Mundo ficciónIniciar sesiónA Babá do Herdeiro O Segredo de Rocco Mancini No coração frio do império Mancini, onde a lealdade é uma mercadoria rara e o poder se paga com sangue, Rocco Mancini, o herdeiro implacável, viu seu futuro ser reescrito de uma hora para outra. Ele não soube da existência de seu filho, um pequeno herdeiro de sangue, até que seu subcapo lhe confirmou. A notícia da morte trágica da mãe da criança forçou a verdade a vir à tona. O garoto, um segredo vivo, era agora sua responsabilidade e o maior risco de sua vida. A revelação desse filho ilegítimo, fora dos rígidos códigos de conduta da máfia, seria munição fatal para seus inimigos. Especialmente para seu primo, o ambicioso e ressentido rival que anseia pela posição de capo. Se a verdade viesse à tona, Rocco perderia não apenas seu lugar, mas iniciaria uma guerra sangrenta pelo controle da família. Em uma busca desesperada por discrição e silêncio, Rocco precisava de uma babá que fosse absolutamente confiável — ou, melhor ainda, que tivesse tanto medo de morrer que jamais ousasse falar. É nesse cenário de urgência e perigo que Scarlett entra em sua vida. Sem laços com a máfia, mas motivada unicamente pelo dinheiro necessário para salvar sua mãe de uma doença que requer muitos cuidados, Scarlett aceita o emprego. Ela jura manter o segredo de Rocco, inconsciente de que ao cruzar o limiar da Casa Mancini, ela se torna o peão central em um jogo de poder, onde o amor inesperado pode ser o segredo mais perigoso de todos.
Leer másPrólogo
Scarlett Jonhson “- Senhorita Jonhson, você é tão cheirosa... – a fala arrastada de Rocco é a prova que ele está alterado pelo consumo excessivo de álcool. Eu tinha pedido para ele não beber tanto, mas ouvi meu chefe falar que eu não era a sua babá, e sim, a babá do seu filho. Engoli seco, ando engolindo muitas palavras e atitudes desse homem por depender integralmente desse emprego. Literalmente a minha vida depende de engolir as palavras cortantes de Rocco Mancini. - Se comporte Senhor Mancini, acredito que a bebida que ingeriu essa noite vai te deixar com muita dor de cabeça amanhã pela manhã. - Digo me afastando do seu nariz que está perto demais do meu pescoço. Tínhamos acabado de deixar Luigi dormindo sereno em seu quarto, protegido por uma muralha que seu pai criou para ele não ser descoberto. Eu fazia parte desse sistema de proteção, e não pensaria duas vezes em me colocar na frente dele para o proteger. Luigi era a minha luz em meio às trevas, já não me imaginava sem ele, mesmo sendo somente a sua babá. Estava o colocando para dormir, quando Rocco entrou no quarto para ver o filho, e me pediu para o acompanhar até o seu dormitório. Eu podia negar? Não! Ele é meu chefe e tem a minha vida na palma das suas mãos como ele adora dizer quando quer me colocar medo. A questão é que eu já não tenho medo, de alguma forma, abracei a minha situação atual e não consigo me ver fora daqui. Se a minha mãe hoje está bem, é graças a ele. Se hoje eu cuido da criança que salvei, e tenho um grande amor profundo, é por causa da sua benevolência dele. Rocco Mancini tem algo a mais que me prende a ele, como o bom dominador que é. Tem o fato dele também ter o meu tolo coração, mesmo não fazendo a menor questão. Sim, depois de tudo que vivi e vi ao lado desse homem, ainda tive a coragem de me apaixonar por ele. Sou louca o suficiente para me apaixonar por um mafioso que acha que amor é fraqueza e defeito. Que amar o faz vulnerável. Ser amado te faz ser uma praga a ser aniquilada. Rocco ou melhor, Senhor Mancini estava com cheiro de whisky caro, charuto e aquele perfume que me deixa quente. Ele queria me manter longe, mas vivia me vigiando e à espreita. Eu