Isabelle Marchand nasceu cercada de luxo, beleza e promessas. Herdeira de uma das famílias mais tradicionais da Suíça, ela foi criada para ser impecável — e obediente. Aos 25 anos, é forçada a se casar virgem com Claude Lefevre, um homem ambicioso e manipulador, que transforma sua vida em um ciclo silencioso de dor, controle e humilhação. Mas o silêncio tem um preço. E Isabelle vai pagá-lo com lágrimas, perdas e a lenta destruição de tudo o que ama — inclusive sua própria identidade. Após a morte de seus pais, ela se vê isolada, emocionalmente devastada e à mercê de um marido que a domina por completo. Durante dois anos, assiste ao seu império ruir, seus vínculos se desfazerem e sua liberdade ser sufocada... até que a morte inesperada de Claude a torna viúva. Livre, mas quebrada. É então que Matteo Eisenberg surge. Frio, poderoso e irresistivelmente misterioso, ele compra o que restou do império Marchand — e se aproxima de Isabelle com intenções que vão muito além dos negócios. Entre a desconfiança e o desejo, ela começa a vislumbrar uma chance de libertação. Mas um novo perigo desponta nas sombras. Dominico, um mafioso implacável, descobre em Isabelle a chave para ferir Matteo e cobrar antigas dívidas. O que começa como vingança transforma-se em obsessão, e Isabelle se vê dividida entre o amor que poderia salvá-la e o desejo que ameaça consumi-la. Uma história de abuso, sobrevivência, redenção e amores perigosos. Porque nem sempre quem te salva vem como herói — e nem todo vilão aparece para destruir. Às vezes, ele quer possuir.
Leer másO vestido branco de seda pura esvoaçava ao vento dos Alpes.
As flores frescas adornavam a sacada do Château Marchand, onde Isabelle, de apenas 25 anos, observava o horizonte sem respirar. A música de cordas tocava uma valsa suave, enquanto os convidados brindavam o suposto conto de fadas que unia duas das maiores fortunas da Suíça.
Mas Isabelle sentia-se como um pássaro com as asas cortadas, pronto para ser entregue a um lobo.
Claude Lefevre, com seu terno impecável e sorriso cínico, parecia o genro ideal. Alto, moreno, olhos felinos, carismático com todos. Mas por trás do charme, havia algo que nem seus pais conseguiam ver — ou preferiam ignorar.
Quando os portões do Château se fecharam e os carros dos convidados partiram, restou apenas o silêncio.
A suíte era luxuosa, adornada com rosas brancas e cortinas de linho. Mas Isabelle tremia, sentada na beirada da cama, com os pés descalços no tapete de seda. Ainda usava o vestido branco, agora amassado e pesado.
Claude saíra do banheiro com uma toalha enrolada na cintura, o corpo ainda úmido. Os cabelos escuros caíam em desalinho sobre a testa. Ele era bonito, sim — e ela sabia disso desde o início. Mas nunca fora seu desejo. Fora escolhido. Para ela. Por outros.
— Está linda... — murmurou, aproximando-se como um predador em silêncio.
Ela abaixou o olhar.
— Obrigada...
Ele não respondeu. Apenas puxou os fios escuros de seu cabelo com brutalidade e a obrigou a encará-lo.
— Espero que tenha se preparado. Agora você é minha esposa. Vai me obedecer. Vai me servir. Vai me dar o que me pertence.
Isabelle engoliu seco. As mãos suavam, o coração disparava. Não sabia o que responder. Não havia sido educada para isso — ninguém nunca lhe explicou o que, de fato, acontecia naquela noite. Só sabia que o amor deveria ser gentil. Esperança tola.
Claude a empurrou levemente sobre a cama e abriu o zíper do vestido com impaciência. Não tirou com delicadeza. Rasgou o tecido de renda. Jogou a peça no chão. Ela se encolheu, deitada, os olhos fixos no teto com lágrimas contidas.
