Entre Silêncios e Toques
No silêncio do olhar, ela foge,
Mas no toque, ela se entrega.
Entre promessas que nunca se dizem,
E mãos que sabem demais.
Ele a quer sem confessar,
Ela treme, mas não recua.
Na ponta dos dedos, a ameaça:
Um desejo que nunca recua.
Casada, amada por outro,
Mas é de Mike que seu corpo queima.
E quando ele chega tão perto,
O mundo inteiro se desfaz em brasa.
Um tapa, um aperto, um sussurro —
“Foge, Yaya, se puder.”
Mas ela fica…
Mesmo quando diz que vai correr.
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O salão agora estava aquecido por risadas e brindes. As luzes suaves refletiam nos talheres e nos olhos curiosos da família de Mike. Yanika, ainda um pouco trêmula depois do que acontecera no corredor escuro, tentava agir normalmente. Respirava fundo. Sorria com delicadeza. Evitava olhar para ele.
— Então você é a babá dos pequenos? — perguntou a mãe de Mike, Helga, com um leve sotaque alemão e um olhar analítico.
Yanika hesitou.
— Na verdade… eu sou amiga da Younha. E das crianças. Ac