acreditava ser porque eu cuido do filho dele, mas os seus olhos sempre dizem outra coisa. Olho para o homem que parece ter sido afetado pela bebida, mas ele é um mafioso. Eles nunca estão fora da sua performance, então era difícil acreditar que ele se deixou embriagar. Senhor Rocco está rindo de lado olhando para mim, em um corredor que não é tão longo ao ponto dele se perder. Ele tinha se mudado para a nossa ala, segundo ele, era questão de segurança. - Não estou bêbado, somente bebi para esquecer o que eu não posso ter... – Rocco fala começando a andar ao meu lado. Fico em silêncio porque ele nunca é tão aberto ao diálogo assim. Com nosso andar sincronizado, Rocco faz questão de esbarrar seu braço nos meus, e fecho os olhos tentando conter aquela sensação que fujo todas às vezes que fico tão perto dele. Eu sempre me faço de neutra e distante, mas tenho uma paixonite reprimida por esse homem que é frio, exigente e meio possessivo. Paramos na porta do seu quarto, como eu disse, ele não precisava de ajuda. - Quem diria que um mafioso precisasse de companhia para vir ao seu próprio quarto? – Rocco me olha com aqueles olhos azuis piscina mais brilhantes que nunca. - Porque está tensa senhorita Jonhson? - Pergunta com um sorriso sacana nos lábios. - Não estou tensa, estou cansada..., Luigi está começando a engatinhar e... – Ele arqueia a sobrancelha. Ele não acreditava em minhas palavras. - Sabia que você fica engraçado tentando se manter nessa pose de babá perfeita! - Diz sem nenhum cuidado. - Eu sei que está pensando em mim, senhorita Jonhson. Sempre lhe vejo suspirando pelos corredores ou sentada lendo livros quando eu passo. - Ele retira um dos meus cabelos que estava soltos do meu pescoço. - Eu sei que você é doida para ir para minha cama com as mulheres que te obrigo a dizer para irem embora na manhã seguinte... - Sinto a minha pele se arrepiar, minha respiração falhar e minhas pernas fraquejarem. Ele fazia exatamente isso, deveria ser para me punir. - O senhor está bêbedo! - Determino não dando importância às suas palavras, ele realmente me obriga a desconversar todas as mulheres que ele leva para a sua cama. Mas o que realmente chama a minha atenção é o fato do meu chefe está mais sociável, ele sempre está pronto para me matar com as suas próprias mãos e agora está rindo com um sorriso perfeito e tão branco como propagando de pasta de dente. - Acho melhor o Senhor entrar em seu quarto e tomar um banho frio para dissipar o álcool do seu organismo. - Digo dando graças a Deus que ele está com a mão na maçaneta. Ando apressada para o meu quarto, queria trancar a porta urgentemente e me afastar do meu chefe bêbado. - O que eu preciso fazer para ir para a cama comigo? - Estanco no lugar. - Eu sei que você quer, sei que é solteira e não tem nada a perder em uma noite sem compromisso. - Ali estava meu chefe, com as mãos no bolso, olhos penetrantes e parecia que nem estava mais bêbado. - Melhor esquecermos essa conversa, Senhor Mancini. O senhor pode me mandar embora amanhã, mas eu não posso me dar ao luxo de perder o meu emprego. Até porque não se sai depois de tudo que eu vi, certo? Tenho a minha mãe para cuidar e tenho Luigi que preciso proteger. – Digo firme, mas meu coração balança com a possibilidade de ser sua, pelo menos uma noite. Mesmo sabendo que amanhã ele vai me tratar como lixo. - Se você não for para a cama comigo, você não terá um emprego amanhã... - Ele solta essas palavras como se fosse nada, um soco seco e sem arrependimento. Ali estava meu chefe, Rocco Mancini. O homem que acabou de quebrar uma regra que eu mantinha dentro de mim, a distância. Precisava me manter distante para não cair na teia dele. Fechei os