A mensagem chegou no meio da tarde. Um simples “preciso te ver”. Sem ponto, sem contexto. Mas eu sabia que era ele.

Rafael.

Depois de semanas em silêncio, ele aparece assim. Como sempre: direto, intenso, sem pedir licença.

Meu coração disparou. Mas minha cabeça ficou firme.

Porque agora... eu sou outra.

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Nos encontramos no galpão. Ele estava diferente. Mais magro, mais tenso, mais... contido. Mas o olhar era o mesmo. Aquele olhar que me desmontava.

— Clara — ele disse, como se meu nome fosse uma confissão.

— Você veio — respondi. Sem emoção. Sem raiva. Só presença.

Ele respirou fundo.

— Eu fui porque precisava. Porque o que eu sou... não combina com o que você merece.

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Ficamos em silêncio. Ele andava de um lado pro outro. Até que parou e disse:

— Eu sou um alfa. Vivo com instinto, com impulso, com controle. E você... você é livre. Você escolhe. Você pensa. Você sente com clareza.

— E isso te assusta?

— Isso me impede.

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Eu entendi. De verdade. Rafael não era só intenso. Ele er