Em um mundo dominado pela sombra da máfia, Sofia, aos 19 anos, enfrenta uma escolha desesperadora: vender sua virgindade em um leilão clandestino para salvar sua irmã doente e pagar a dívida do pai. A implacável Madame Bouvary conduz a venda, mas é a inocência e fragilidade de Sofia que despertam o interesse de Don Angelo Moretti, um chefe mafioso conhecido por sua frieza, fazendo-o arrematá-la. Em seu opulento apartamento, a posse se transforma em obsessão, e a luta entre desejo e um amor inusitado começa. Roxana, a noiva ambiciosa de Angelo, porém, não permitirá que esse amor abale seu poder. Com crueldade e manipulação, ela trama contra Sofia, colocando em risco a vida da jovem e o futuro incerto de seu romance proibido. Entre a violência implacável da máfia e a força de um amor que desafia todas as probabilidades, Sofia e Angelo travam uma batalha pela sobrevivência e pela chance de um futuro juntos, em um jogo mortal onde a paixão ardente pode custar-lhes a vida. SE For Sensível a tema como abusos, violência explícita, não leia. É uma ficção e a autora não compactua com isso. Leia somente como uma Ficção.
Ler maisA frieza da madrugada grudava na minha pele como se fosse uma segunda pele, mas o frio que me congelava vinha de dentro. Olhei para o meu pai, caído no sofá, um monte de garrafas vazias espalhadas ao redor dele como se fossem pedras preciosas em um altar de perdição. Desde que a mamãe morreu, ele se afogou no álcool e nas drogas, levando a nossa família junto para o fundo do poço. E agora, a dívida com a máfia era uma espada pendurada sobre nossas cabeças.
Mavie , minha irmã, dormia no quarto ao lado. Sua respiração era tão leve que mal conseguia ouvi-la. Ela precisa de um transplante de coração, e o tempo está acabando. Já faz anos que ela está na fila de espera, e a cada dia que passa, o medo de perdê-la me consome. Só queria ter dinheiro, dinheiro suficiente para antecipar o processo, para garantir que ela não morra esperando. As ameaças da máfia têm sido constantes. O nome Demarco ecoa na minha cabeça como um trovão. Sei que eles não brincam, que são capazes de qualquer coisa. A qualquer momento, podem acabar com a vida do meu pai, e com a nossa. Fui até o quarto de mavie, sentei na beira da cama e beijei sua testa. Acariciei seus cabelos macios, tentando gravar cada detalhe do seu rosto na minha memória. Deito ali mesmo, do lado dela, e adormeço. Acordei com os seus toques leves no meu braço. Ela tinha amanhecido aparentemente bem, mas essa era a parte mais assustadora da doença dela: a silenciosa crueldade. O médico disse que ela podia dormir uma noite e não acordar mais. Aquele pensamento me cortava como uma faca. __“Sofia, você dormiu aqui?”, ela perguntou, a voz ainda rouca de sono. __“Parece que sim”, respondi, tentando parecer tranquila. “Devo ter pegado no sono quando vim te dar um beijinho de boa noite...” Levantei e preparei um café rápido. Dei um beijo na testa dela e fui para o trabalho. Kim, minha amiga asiática, já estava na padaria, me esperando. Ela me abraçou e me entregou o avental. __“Como você está?”, ela perguntou, seus olhos escuros me analisando. __“Cansada”, murmurei. __“Nota-se”, ela disse, sorrindo fraco. “Outra noite sem dormir?” __“Sim”, suspirei. “Outra ameaça chegou em casa. Sem falar em mavie que a cada dia fica mais perto do fim...” __“Sinto muito, amiga”, ela disse, colocando a mão no meu ombro. __“Tudo isso por falta de dinheiro”, falei, sentindo as lágrimas se formando nos meus olhos. “Daria qualquer coisa para ver minha irmã bem. A cirurgia dela custa uma fortuna.” __“Complicado, amiga”, ela concordou. Chegaram clientes e eu fui atendê-los. Anotamos os pedidos e Kim se encarregou de preparar tudo. No final do expediente, Kim me chamou para irmos a um barzinho. Eu precisava me distrair. Na quarta rodada de tequila, ela disse: __“Você disse que faria qualquer coisa para salvar sua irmã, não é?” __“Sim, Kim, qualquer coisa”, respondi, sem pensar muito. __“Você continua virgem, não é?” Revirei os olhos. Era óbvio. __“Você sabe que sim. Não tenho tempo para namoricos. Tenho um pai bêbado em casa que não faz nada e uma irmã para cuidar. Mas por que essa pergunta?” __“Não me julgue, mas eu sei de um lugar onde você consegue leiloar sua virgindade e ganhar uma boa grana...” Minha