olhos para tudo, pois muita coisa dependia de mim naquele momento. Quando abri meus olhos, eu fui até ele e peguei na sua mão que estava estendida. - Não faça essa cara, eu sei que você quer. – E o pior, eu queria. Venho a meses desejando esse homem, me derretendo todas às vezes que ele me defendia, me falava algo bom e até me olhava por mais tempo. Que ele lembrava de mim em gestos, que demonstrava ser um pai presente, não amoroso, mas cuidadoso. Eu sonhava alto, com algo que não podia ter. Eu queria ter ele para mim, mas Rocco Mancini sempre deixou claro que nunca iria amar alguém. Que não iria se entregar tão fácil assim. Então, essa era a minha oportunidade. Eu seria dele por uma noite, e o amanhã. Quando o sol raiasse no horizonte, seria o momento que eu poderia julgar os meus atos. O ar que nos cercava ficou denso, quase sufocante, carregado com o cheiro inebriante de desejo e whisky caro. Senti a mão de Rocco apertar a minha, um aperto firme e inegável que me puxava não apenas para o quarto dele, mas para um abismo de consequências que eu estava, surpreendentemente, disposta a encarar. Meus olhos encontraram os dele — aquele azul piscina, agora escurecido pela intensidade e pela embriaguez do desejo — e vi um lampejo que não era de escárnio, nem de simples luxúria, mas de uma necessidade quase selvagem. A minha alma reconheceu e atendeu ao chamado dele. E agora eu iria me afogar nesse mar de incertezas.A Sombra do DomScarlett JohnsonMeu corpo tremia enquanto se apoiava na porta de seu quarto, ainda tentando recuperar o fôlego depois de ter obedecido à ordem gélida de Rocco. As palavras dele: "Volte para seu quarto. Imediatamente." Ainda martelavam em minha cabeça, tão frias quanto o mármore onde ele atirara Marco.Marco... Aquele homem nojento e seu olhar faminto.Eu mal havia trocado de roupa quando ouviu a batida suave. Era Selena, uma das empregadas mais antigas da mansão, que vinha ajudando com Luigi e se tornara minha única confidente naquele castelo de mármore e silêncio.Selena entrou, trazendo consigo uma xícara de chá de camomila fumegante.- Você está pálida, piccola. Aquele Marco é uma praga. - Selena disse, pousando a xícara na mesinha de cabeceira.Aceitei o chá, agradecida pelo calor nas mãos. - Quem era ele, Selena? Ele... ele disse coisas horríveis. - Digo ainda com o toque dele fumegando no meu braço.Selena suspirou, sentando-se na beirada da cama. - Marco Man
Capítulo 5 O Dom em Fúria Eu me movi em um borrão. Marco não viu nada. Aquele desgraçado somente abria a boca para falar besteira. Agarrei o colarinho do seu paletó e o girei, jogando-o contra o mármore da parede. O impacto o deixou ofegante, e o som seco do choque ecoou no vasto hall. - Não toque nela. - Eu rosnei, meu rosto a centímetros do dele. Minhas mãos apertaram o tecido e sua garganta, a força pura do Dom Mancini em ação. - Nunca mais. Marco tentou recuperar o fôlego, a surpresa em seus olhos. - O quê? É só uma... vadia! Por que está agindo assim? - A ira me consumia. Minha mão se apertou mais, cortando sua respiração. - Quantas mulheres já dividimos, quantas? - Você entra na minha casa, a casa, e coloca suas mãos imundas sobre minha propriedade! - A palavra saiu errada. Eu não a via como propriedade, mas era a única forma de justificar meu surto para ele. - Esta é minha casa, Marco. E os meus funcionários não são entretenimento para a sua luxúria. Saia. Agora. - Eu
