração. — Ou talvez mais do que isso? — Yanika sorriu, cúmplice e atrevida. Liya pulou dos braços dela e correu em direção ao irmão. — Você sabe que isso é loucura, não sabe? — ele murmurou. Ela se aproximou. Os olhos castanho-mel dela subiram devagar até os seus. — E desde quando os homens como você fogem da loucura? O silêncio entre eles disse mais que mil confissões. E ali, no coração de uma casa cheia de ausências, nascia um desejo que ameaçaria destruir tudo que haviam construído. ...meses antes O entardecer lançava uma luz dourada sobre os jardins do Hotel du Palais, em Biarritz, enquanto os convidados começavam a ocupar as espreguiçadeiras em torno da piscina decorada com orquídeas e velas. Era um encontro discreto, exclusivo e sofisticado, reunindo alguns dos casais mais influentes da Europa para um fim de semana de relaxamento e conexões. Yanika caminhava em silêncio ao lado de Arrow Winchester, seu noivo. Ela usava um vestido de seda vermelho, justo na cintura e com uma fenda generosa que deixava suas pernas torneadas, grossas, douradas à mostra. O decote em V era ousado que deixava seus seis fartos evidentes, mas elegante, e um colar de rubis destacava-se contra sua pele morena clara e reluzente. Ela sabia que estava linda, mas não havia vaidade excessiva em seus gestos. Era natural. Arrow, por outro lado, estava mais preocupado com as fotos que postaria nas redes sociais. Seu blazer azul-marinho combinava com o brilho de seu sorriso artificial, e seus olhos estavam sempre em movimento — procurando aprovação, curtidas invisíveis, aplausos silenciosos. — Amor, hoje vamos jantar com aquele tal de Lukenne, o noivo da Yonya, lembra? — disse ele, ajustando o botão do casaco. — Cara cheio da grana. É meu amigo de infância, mas é estranho... sério demais. — Aquele que vive na Alemanha? — perguntou Yanika, curiosa. — Esse mesmo. Bilionário, frio, reservado. Mas é meu irmão, de certa forma — respondeu com orgulho. Yanika sorriu, tentando esconder o desinteresse que sentia pelo namorado naquele momento. O nome de Lukenne ressoou em sua mente. Ela o conhecia apenas de conversas com Yonya, sua melhor amiga, que o descrevia com frases vagas: "Ele cuida de tudo, eu só aproveito" ou "Ele gosta de controlar, mas isso é bom para mim." Yonya era assim. Linda, fútil, cheia de energia para boutiques, salões de beleza e viagens, mas desinteressada quando o assunto era estabilidade emocional ou, recentemente, maternidade. Quando Lukenne apareceu, vindo do fundo do salão, Yanika sentiu a respiração falhar por um segundo. Alto. Altíssimo. Imponente. Um homem de presença absoluta. O terno preto realçava sua postura ereta, os ombros largos e a expressão cortante. Seus olhos eram frios como aço, analisadores. Ele não sorria. Não precisava. Bastava estar ali para ser notado. Yonya vinha ao seu lado, rindo alto, carregando sacolas de compras mesmo dentro do evento. Usava um vestido curto, branco e brilhante, mais adequado a uma festa de verão em Ibiza do que a um jantar formal. — Yani! — gritou, correndo para abraçá-la. — Finalmente! Você vai amar meu noivo. — É um prazer finalmente conhecê-lo — disse Yanika, estendendo a mão com educação. Lukenne apertou sua mão com firmeza e por um instante o tempo parou. O toque foi breve, mas algo percorreu os dedos de ambos como eletricidade estática, discreta e impossível de ignorar. Ele não disse nada, apenas a olhou — profundamente, com algo que misturava curiosidade, cautela e algo mais... escondido. Yanika engoliu em seco. Durante o jantar, Lukenne falava pouco. Observava. Apenas interferia quando necessário. Seu tom de voz era baixo, grave, e seus olhos raramente piscavam. Quando Yonya falava de compras em Paris ou de spas em Bali, ele mantinha o olhar firme em sua taça de vinho, como se o mundo inteiro não fizesse sentido. Mas, discretamente, observava Yanika. Ela, por sua vez, se sentia inquieta. Havia algo naquele homem que a desequilibrava. Não era apenas beleza — era poder. Era o silêncio cheio de autoridade. E, ao mesmo tempo, era a sensação de que por trás daquela muralha de gelo existia uma alma intensa, faminta de paz. E ela... era paz. --- Os meses seguintes trouxeram