Narrado por Maitê
Quando penso que minha noite terminará da pior forma possível, sinto o peso do corpo sobre o meu ser arrancado de forma brusca. O agressor cambaleia para o lado com um grito sufocado, e vejo Lorde desferindo um soco direto no rosto dele. O baque é seco. Ele cai no chão, sem força para reagir.
Lorde destrava a arma com firmeza. Meu corpo se encolhe imediatamente, instintivamente, e tudo que consigo pensar é: “Não pode ser… mais uma vez estou passando por isso.”
Ele percebe meu recuo e se aproxima com um olhar atento. Sem pensar, o abraço. Enterro meu rosto em seu peito, buscando refúgio naquela presença firme e inesperadamente acolhedora. Ele cobre meu ouvido e, com um único disparo, põe fim à ameaça diante de nós.
O som ecoa pela quadra vazia. Minha respiração se entrecorta.
Lorde ordena que tragam um moletom para mim. A peça, grande demais para meu corpo, cobre-me até as coxas, mas não me importo. É melhor assim — esconder-me é tudo o que quero neste momento.
Quando