Capítulo 4 O Coração de Pedra Rocco Mancini O silêncio finalmente retornou ao meu escritório, mas a tensão que ele continha era mais alta do que qualquer ruído. Eu estava de pé, observando o lugar onde Scarlett, a babá, tinha estado. Eu a tinha forçado a ficar, e o motivo era simples e humilhante: o bastardo, Luigi, que eu me neguei a conhecer. Eu não podia amar aquela criança, ela seria usada contra mim se eu me permitisse ter essa fraqueza. A cena anterior ainda queimava na minha mente: a minha própria incapacidade de olhar uma criança que tinha meu sangue. Eu, Rocco Mancini, futuro Dom, controlado por um bebê de poucos meses. Era uma ironia cruel que não podia ser tolerada. O Dom não tem coração. O Dom tem controle. Eu repeti o mantra em minha mente, tentando sufocar o impulso estranho que havia surgido em ver a criança, e em calar aquela mulher. A babá. Scarlett. Ela não era como as mulheres que circulavam em meu mundo. Não era polida e plastificada como as out
Capítulo 3Mudança brusca Scarlett Johnson - Cadê o menino? - Olhei para o homem. Ele era grande, vestindo um terno escuro impecável, apesar da hora tardia. Seus olhos eram penetrantes, avaliando-me com uma velocidade assustadora. Ele não parecia um policial, mas tinha a aura de alguém acostumado a obter o que queria. - Scarlett Johnson? - A voz dele era rouca, com um sotaque que não consegui identificar, mas que soava de algum lugar da Itália. - Quem está perguntando? - perguntei, tentando parecer mais brava do que assustada. - Meu nome é Enzo. Não temos tempo para brincadeiras. Estou procurando um garoto. O filho de Salomé. Você sabe onde ele está? O nome de Salomé e o conhecimento do bebê me atingiram com o peso de um caminhão. Então era isso. Este homem era conectado. Conectado ao segredo que Salomé havia guardado com tanto desespero. Eu tinha duas opções: mentir e esconder Luigi, ou dizer a verdade e expor meu pânico. Mentir para alguém com aquela autoridade nos ol
Capítulo 2O Herdeiro e a Sombra Rocco Mancini A fumaça do meu charuto preenchia o escritório, cinza e densa como a névoa sobre o Tâmisa. Meus olhos estavam fixos na metrópole que se estendia abaixo, um emaranhado de luzes e sombras, cada uma delas contendo um pedaço do império que meu pai estava prestes a me entregar. A cerimônia de passagem de poder estava a menos de uma semana, e cada fibra do meu ser estava sintonizada para assumir o manto, o peso, a coroa espinhosa de Dom Mancini. A voz de Matteo, meu braço direito, quebrou o silêncio pesado. - Rocco. - Ele começou, e o tom estava errado. Havia uma hesitação, uma cautela que não combinava com o homem de ferro que ele era. - Tenho notícias. Eu virei lentamente, a fumaça se dissipando ao meu redor. -Diga. - Meu único interesse era a eficiência. Matteo engoliu em seco, um sinal de mau presságio. - É sobre... uma situação delicada. - Ele hesitou novamente, algo que nunca fazia. - Lembram-se de Salomé? O nome me a
Capítulo 1 Coração "grande" demais Scarlett Johnson Eu tinha apenas dezenove anos, mas quando me olhava no espelho na luz fraca da madrugada, via a exaustão de quarenta. Não havia o brilho despreocupado da juventude em meus olhos, apenas uma vigilância constante, marcada por olheiras persistentes. Minha vida não era medida em anos, mas em doses de medicamentos, em ciclos de diálise e em boletos de cobrança. O despertador era desnecessário; o som fraco da tosse da minha mãe era o único relógio que importava. A rotina começava antes do sol nascer no nosso pequeno apartamento úmido, sempre o mesmo ritual: a água para o chá, os medicamentos na ordem certa, a medição da pressão, a verificação da sonda. Tudo tem que ser perfeito. A falha não é uma opção; um erro de cálculo poderia levá-la embora, e o medo disso é o que me mantém de pé. Enquanto as outras garotas da minha idade se preocupavam com maquiagem, faculdade ou festas de sexta-feira, eu me preocupava com a contagem de só
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