— Abre essas pernas, garota. Vou te mostrar como é — sussurrou, com uma crueldade quase cômica.
Isabelle sentiu um arrepio de medo. Abriu as pernas devagar, com o corpo rígido. Ela queria que tudo acabasse rápido.
A penetração foi brusca, seca, dolorosa. Não houve carinho. Nem beijo. Nem aviso. Apenas dor. Seu corpo se curvou instintivamente, em choque. E quando uma lágrima escapou pelo canto do olho, Claude soltou um riso abafado.
— Tão dramática... achei que garotas refinadas fossem mais obedientes e fogosas. Tem muito o que aprender ainda para domar um homem, minha querida...
O som de sua respiração ofegante era grotesco. Ele a usava como um objeto, como se ela fosse um prêmio, uma posse — e não uma mulher com sentimentos. Isabelle permaneceu imóvel. Sentia o sangue escorrer entre as pernas e o gosto metálico da vergonha na boca. Quando tudo terminou, Claude se levantou satisfeito, vestiu o roupão e saiu para o bar do hotel. Nem sequer olhou para trás.
Ela ficou ali, nua, molhada de suor e lágrimas, sem saber se havia sido iniciada na vida conjugal... ou violentada.
Assim que a porta bateu atrás de Claude, Isabelle se arrastou até o banheiro.
Trancou-se.
Acendeu a luz com mãos trêmulas.
A imagem no espelho devolveu um reflexo que não reconheceu: olhos inchados, cabelos emaranhados, lábios partidos. A marca do que era para ser o primeiro dia do resto de sua vida.
Mas aquele não era um novo começo. Era o início do fim.
Sentou-se na beirada da banheira, abriu o chuveiro e deixou a água quente cair sobre a pele machucada. Tentava se limpar, esfregava o corpo como se quisesse apagar o toque, os gemidos dele, o cheiro dele.
Não conseguia.
Fechou os olhos.
Chorou. Em silêncio, como lhe fora ensinado.
...
A viagem seguiu por destinos exuberantes — Mônaco, Veneza, Dubai —, mas nada disso importava. Para Isabelle, tudo era uma sequência de quartos de hotel, cafés solitários e noites amargas.
Durante o dia, Claude saía. Cassinos, reuniões com "amigos", festas privadas. Isabelle o via apenas na hora de voltar — e nunca voltava sóbrio.
E toda noite, sem exceção, ele exigia que ela o recebesse. Com a mesma brutalidade, com a mesma falta de alma.
Ela aprendeu a deixar o corpo ir, enquanto a mente se ausentava. Simulava entrega, quando só queria gritar. Gemia baixinho, para que acabasse rápido. Nunca era suficiente.
Uma noite, ele quis mais. Exigiu posições, palavras sujas, atitudes que ela sequer compreendia. Isabelle tentou resistir.
— Por favor... — sussurrou, envergonhada. — Não assim...
Claude parou por um instante. E riu.
— Você não sabe de nada, garota. Vai aprender comigo. Gritando ou gemendo. Não me interessa a forma.
Segurou-a com mais força e continuou, sem se importar com o desconforto evidente. Isabelle mordeu o lábio até sangrar, para não chorar.
...
Na terceira semana, Isabelle ligou para casa. Queria ouvir a voz da mãe, mesmo que por alguns minutos.
— Isabelle! Como está tudo, meu anjo? A viagem está sendo maravilhosa?
Ela hesitou.
— Está sim, mamãe... — sua voz saiu fraca. — Claude é... gentil.
Geneviève suspirou do outro lado da linha.
— Fico tão feliz. Sempre soube que ele era o homem certo pra você. Seu pai está orgulhoso.
E então, a ligação caiu. Ou talvez Isabelle tenha desligado. Ela não sabia mais.
Ficou sentada por minutos com o celular sobre o colo. Quis contar. Quis dizer que doía, que não era como nos livros. Mas não havia espaço para isso.
