Mundo ficciónIniciar sesiónAlice nasceu sob o brilho prateado da lua cheia, filha da floresta e do sangue dos lobos. Forte, linda e destinada a algo grandioso, ela acreditava que seu caminho estava selado com Marco, o Alfa poderoso e sedutor que sempre habitou seus sonhos e instintos mais profundos. Mas no momento sagrado em que a Luna é revelada ao Alfa... ele a rejeita. Frio. Cruel. Impiedoso. Rejeitada, humilhada e despedaçada, Alice foge para a floresta, pensando que seu destino havia sido destruído. Mas o destino não se desfaz — ele apenas muda de direção. Nas sombras da mata, quando tudo parecia perdido, ela sente um abraço quente e protetor. Um toque que a envolve por inteiro, que acalma sua dor e reacende seu fogo. Aquele toque é do Supremo — Rafael, o homem mais poderoso, mais temido, e mais misterioso entre as alcateias. Um ser envolto em lendas, que surge apenas quando a própria Lua decide intervir. Dividida entre o ódio por Marco e a atração incontrolável por Rafael, Alice embarca em uma jornada de autodescoberta, transformação e poder. Mas há segredos ocultos sob a pele da floresta... Verdades que podem mudar tudo o que ela achava saber sobre si, sobre seu vínculo, e sobre a verdadeira razão pela qual foi rejeitada. Entre paixões arrebatadoras, laços sobrenaturais, guerras de poder e instintos selvagens, Alice precisará escolher: Seguir o caminho da fêmea rejeitada… Ou se tornar aquilo que a Lua realmente escolheu que ela fosse: a mais poderosa de todas as Lunas.
Leer másQuando Ele Me Rejeitou, a Noite Me Abraçou
O frio daquela noite parecia vir de dentro. Como se minha alma tivesse perdido o próprio calor. Eu andava pela floresta com os pés descalços, afundando levemente na terra úmida, tentando escapar de algo que morava em mim — um grito contido, um amor que me queimava e agora... só doía. O nome dele ainda ecoava em minha mente. Marco. Meu Alfa. Ou melhor... aquele que eu acreditei que fosse. Eu o amava. Desde antes de saber o que era amor. Desde os primeiros uivos da minha infância sob a lua cheia. Desde a primeira vez que seus olhos escuros cruzaram os meus com a intensidade de quem comanda não só uma alcateia, mas corações. E quando chegou o meu Despertar — aquele momento sagrado em que a Luna é escolhida — eu soube. Era ele. Só podia ser ele. O vínculo pulsava em mim como uma segunda pele, um chamado primal, quase doloroso. Mas ele... Ele me olhou como se eu fosse uma maldição. “Não é você”, ele disse. “Você não me completa, Alice. Eu não quero você.” Houve um instante de silêncio. Um lapso onde o mundo pareceu parar... e depois, ele completou com crueldade: “Eu preferia que você desaparecesse.” Foram essas palavras que me quebraram. Que rasgaram não só minha esperança, mas a alma que ainda se curvava diante dele. Fugi. Não sei quanto tempo faz. A floresta parece viva, como se sentisse minha dor. As árvores sussurram entre si, os galhos rangem sob o peso do luto que trago no peito. Estou sozinha — ou acho que estou. Minha forma humana vacila. Meus instintos ainda querem correr. Uivar. Gritar. Mas eu apenas caminho. Até que minhas pernas fraquejam e eu caio de joelhos. “Por quê?” sussurro, sentindo as lágrimas escorrerem, quentes, misturando-se com a terra. E então, do nada, sinto. Um toque. Um calor. Um abraço. Forte. Firme. E ao mesmo tempo... cheio de uma delicadeza que me desmonta. Não vejo o rosto. Só sinto os braços ao meu redor, o peito firme onde repouso meu rosto sem forças, o cheiro de vinho tinto e madeira antiga. É diferente de tudo. É proteção. É refúgio. É... mágico. Meu corpo inteiro estremece. Meu lobo interior, ferido e encolhido, finalmente solta um suspiro. Não sei quem é. Mas no fundo, em algum lugar profundo do meu ser, uma suspeita me atravessa como um raio silencioso. Rafael. O