mais encontros casuais. Viagens, jantares, pequenos eventos sociais. Arrow continuava fútil e distraído, Yonya agora grávida se irritava com as mudanças no corpo, evitava consultas e se recusava a abrir mão de sua rotina de luxo. — Bebês são um problema, Yani — disse Yonya certa vez, com um tom quase infantil. — Não vou deixar um filho me prender em casa. Lukenne pode cuidar dessas coisas, ele já manda em tudo mesmo. Yanika sentia a preocupação crescer, não só pela sua amiga, mas também pelo futuro crianças, sim crianças, são gémeos, que lhes espera. Lukenne estava cada vez mais fechado. Mas era com ela que ele buscava conselhos, e refúgio nesse caus que ele se encontrava nesse momento. — Ela está distante — disse ele numa noite, no terraço da casa de campo onde o grupo passava o fim de semana. — Age como se o filho fosse um fardo. Eu não sei como lidar com isso. — Fale com ela, com paciência — respondeu Yanika tentando consolar e apaziguara situação. — Mas também com firmeza. Você é mais racional do que ela, Lukenne. E... você se importa. Ele a olhou com atenção. — Você me entende melhor do que qualquer pessoa, Yayá.– chamou com o apelido que ele lhe atribuira. — Isso não devia ser verdade... — disse ela baixinho, e seus olhares se encontraram em silêncio. Eles nunca disseram nada. Nunca fizeram nada. Mas sabiam. E o mais assustador era que essa conexão, nascida de olhares, frases contidas e conselhos noturnos, crescia como um segredo impossível de eliminar. --- Sete meses depois, chegou o dia do noivado. A cerimônia foi organizada com pressa. Yonya exigiu tudo: flores importadas, vestido de marca italiana, champanhe francês. Falava o tempo todo, não sobre o bebê, mas sobre a lua de mel em Dubai, sobre as joias que queria ganhar de presente. Lukenne estava elegante, mas frio. Um guerreiro mascarado. Uma parede de gelo que só Yanika conseguia atravessar com um olhar. Ela estava deslumbrante no vestido azul de cetim, justo, com um corte nas costas e brincos de safira. Caminhava pelo salão como se não pertencesse àquele mundo, mas fosse sua rainha. Durante a troca de alianças, Lukenne olhou para Yanika. Por um instante, apenas um, eles se permitiram o mais leve e proibido dos gestos: um olhar que dizia tudo e não dizia nada. Ela respondeu com um sorriso calmo. E virou o rosto, como quem recua de um abismo. Nada foi dito. Mas tudo já estava mais do que explícito.No dia seguinteA luz da manhã invadia a cobertura silenciosa, atravessando as janelas amplas, mas não conseguia aquecer o ar congelado que pairava no ambiente. Yanika permanecia sentada na poltrona da sala, o olhar distante, os dedos entrelaçados com força sobre o colo. O corpo ainda carregava a memória daquela noite — uma mistura de calor e frio que parecia querer despedaçá-la por dentro.Ela observava o apartamento, como se estivesse tentando encontrar ali alguma resposta, algum sinal de que tudo aquilo tivesse sentido. Mas não havia nada. Apenas o silêncio pesado, cortado pelo som eventual da cidade lá embaixo, alheia à sua tormenta.Lukenne estava no outro lado da sala, encostado na janela, olhando para fora. O perfil rígido, os braços cruzados — um muro invisível que Yanika não conseguia transpor. Ele agia como se nada tivesse acontecido. Como se a proximidade inesperada, os toques, os olhares carregados de desejo, tudo tivesse sido um sonho que se desfazia ao amanhecer.— Você
Um mês.Fazia quase um mês que Yanika havia sumido da vida deles — da casa, das crianças, da rotina. Desde aquela festa em que Mike cruzou o limite com palavras perigosas na frente da própria família, o mundo de Yanika virou fumaça. Aarow, o marido, explodiu. Proibiu que ela continuasse cuidando das crianças. Disse que estava cansado de vê-la sendo usada. Disse que ela merecia mais — mesmo ele sabendo que, por dentro, ela já estava envolvida demais.Younha também estranhou. Ficou calada, mas conversou à parte com Aarow. Havia algo que ela começava a desconfiar, mas o orgulho a calava. Não por ciúmes, mas por puro ego.Enquanto isso, Mike ardia.No silêncio da casa, nas manhãs sem Yanika, nas roupas dos filhos que ela não mais lavava, nas vozes das crianças chamando por ela. E cada dia parecia mais insuportável. Ele era o homem que controlava tudo. Que possuía tudo. Mas ela havia escapado. E ele não podia aceitar isso.Por isso, naquela tarde abafada, ele bateu na porta da casa dela.Y