Naquela família, fraqueza era fracasso.
...
Na mala, entre as roupas de luxo, ela encontrou o vestido de noiva — ou o que restara dele. Claude o jogara ali sem cuidado após rasgá-lo na noite do casamento.
Isabelle o puxou com mãos cuidadosas e o estendeu sobre a cama. Tentou juntar os rasgos, alinhou o tecido, buscou a nécessaire de costura. Quis consertar. Quis dar a ele a dignidade que sua noite não tivera.
Mas as mãos tremiam demais. As lágrimas embotavam a visão. E quando a agulha caiu no chão, ela desistiu.
Abraçou o vestido e chorou até dormir sobre ele.
...
Na última noite, Claude voltou do cassino às quatro da manhã. Tinha cheiro de cigarro e perfume barato. Ria sozinho, como se o mundo fosse uma piada particular.
Isabelle fingia dormir. Ele não se importou.
— Acorda, boneca. Última noite, lembra? Preciso do seu corpo, você é muito gostosa para ficar dormindo!
Ela virou o rosto.
Ele puxou o cobertor, subiu sobre ela e forçou um beijo áspero, sem amor, sem alma. Isabelle virou o rosto mais uma vez.
Foi então que ele apertou o pulso dela com força.
— Tá ficando atrevida? Eu posso te ensinar uma lição, princesa...
E ensinou.
Mais uma vez.
Do jeito dele.
Quando terminou, caiu na cama como um animal saciado e adormeceu. Ressonava alto, sem se importar com a mulher que tremia ao seu lado.
Isabelle se encolheu. Com os olhos arregalados no escuro, sussurrou baixinho:
— Eu te odeio.
Ele não ouviu. Nunca ouviria.
E então, pensou algo que a fez estremecer:
"Se ele morresse, talvez eu sobrevivesse."
...
(Claude)
Claude sempre gostara da sensação de controle.
Desde garoto, aprendera que o mundo se curva diante dos que não hesitam. E Isabelle... Isabelle era a mais doce das aquisições.
Acordou com a claridade entrando pela fresta da janela. A cabeça latejava, resultado do whisky da noite anterior — ou das três garrafas. Esticou o braço pela cama e tocou o vazio.
Isabelle já havia se levantado.
Sorriu.
Ela estava aprendendo.
Levantou-se, caminhou nu pelo quarto até o frigobar e serviu-se de outra dose. O gosto amargo do álcool na boca pela manhã não o incomodava. O que o satisfazia era o que havia feito com ela poucas horas antes. A imagem da expressão da esposa — olhos arregalados, lágrimas contidas, corpo rígido — era como um troféu mental.
Ela era virgem. Era.
Agora é minha. Só minha.
Claude jamais entendeu essa ideia romântica de "amor" ou "respeito". Para ele, mulheres eram como cavalos de raça: bonitas, bem treinadas e silenciosas. E Isabelle, aquela boneca de luxo educada nos Alpes, era perfeita. Criada para obedecer. E agora, presa a ele legalmente. Não precisava forçar muito. Bastava olhar, ordenar, tocar. Ela se dobrava.
Não era isso que os Marchand queriam? Uma aliança perfeita? Pois agora tinham um império — e ele, a esposa troféu.
E ainda vinha com um dote generoso.
Mais de cinquenta por cento das ações no nome dela. Tolos.
Claude gargalhou, alto.
Nenhum deles sabia do tamanho de suas dívidas. E ele não tinha pressa para contar. O casamento havia limpado parte dos seus problemas, pelo menos por enquanto.
Dirigiu-se ao espelho, penteou os cabelos, ajeitou a barba. Estava ótimo. Pronto para mais uma rodada no cassino. E depois, talvez, uma dançarina do hotel. Isabelle jamais ousaria perguntar.
...