Supremo. O único acima do Alfa. Aquele que todos respeitam, que poucos veem... e que ninguém realmente conhece. Ele é uma lenda viva, envolto em sombras e histórias sussurradas. Dizem que ele aparece apenas quando a Lua quer intervir. Quando algo muito errado... ou muito certo, está prestes a acontecer. Sinto minha respiração embalar. Meu coração, antes ferido, agora pulsa de um jeito novo. Como se uma parte de mim que sempre esteve adormecida estivesse começando a acordar. Se for ele... Por que me abraçou? Por que agora? E, acima de tudo... por que meu corpo responde a esse toque como se o conhecesse desde o início dos tempos? A floresta está em silêncio. Mas não é o mesmo silêncio de antes. Agora há um peso no ar. Algo antigo, solene... e sagrado. Levanto lentamente o rosto, tentando ver o seu. Mas a escuridão — ou talvez a magia — ainda o mantém encoberto. “Você não está sozinha, Alice,” diz ele, com uma voz grave, baixa, como um trovão abafado entre as árvores. Meu nome nos lábios dele soa diferente. Não como ofensa. Não como rejeição. Mas como promessa. E eu... Eu, que não queria mais ver o sol nascer, agora estou envolta em algo mais profundo que a luz. Talvez seja o início da noite. Ou talvez seja o início de algo maior. Algo que ainda não entendo, mas já sinto. Algo que arde sob minha pele. Que chama o meu lobo. E que marca meu destino. A Lua me observa entre os galhos. Silenciosa. Atenta. Quase cúmplice. E eu entendo, finalmente: Não fui rejeitada para ser esquecida. Fui marcada pela Lua. Para algo que vai muito além de um Alfa que não me quis.O Sopro da Lua e o Juramento do Sangue A noite se derramava como um véu líquido sobre a floresta ancestral, e o ar parecia vibrar entre as árvores, denso, carregado de uma energia que só podia vir da Lua. O luar prateado se infiltrava por entre as copas, iluminando o chão úmido com reflexos azulados, como se cada folha fosse um espelho do próprio céu.Eu sentia o coração bater com força dentro do peito — não apenas o meu, mas o de Elara, minha loba interior, pulsando em uníssono, inquieta, faminta por algo que ainda não se revelava por completo. Ao meu lado, Rafael caminhava em silêncio, os olhos verdes faiscando como brasas em meio à penumbra. Havia algo diferente nele naquela noite — uma calma tensa, um poder que o cercava como uma aura invisível.— A Lua está nos chamando — ele murmurou, a voz baixa, rouca, reverberando no ar como um trovão contido.— Ela está… viva — respondi, quase sem perceber as palavras escapando dos meus lábios.O vento soprou com um lamento antigo, e foi co
Sob a pele do destinoO vento daquela noite parecia feito de murmúrios. Cada sopro atravessava a floresta como um sussurro antigo, carregando memórias de amores que o tempo tentou apagar. Eu sentia o peso do silêncio — não um silêncio vazio, mas aquele que precede algo que muda tudo. As folhas se curvavam diante da lua, e sob sua luz prateada, o ar vibrava com uma energia selvagem.Marco estava diante de mim. O Alfa. O homem que havia despedaçado o meu coração e que, ainda assim, continuava sendo a força que fazia o meu corpo estremecer. Seus olhos escuros, tão intensos que pareciam conter tempestades, fitavam-me como se buscassem algo que nem ele compreendia.— Você não devia estar aqui, Alice — murmurou, a voz rouca, tensa, como se cada palavra lhe custasse esforço.— Eu nunca deixei de estar — respondi, a minha voz soando mais firme do que eu sentia. — Nem quando você quis me expulsar, nem quando me negou.Um lampejo cruzou o olhar dele, algo entre arrependimento e desejo. Ele se a
