Narrado por Maitê
Os dias transcorreram tediosos dentro daquela casa. Nas poucas vezes em que ousei sair do quarto, Vanessa fez questão de me incomodar, e pela primeira vez, desejei nunca ter retornado para esse inferno.
Estava habituada à presença constante do Fumaça, e nem isso eu possuía mais, pois, nesta casa, os soldados só são permitidos fora dela.
A cada instante, sentia-me sufocada, como se a qualquer momento pudesse enlouquecer.
Decido sair do meu quarto, mesmo ciente de que isso provavelmente resultará em uma briga ao primeiro passo que der para fora dele. Pela primeira vez, percebo que ficar confinada não contribuirá para minha sanidade.
Ao abrir a porta do quarto, deparo-me com Vanessa, já que estou no primeiro andar. A troca de olhares é intensa.
— Ora, ora, finalmente a bela adormecida resolveu sair do quarto. — Ela diz, parando em minha frente.
— Me esquece, Vanessa, vai cuidar da sua vida. Não sou suas filhas. — Grito para ela. — Aliás, não esquece que você não é um e