Entre Silêncios e ToquesNo silêncio do olhar, ela foge,Mas no toque, ela se entrega.Entre promessas que nunca se dizem,E mãos que sabem demais.Ele a quer sem confessar,Ela treme, mas não recua.Na ponta dos dedos, a ameaça:Um desejo que nunca recua.Casada, amada por outro,Mas é de Mike que seu corpo queima.E quando ele chega tão perto,O mundo inteiro se desfaz em brasa.Um tapa, um aperto, um sussurro —“Foge, Yaya, se puder.”Mas ela fica…Mesmo quando diz que vai correr.-------------------O salão agora estava aquecido por risadas e brindes. As luzes suaves refletiam nos talheres e nos olhos curiosos da família de Mike. Yanika, ainda um pouco trêmula depois do que acontecera no corredor escuro, tentava agir normalmente. Respirava fundo. Sorria com delicadeza. Evitava olhar para ele.— Então você é a babá dos pequenos? — perguntou a mãe de Mike, Helga, com um leve sotaque alemão e um olhar analítico.Yanika hesitou.— Na verdade… eu sou amiga da Younha. E das crianças. Ac
A música preenchia os corredores com elegância. O perfume das flores, o brilho do salão, os cristais tilintando com brindes — tudo parecia perfeito. Mas por trás da cortina da festa, algo pulsava. Algo que ninguém ousava nomear. Mike passava os olhos pela sala cheia. Estava impecável: terno alinhado, barba feita, olhar sério. Mas só quem o conhecia de verdade saberia o quanto ele estava desconcentrado. Tenso. Pronto a explodir. Yanika havia entrado. O vestido preto que ela usava colava-se ao corpo como um segundo tecido. Decote leve, costas nuas, uma fenda lateral que deixava visível parte da coxa. Cabelos soltos. O rosto corado. A boca entreaberta. Mike parou de respirar por dois segundos. — Aquilo é... a babá? — perguntou sua mãe, Helga, erguendo uma sobrancelha alemã impecavelmente delineada. — Hm — resmungou o pai russo, sem tirar os olhos dela. — Tem algo naquela menina. Miley, a irmã mais nova, estava ao lado deles e sussurrou com um riso malicioso: — Aposto que é por e
Prédio da LUKCORP – Moscou, RússiaAndar 47 – Sala de Reuniões Executiva— Lukenne? Cara? — Aarow estalou os dedos na frente do amigo, com as sobrancelhas erguidas. — Eu tô aqui há dez minutos falando sobre os contratos da filial da Alemanha e você… tá em Marte?Lukenne ergueu os olhos lentamente, os dedos ainda entrelaçados sobre a mesa de vidro. Seu maxilar cerrava e descruzava sem ele perceber.— Estou ouvindo. — mentiu.Aarow o olhou com desconfiança.— Ah é? Então qual foi a última coisa que eu disse?Mike o encarou. Longamente. Em silêncio.— É isso que eu pensei. — Aarow soltou um suspiro e se recostou. — Quer me dizer o que tá acontecendo? Desde que voltou de viagem, você tá com esse olhar de lobo faminto.Mike não respondeu de imediato.Na verdade, sua mente estava a quilômetros dali, naquele momento específico.A palma da sua mão ainda lembrava da textura. A tensão. O impacto.O som seco do tapa na pele da Yanika.E o jeito como ela travou o corpo, como se não esperasse — ou
No arranha-céu elegante onde trabalhavam os grandes nomes da engenharia de estruturas e construção civil, Mike estava no escritório. A gravata apertada, os olhos semicerrados em direção ao computador. Do lado, o barulho de copos e risadas masculinas preenchia o ar: era Aarow, seu melhor amigo e... o marido de Yanika. — Está me ouvindo, Mike? — Aarow perguntou, dando uma risada baixa. — Você está longe. Tá pensando em quê? Algum problema com a Younha? Mike desviou o olhar da janela. Fingiu naturalidade. — Só cansado. Madrugadas com bebé, você sabe... — Sei nada — Aarow riu. — E nem quero saber. Criança só dá dor de cabeça. Por isso que eu e a Yanika... bom, a gente não tem planos pra isso. Não combina com o nosso ritmo. Mike ficou em silêncio por um tempo. Aarow estava distraído, pegando café na máquina da copa. Mike olhou o reflexo no vidro, e ali estava ela na memória: Yanika, no vestido que usava dias atrás — justo na cintura, soltinho nos quadris, balançando a cada passo. Aque
Último capítulo