A Lâmina da LuaA noite se derramava sobre a floresta como um véu de prata líquida. O vento sussurrava segredos antigos entre as folhas, e cada passo que eu dava parecia ecoar em um mundo que respirava magia e perigo. As árvores se inclinavam, como se observassem em silêncio a guerra que travava dentro de mim — entre o instinto e o coração, entre a dor e o desejo, entre dois lobos que me chamavam de sua.O sangue de Marco ainda pulsava em minha pele, mesmo depois de tudo o que havíamos enfrentado. O toque dele permanecia como fogo sob minha carne, e o nome de seu lobo — Korran — sussurrava em meus ossos como uma lembrança que jamais poderia ser apagada. Mas havia também o calor sereno de Rafael, o poder silencioso de Zahor, seu lobo interior, que me observava de dentro dos olhos verdes do Supremo com uma devoção que me despia da alma.Eu me sentia dividida, como se dois mundos colidissem dentro de mim.E talvez fosse exatamente isso que a Lua quisesse: que eu me despedaçasse para rena
Sob o Véu da NoiteA lua parecia respirar junto comigo. Sua luz se derramava em prata sobre a floresta, tocando cada folha como se acariciasse o mundo. O vento sussurrava meu nome — ou talvez fosse o eco do que restou de nós. Marco dormia, ou fingia dormir, com o corpo coberto apenas pela penumbra. A pele morena cintilava sob o luar, e cada movimento de seu peito parecia uma lembrança viva daquilo que eu não conseguia apagar.Korran, o lobo dele, ainda rondava dentro de mim, mesmo em silêncio. Eu podia senti-lo, observando, respirando junto à minha alma. E dentro de mim, Lyra, minha loba, se contorcia — inquieta, dividida entre o desejo e o medo, entre a fúria e a entrega.O cheiro dele ainda estava em mim. Madeira, ferro e tormenta.— Você ainda pensa em fugir, Luna? — a voz dele quebrou o silêncio, rouca, embriagada de sono e poder.— Talvez — sussurrei, sem me virar. — Mas não sei mais se estou fugindo de você… ou de mim mesma.Marco se levantou devagar, o corpo nu desenhando sombr
Ecos do LuarA mansão repousava sob a noite densa, cercada por árvores antigas que sussurravam segredos ao vento. As janelas refletiam o brilho prateado da lua, mas por dentro, tudo parecia mais escuro do que nunca. Havia uma tensão no ar — algo invisível, mas tão presente que me fazia sentir o peso da respiração de cada um.O fogo da lareira crepitava, projetando sombras dançantes pelas paredes. Estávamos reunidos no salão principal: Rafael encostado à parede, o olhar penetrante e firme; Marco, próximo à janela, observando o luar com a mandíbula travada. Eu, sentada diante do fogo, sentia o calor na pele, mas o frio dentro de mim parecia impenetrável.As palavras de Maíra ecoavam em minha mente — “Há um elo entre vocês três... a chave ou a ruína.”Eram como correntes invisíveis, apertando-me o peito, lembrando-me de que não havia escapatória para o destino traçado pela Lua.Rafael quebrou o silêncio primeiro.— Precisamos decidir o que faremos. — Sua voz era firme, mas havia nela alg
As Chamas do SilêncioA fumaça negra ainda se espalhava como um manto pesado sobre a floresta, grudando em nossos pelos e pulmões, mesmo depois que o monstro sucumbiu. O cheiro de sangue, queimado e ferroso, misturava-se ao da terra molhada, tornando o ar quase impossível de respirar.Korran, ainda imenso e coberto de marcas, respirava com dificuldade. Seus olhos dourados faiscavam, mas havia neles algo que me fez estremecer: dúvida. Eu nunca havia visto Marco — em sua forma plena de lobo — hesitar diante de nada. Agora, porém, ele parecia contemplar a possibilidade de que algo muito maior do que sua força pudesse vencê-lo.Rafael, ou melhor, Zahor, permanecia ao meu lado. Seu pelo vermelho-escuro estava ensopado de sangue, mas seus olhos verdes ardiam como brasas, sem deixar escapar dor ou medo. A presença dele era tão avassaladora que, por um instante, até o silêncio da floresta parecia se curvar.Selene dentro de mim vibrava inquieta, como se tivesse absorvido parte da escuridão qu
Último capítulo