Narrado por Lorde
Os minutos se arrastam enquanto a preocupação cresce dentro de mim. A Diaba já devia ter voltado do banheiro, e essa demora me deixa inquieto. Algo não está certo. O baile continua, a música pulsa, mas minha mente já não consegue acompanhar o ritmo.
Chamo Z2 pelo rádio — um dos meus vapores mais leais.
— Z2, passa visão… vê se a filha do King tá na fila do banheiro?
Minha voz sai tensa, carregada de um pressentimento ruim.
Alguns segundos se arrastam antes da resposta, que chega como uma lâmina no peito.
— Chefe, a filha dele não tá lá.
O sangue congela nas veias. Sinto o estômago afundar, e sem pensar duas vezes, me lanço em disparada pelos corredores do baile, empurrando quem estiver no caminho. Os gritos abafados de uma mulher ecoam no ar, e meu coração reconhece aquela voz. É ela.
— Por favor, para… não faz isso, eu não quero… por favor… — a voz de Diaba rasga o ar como um apelo desesperado.
Meu corpo gela. O pânico e a raiva se misturam numa força bruta que me