O Instinto Sob Minha Pele
A floresta me chamava.
Mais do que isso â ela me reclamava.
Eu estava de joelhos sobre a terra molhada, a pele quente sob a chuva fria, o corpo pulsando como se algo por dentro se agitasse⊠tentando sair.
Minutos antes, eu estava nos braços de Rafael.
A boca dele nos meus seios, os dedos traçando trilhas de calor pelas minhas coxas, sua respiração como um trovão contido entre beijos e promessas.
Mas entĂŁo... algo me atravessou.
Foi quando ele sussurrou:
â Solte o que estĂĄ dentro de vocĂȘ, Alice.
E eu soltei.
Um gemido escapou da minha garganta, mas não era humano. Era mais grave, mais rouco, mais⊠selvagem.
Minhas unhas arranharam a terra e, por um instante, elas cresceram. Alongaram-se como garras.
Minha pele arrepiou de forma desigual, e o calor percorreu minhas costas como se algo estivesse se moldando sob meus ossos.
CaĂ sobre as mĂŁos e os joelhos, arqueando o corpo.
Minha respiração ficou ofegante, entrecortada, quase um rosnado.
â Isso Ă© n