No corredor do hotel, apertou o botão do elevador e, enquanto esperava, pensou:
Ela vai se acostumar. Todas se acostumam. Mulheres são como seda: se dobram com o tempo. Algumas choram mais. Outras, menos. Mas todas se curvam.
Sorriu de canto.
Isabelle chorava todas as noites.
E ele adorava isso.
O elevador chegou. Claude entrou, ajustando os punhos da camisa com a precisão de quem achava que controlava tudo — pessoas, números, vontades. E naquele momento, ele achava mesmo que controlava.
Isabelle era só o começo.
Ele teria tudo.
E o melhor: com o consentimento assinado dos próprios sogros, que lhe entregaram a filha como uma joia embalada. Mas diferente das outras mulheres que o rodeavam, Isabelle ainda resistia. Chorava. Se encolhia. Sofria em silêncio.
E isso, curiosamente...
O excitava.
Ela era frágil. Pura. E agora, quebrada.
Sorriu enquanto o elevador descia. O rosto refletido nas portas de aço mostrava um homem satisfeito.
— Um brinde à família perfeita — murmurou para si mesmo, irônico, erguendo mentalmente o copo de whisky vazio. — E à minha doce esposa... que hoje, mais uma vez, vai aprender a me amar. Nem que seja chorando.
As portas se abriram. E Claude saiu, como um lobo elegante trajando terno italiano, rumo a mais uma noite de jogos e prazer.
Acima dele, no andar mais alto do hotel, Isabelle ainda chorava em silêncio, abraçada ao próprio vestido de noiva.
Os anos haviam passado como folhas ao vento.A Sicília, com seus campos dourados e colinas onduladas, continuava a guardar os segredos de tantos que viveram e morreram sob seus céus. Mas agora, não havia mais sangue recente no ar. Não naquela tarde. Não naquele teatro.Na plateia nobre do Teatro Massimo Bellini, em Catânia, a plateia estava tomada por aplausos suaves enquanto os últimos acordes da orquestra juvenil soavam no ar. Entre os convidados, engravatados e senhoras elegantes se acomodavam em suas poltronas de veludo vermelho. Na primeira fila, um casal se destacava não apenas pela beleza, mas pela aura de respeito que os cercava.Isabelle Marchand Farella, agora com 45 anos, mantinha os traços marcantes da juventude, embora mais suaves, com a serenidade de quem havia vencido muitas guerras — por amor, por sobrevivência e por sua família. Ao seu lado, Dominico Farella, ainda imponente aos 50 anos, usava um terno sob medida que realçava seus ombros largos e o porte de comandante
O sol da Sicília despontava dourado por trás das colinas quando os portões do novo castelo Farella se abriram pela primeira vez para Isabelle, Dominico e seus filhos. A imponência da construção, com suas torres em pedra clara, vitrais coloridos e jardins esculpidos à mão, era o retrato fiel do império que Dominico jurara construir para proteger e honrar a mulher que amava.Catherine, agora com quase nove anos, desceu do carro correndo, os cabelos soltos ao vento e os olhos brilhando de emoção. Os gêmeos, Adrian e Laurent, com quase três anos, olhavam fascinados pela janela, até que Isabelle os retirou com cuidado do assento infantil. Ao tocarem o chão, começaram a correr desajeitadamente pelo gramado, rindo, tropeçando e se abraçando. O riso deles ecoou pelos jardins como uma melodia de promessas cumpridas.Isabelle olhou ao redor, em silêncio. Os olhos azuis marejaram. Ela havia sobrevivido ao inferno, à perda, ao medo... E agora, ali estava: diante de um lar erguido com amor, com sa