risada preencheu o bar. Achei que era piada. __“Isso não é piada, Sofia. É a verdade.” Ela estava séria. Fiquei sem reação. __“Neste caso, você está sugerindo que eu venda minha virgindade para um estranho?” __“Você consegue ver outra saída?” Levantei, exasperada, encarando-a. __“Que tipo de mulher você pensa que eu sou, Kim?” A umidade grudava na minha pele como um véu pesado. O bar, com sua música alta e risadas forçadas, agora parecia um pesadelo distante. Lá fora, a noite me abraçava com seu frio implacável, um contraste gélido com o calor sufocante da angústia que me consumia. Kim, com sua insistência bem-intencionada, ainda ecoava em meus ouvidos. __pense bem Sofia você vai ganhar um bom dinheiro o suficiente para pagar a cirurgia da sua irmã e as dívidas do seu pai... As palavras eram um chicote, cada sílaba me açoitando com a realidade da minha situação. Um alvo nas costas. Meu pai, um bêbado irresponsável que havia afogado nossas vidas em dívidas com a máfia mais perigosa do país. E minha irmã, , lutando por cada respiração, presa a uma cama de hospital, esperando por uma cirurgia que eu não tinha como pagar. Resignada, eu havia me calado, fitando o chão do bar como se as respostas estivessem escondidas nas rachaduras do assoalho. A proposta de Kim era um golpe baixo, uma ferida aberta em minha dignidade. Trocar minha inocência, minha primeira vez, por um punhado de dinheiro... a ideia me enchia de nojo. __ "Em troca, tenho que dormir com algum velho...", eu havia murmurado, a voz quase inaudível. __"Nem sempre são velhos...", Kim havia respondido, tentando suavizar a brutalidade da situação. "E cá entre nós, no seu caso, seria preferível um velho, já que é sua primeira vez..." A ironia pungente de suas palavras me atingiu como um soco no estômago. Preferível um velho? Aquele comentário, apesar da intenção de me confortar, só aumentou minha náusea. Me levantei exasperada, a cadeira rangendo sob o peso do meu corpo. A saída do bar parecia um portal para um inferno ainda pior do que aquele em que eu me encontrava. Queria me afastar de Kim, de sua insistência bem-intencionada, de sua tentativa de me oferecer uma solução tão degradante. Mas suas palavras, cruéis e realistas, martelavam na minha mente como um martelo implacável: Se eu vendesse minha virgindade, a minha vida e a da minha irmã poderiam voltar ao normal. Cheguei em casa e a ausência do meu pai, embora habitual, me atingiu com uma força diferente. A sensação de vazio era opressora. Fui direto ao quarto de mavie , encontrando-a desmaiada no chão, pálida e fria. Enquanto ligava para Samuel tomei uma decisão: venderia minha virgindade.Jamais imaginei me sentir segura com Ângelo, mas na noite passada dormi tranquila em seus braços. Ao acordar, o vi andando pelo quarto, apenas com uma toalha na cintura; seu corpo musculoso, pingando água, contrastava com seus longos cabelos úmidos.__"Bom dia, docinho."__Bom... dia Moretti Meu olhar percorreu seus braços fortes, marcados por tatuagens de caveiras e motivos fúnebres, subindo até o peitoral definido, e descendo pelo leve veludo escondido pela toalha. Com um sorriso irônico, ele deixou a toalha cair, revelando sua beleza atlética. Parecia uma estátua de Michelangelo, e o calor subiu às minhas faces, mas não desviei o olhar. Não me deixaria intimidar.Apontei para uma tatuagem em sua virilha:___ "O que é isso?"__"Chegue mais perto e veja."Me abaixei, sentindo seu olhar intenso sobre mim.__"Um pássaro?", perguntei incrédula.__"Uma fênix, um pássaro noturno."__"Não combina com você. Esperava algo mais sombrio."Ainda sorrindo, mas com um brilho diferente nos olhos
Ângelo havia desaparecido nas últimas semanas, mas o dinheiro e a agenda com os números de telefone para pedir comida chegaram. Mavie se deliciava naquela opulência: um apartamento suntuoso, a possibilidade de pedir qualquer comida a qualquer hora. Hoje, porém, exausta dos constantes pedidos, resolvi cozinhar uma macarronada simples. Jantámos e fomos dormir.Deitei-me no mesmo quarto que Mavie, que não parava de tagarelar.__“Sofia, cadê o moço bonito?”__“O moço bonito tem outra casa, Mavie. Aqui, ele só virá de vez em quando.”__“Por quê, Sofia?”__“Ele provavelmente tem uma família lá.”__“Mas e você, Sofia? Não é importante para ele?”Engoli em seco, a garganta seca, e apaguei a luz. __“Vamos dormir, Mavie, está tarde!”A insônia me aprisionou. A imagem daquele homem, seu sorriso lascivo e perverso, me assombrava a cada piscar de olhos. Adormeci, mas ele continuou a me perseguir nos sonhos. Acordei sobressaltada com Mavie debatendo-se na cama. Liguei a luz e a vi com a mão no pe