A paisagem da Sicília se revelava em tons dourados e quentes, como um velho sonho sendo vivido com os olhos abertos. Quando o jatinho particular pousou na pista privada da família Farella, Isabelle apertou suavemente a mão de Dominico, sentindo o coração bater diferente. Era o fim de um ciclo. O adeus definitivo a Genebra. A volta ao lugar que agora chamavam de lar.As crianças dormiam encostadas nos assentos — abraçada a um livro de histórias, e os gêmeos Adrian e Laurent, tranquilos como se sentissem no ar o alívio dos pais. Eles tinham voltado para casa.A recepção foi calorosa. O patriarca Farella os aguardava com um sorriso genuíno, braços abertos, e olhos que se iluminavam ao ver a nora de cabelos castanhos escuros e olhos azul safira, descendo do avião com elegância maternal. Claire, Lídia e Amélie já estavam a postos na casa principal, e a mansão parecia vibrar com a energia do retorno de Dominico e Isabelle.Nos dias que se seguiram, tudo era renovação. Dominico anunciara ofi
O sol da manhã se estendia pelas quando o jato particular de Dominico levantou voo. Isabelle observava pela janela o Lago Pergusa ficando para trás, como um símbolo de tudo que viveram até ali: a dor, o renascimento, o amor e as batalhas que os haviam tornado mais fortes. Ao seu lado, Catherine sorria animada, com os olhos fixos nas nuvens, enquanto os gêmeos dormiam nos pequenos berços adaptados do jatinho, embalados pelo som suave da aeronave.Dominico, sentado à frente, olhava para sua família como quem contempla o que há de mais valioso no mundo. Não havia reuniões, planos de guerra, vingança ou códigos de honra naquela viagem. Apenas descanso, amor e os pequenos prazeres da vida simples — que para ele, o temido El Príncipe, eram o mais raro dos tesouros.— Está pronta para nossa primeira parada? — ele perguntou a Isabelle, inclinando-se sobre o assento para acariciar sua mão.— Nunca estive tão pronta para algo assim — respondeu ela, com um sorriso leve, sereno, um brilho nos olh
O sol da manhã tocava suavemente as colinas da Villa, pintando o jardim da mansão Farella com tons dourados e delicados. A brisa carregava o perfume das lavandas recém-despertas, e o som da água da fonte central se misturava às risadas infantis que preenchiam o ar. Era a primeira manhã realmente tranquila desde o pesadelo do sequestro. A primeira em que Isabelle permitia-se respirar sem culpa, sem vigília, apenas... viver.Sentada sobre uma manta estendida na grama macia, Isabelle amamentava Adrian, enquanto Laurent, já saciado, dormia em um pequeno moisés ao lado. Catherine, com os cabelos soltos ao vento e uma coroa de margaridas feita por ela mesma, corria em círculos com um dos cães da mansão, rindo alto, feliz por finalmente ver a mãe sorrir novamente.Dominico observava a cena de pé, a poucos metros, com um leve sorriso nos lábios. Vestia uma camisa de linho branco, aberta até o segundo botão, e calça escura de algodão. Ele não parecia o mafioso impiedoso que aterrorizava a Euro
A porta da mansão se fechou em silêncio às costas de Dominico. O ar da madrugada estava pesado, mas dentro dele havia um alívio denso, quase palpável. O sangue em suas veias já não fervia — pelo menos por enquanto. Cada passo que dava pelos corredores silenciosos da casa o conduzia de volta ao único lugar onde se sentia humano: o quarto de Isabelle.Ele abriu a porta devagar.A penumbra do cômodo era recortada apenas pela luz suave do abajur aceso ao lado da cama. E lá estava ela. Isabelle. Dormindo de lado, com os cabelos espalhados como uma coroa escura sobre o travesseiro claro. Os lençóis acariciavam suavemente a curva de seu corpo, deixando à mostra apenas o ombro delicado e a clavícula marcada por um rubor tênue. Mesmo no repouso, ela parecia carregar uma história inteira nos traços do rosto.Dominico ficou ali, parado, por longos segundos. Seus olhos percorreram cada centímetro dela com reverência silenciosa. A mulher que ele havia amado, possuído, tomado, perdido — e recuperad
Último capítulo