Havia prometido a mim mesmo que só daria uma lição nela, deixaria algumas horas de joelhos, nua, testando o quanto me obedeceria. O fim foi satisfatório. Apesar da aparente insatisfação, ela não se moveu, continuou ali, mesmo quando saí e retornei horas depois. Levei-a para o banheiro, colocando-a dentro da banheira de hidromassagem. Sofia estava gelada e dolorida.__“Pode me dar privacidade agora?”, pediu, a voz quase um sussurro.Minha risada preencheu o banheiro. __“Docinho, sua privacidade acabou quando aceitou meu acordo. Você agora é minha; seu corpo, sua alma, me pertencem.”__“Eu só quero tomar um banho em paz...”, choramingou.Subi a manga da camisa, abaixando-me ao redor da banheira, deixando minhas intenções claras.__“Você não vai fazer isso?”, perguntou, o medo visível em seus olhos.__“Sim, eu irei te dar banho, docinho.”Ela encolheu, derrotada, na banheira. Peguei o sabonete líquido, aspergi-o na bucha e esfreguei sua pele. Obviamente, mordia os lábios, tentando conte
Seus lábios encontraram os meus em um ataque, possessivo e meio agressivo, como era seu jeito. Aquele beijo não era um beijo; era uma invasão, uma tomada de posse. Ele me sugava, me devorava com a força bruta de um predador faminto. Uma parte de mim, a parte que ainda lutava pela minha dignidade, a parte que gritava por socorro, empurrava seu peito, tentando, inutilmente, resistir àquela força avassaladora. Mas outra parte, uma parte obscura, perturbada, regozijava-se com o contato de sua pele, com o cheiro forte e viril que invadia minhas narinas, um cheiro que, paradoxalmente, me causava uma estranha sensação de segurança, de pertencimento, por mais distorcido que fosse.Ele arrancou a camisa com um gesto brusco, o tecido caindo ao chão como uma bandeira em rendição. O jeans foi desabotoado e aberto com a mesma impaciência, revelando seu corpo musculoso e imponente. Nesse momento, a realidade da situação me atingiu com toda a sua força brutal. Eu tentei me afastar, me mover,
As horas se arrastavam, um tormento físico e mental. De joelhos, sentia meu corpo enrijecer, a dor nos joelhos e nas costas se tornando insuportável. O frio penetrava até os ossos, mas eu permaneci imóvel, presa naquele quarto, sob o peso do seu olhar invasivo. Ele se levantou, foi até o freezer, pegou uma garrafa de uísque, serviu uma dose generosa e bebeu. Saiu, deixando-me sozinha naquela tortura silenciosa. Mesmo com ele ausente, a minha posição não mudou. Era como se meu corpo estivesse paralisado, refém de uma força invisível. Quando ele voltou, horas depois, eu choramingava baixinho, a dor me consumindo. Ele me ignorou, indo ao banheiro. Retornou alguns minutos depois e, com uma frieza que me gelou, disse: __"Muito bem, Sofia, você passou no teste." __"Teste?", perguntei, confusa e atordoada. __"Sim. Queria ver se estava disposta a me obedecer. Essa era a iniciação." Um suspiro escapou dos meus lábios, carregado de derrota e fúria. __"Me humilhar é um teste?", ques
A espera por Angelo foi uma tortura, mas quando o vi no vão da porta com Mavie, sã e salva, a emoção me inundou. Corri até ela, abraçando-a com força, as lágrimas de alívio escorrendo pelo meu rosto. __ "Você está bem, Mavie? Eles não fizeram nada?", perguntei, a preocupação me consumindo. — Não, mas fiquei com muito medo. — Eu também, — sussurrou Sofia. A curiosidade de Mavie a levou a explorar o luxuoso apartamento. __ "De quem é essa casa, Sofia? É do moço bonito? Ele é seu namorado?", indagou, com a inocência de sua idade. Envergonhada, sem saber como responder, apenas disse: — Ele é meu amigo, Mavie. Angelo fez uma careta, revelando sua insatisfação. Mas o que ele esperava que eu dissesse? Que seria sua amante? — Não quero voltar para casa, nosso pai é mau… — Mavie chorou, soluçando. As lágrimas me sufocaram. Aquilo era um pesadelo, algo que jamais imaginei que nosso pai seria capaz de fazer: vender a própria filha. Percebendo meu desespero, Angelo interveio:
Último capítulo